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terça-feira, 19 de abril de 2016

Notas sobre inflação, no sentido sociológico do termo

1) Inflação, no sentido sociológico do termo, implica massificar pessoas, torná-las estúpidas.

2) Se o recém-nascido é uma grande folha de papel, então os idiotas que seguem as idéias iluministas pensam que este ser pode ser preenchido com qualquer idéia que seja. É um prato cheio para a ideologia.

3) A inflação sociológica nasce da abolição da família - numa família desestruturada, o homem não nasce e nem se forma - ele apenas vegeta. Se ele vegeta, então ele pode ser substituído por um outro da mesma espécie, quantidade e quantidade. Eis o homem fungível.

4) A fungibilidade se torna mais extrema quando há androginia. Eis aí o homossexualismo sendo incentivado.

5) Havendo uma massa de apátridas imbecilizados, que não farão outra coisa senão se dedicar ao hedonismo e ao consumo extremo, então eles se matarão de trabalhar de modo a ter o que querem. 

6) Como a economia da nação está toda centrada na aliança que se entre os grandes conglomerados industriais e o governo, então a moeda será impressa da mesma forma como se pensa o homem hoje: a partir de uma folha de papel. É como dar lavagem aos porcos - no final, haverá inflacionismo econômico.

7) Por conta da inflação, haverá muitos pobres - e para se acabar com a pobreza, a solução é esterilização em massa dos pobres ou fomentar uma pandemia que mate a todos de uma só vez.

8) O extermínio drástico da população, uma das medidas buscadas pela Nova Ordem Mundial, nasce do inflacionismo sociológico, que gera apátridas. O inflacionismo econômico decorre disso. 

Darwinismo econômico e globalismo

1) Se a economia é uma grande floresta, então cada moeda nacional, por conta do nacionalismo monetário, é uma espécie de floresta de uma só espécie. 

2.1) Uma floresta só de carvalhos morrerá se houver uma doença específica que mate a todos os carvalhos, o que acaba com a floresta - se houver uma floresta rica em diversidade, no entanto, a doença atingirá uma espécie, mas não prejudicará as outras componentes do bioma. 

2.2) Eis aí o cerne da seleção natural - circunstâncias específicas, sejam elas internas ou externas, poderão promover a valorização da espécie monetária  ou a extinção dessa mesma espécie.

3.1) Seleção natural em economia se dá por conta de sabedoria humana dissociada da divina, marcada pelo pecado original - se o ser humano foi criado à imagem de semelhança de Deus, então é, portanto, parte da natureza, desse projeto que Deus criou por amor.

3.2) Se um beócio toma uma medida que impede o desenvolvimento de uma nação por conta de ideologia, isso constitui uma ação útil que favorece o desenvolvimento de um outro lugar onde o governante é sensato e promove o desenvolvimento do país, de modo a que este seja tomado como se fosse um lar, em Cristo. 

3.3.1) Se esse governante é conforme o Todo que vem de Deus, então as pessoas vão buscar refúgio nesse país de modo a refazer suas vidas - e de lá se reorganizarão de modo a retirarem o beócio do poder.

3.3.2) Se a tirania causa miséria, então a contra-revolução, a luta contra a tirania fundada na mentalidade revolucionária, precisa ser feita desde o exterior - sob a proteção do governante sensato e sob a proteção de Deus, você vai organizando a resistência de modo a lutar contra o insensato.

3.4) Em um mundo fundado no hedonismo e no amor ao dinheiro, o sujeito sai de um país subdesenvolvido e vai para um país desenvolvido, uma vez que ambos são países descristianizados - e a independência, fato gerador da falsa soberania, é apenas um pretexto para se alegar que cada país tem a sua verdade e que não devemos nos meter em assuntos internos, seja para o bem, seja para o mal. Neste tipo de ordem, as pessoas saem de um país para o outro com o objetivo de ter uma vida melhor - a nacionalidade não passa de um mero vínculo formal, pois, na verdade, as pessoas não terão laços com lugares, nem com pessoas. É só um cidadão do mundo - um agente da Nova Ordem Mundial.  Enfim, um apátrida. 

4) Eis o produto de tudo aquilo que se pensou no Iluminismo: o ser humano como se fosse uma folha de papel. Se as pessoas são moldadas por ideologia, então ocorre inflação, pois há muita gente medíocre e sem valor algum. Assim é o papel moeda, destinado a esse tipo de pessoa. O que é o abortismo senão uma solução fraudulenta para algo que foi moldado de maneira fraudulenta?

José Octavio Dettmann

Notas sobre economia florestal

1) É preciso pensar a economia como uma grande reserva florestal. Se cada real é uma árvore, então você precisa saber muito bem a hora de abater a árvore, quando for adquirir algo de que necessita.

2) A pessoa que poupa por poupar está seguindo a cartilha democrata do farms here, forests there e o extremo oposto é o desmatamento desordenado, onde a pessoa gasta de tal maneira desordenada que não terá material para repôr o que foi perdido. Resultado: toda a reserva se perde. Ambas as condutas são estúpidas, pois são fisiológicas.

3) Na hora de desmatar, é preciso que se tenha material suficiente para repor o plantel que foi sacrificado em troca de algo. Se você vai abater 250 árvores numa reserva de quatro mil, você precisará de 250 mudas disponíveis, de modo a ter R$ 250 árvores lá na frente.

 Matérias relacionadas:

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http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/06/se-o-homem-e-uma-arvores-entao-nacoes.html

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/04/darwinismo-economico-e-globalismo.html 

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A etnografia leva ao relativismo

1) Se cor da pele, cor dos olhos, cor do cabelo, altura e outras características físicas são adaptações ao meio-ambiente, então não me é lícito dizer que as características étnicas de um europeu têm sua própria verdade, ao passo que as de um africano têm a sua própria verdade, pois isso foge ao princípio da causalidade, por estar fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus,

2) A espécie humana é uma só - e Deus a criou por amor.  Tomar dados etnográficos, antropológicos e geográficos como se fossem uma verdadeira religião é promover a liberdade voltada para o nada. Assim como é tolice o fato de que todos têm a sua verdade, então é igualmente falacioso dizer que cada etnia tem a sua verdade. Eis a prova de que antropologia e relativismo caminham lado a lado.

3) Se o libertarismo preparou o caminho para o totalitarismo, então o fez de várias formas:

3-A) Na forma de determinismo geográfico.

3-B) Na forma de polilogismo (se cada um tem a sua verdade, então cada um tem sua lógica)

3-C) Na forma de país tomado como se fosse religião de Estado, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele - ou mesmo contra.

3-D) Na forma de riqueza enquanto sinal de salvação, de predestinação.

3-E) Na crença de que o ser humano é uma folha de papel, onde nele você preenche o que quiser através do ensino público.

4) Eis porque ele foi condenado como algo tão funesto quanto o comunismo.

Notas sobre determinismo geográfico

1) Se a palavra de Cristo abrange a Terra inteira, então o país para ser tomado como se fosse um lar, não deve se prender a um determinismo geográfico - ele deve se dispersar de modo a que possa explorar as realidades locais e reter o que é bom, de modo a que sua própria cultura, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, possa se aperfeiçoar.

2) Todo país, para ser tomado como se fosse um lar, deve servir a Cristo em terras distantes e deve conservar o que é conveniente e sensato, por se fundar na verdade. 

3) Se o país ficar preso ao determinismo geográfico, então o clima, o lugar, a organização política, a ação humana adaptada para as circunstâncias do lugar serão tomadas como se religião fossem - e competirão de tal forma a destruir e relativizar a fé verdadeira, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

4) O conceito de nação não abrange um povo, mas vários povos que abraçaram a fé verdadeira, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. A herança de Israel foi distribuída também aos pagãos. Onde a palavra de Deus for conhecida e observada, o senso de tomar aquele lugar como se fosse um lar é uma possibilidade que merece ser explorada.

Do nacionismo enquanto uma possibilidade a ser descrita, dentro de uma literatura de viagem

1) Se a Geografia nasceu do diário de viagem, então o senso de se tomar o país como se fosse um lar é uma possibilidade que deve ser explorada. 

2.1) Coisas que você não consegue aplicar, por conta da realidade local A, podem ser tentadas na realidade local B, seja por conta do clima, seja por conta de medidas políticas. 

2.2) Se o governo do país B proíbe ou permite as coisas fundadas em boa razão, em conformidade com o Todo que vem de Deus, eis aí uma boa razão para se experimentar fazer coisas que no país A você não pode fazer, uma vez que o critério de permitir ou proibir está dissonante da lei natural, por estar fora da conformidade com  o Todo que vem de Deus. O país B, dentro do ponto de vista cristão, está livre em Cristo, é liberal, pois seu regime político é fundado na magnificência, fundado na Aliança do Altar com o Trono - o outro é conservantista, preso a uma mentalidade revolucionária, que edifica liberdade voltada para o nada, relativizando tudo aquilo que há de mais sagrado.

3) O fundamento decisivo para se colonizar um outro lugar está no fato de que aquele país oferece aquilo que o outro não tem: liberdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. E é essa liberdade é a base para a prosperidade, para se tomar o país como se fosse um lar.

4) Quando dois países são livres em Cristo e se respeitam mutuamente, o trânsito entre essas pessoas deve ser livre. E aí a questão da imigração deixa de ser uma defesa e passa a ser uma liberdade, fundada na livre escolha de vida, fundada na vocação. 

5) Se o senso de tomar o país como se fosse um lar é afetado pela imigração, então ela deve ser feita de maneira ordenada, fundada numa tradição verdadeira. Quando se busca o multiculturalismo, busca-se o relativismo cultural - e só a força é que manterá ordem no lugar.

Fundamentos para uma boa literatura

1) O professor Olavo de Carvalho fala que o trabalho do escritor é o de fomentar a imaginação das pessoas. Para que essa imaginação produza boa consciência, o escritor precisa ter uma vida reta, uma fé reta e uma consciência reta.

2) Tudo o que se funda na eternidade leva à realidade. Um ficcionista imaginário deve lidar com o potencial das coisas, ainda que o fato não esteja presente na realidade. Se o fato estiver presente, flagrante, deixa de ser literatura e vira fato jornalístico.

3) A escrita deve ter forte caráter realístico - a descrição deve ser a mais realista possível, o comportamento dos personagens deve ser convincente e o diálogo entre os personagens deve ser construído de tal modo a que essa situação, quando se tornar real, seja aquilo que você está descrevendo no livro. Ou seja, a ficção literária deve antecipar-se ao fato jornalístico e não pode ser feita de maneira sensacionalista, de modo a relativizar tudo o que é mais sagrado. 

4) É por essas razões que o escritor precisa de certos elementos das outras ciências - como História, Antropologia, Psicologia - de modo a que tenha conhecimento suficiente para descrever as coisas com a mais absoluta precisão - no entanto, ao descrever o fato, deve fazê-lo numa linguagem simples e de fácil entendimento ao maior número de pessoas possível. A ficção, para ser realista, necessita de muito conhecimento científico - quanto mais um escritor puder descrever a realidade potencial com precisão, mais crível o fato se torna, quando um dia se tornar presente na realidade.

5) Verdade conhecida é verdade observada - mesmo que não esteja presente num lugar, pode estar presente em outros. Por isso, os escritores devem viajar com certa regularidade, de modo a colher o máximo de informações necessárias de modo a revelar essas coisas para os pares com a finalidade de se tomar o país como se fosse um lar, advertindo das conseqüências ruins que podem ocorrer caso algo vindo do exterior se torne um modismo por aqui. A Geografia, enquanto ciência, nasceu de diários de viagem - conhecimentos de História, Política e Sociologia também ajudam e muito a compreender a realidade do lugar.

6) A morte da literatura, enquanto elemento que antecipa as coisas, está profundamente relacionada à cultura do materialismo. Para o materialista, aquilo que não está visível não existe - e por não existir, isso não merece ser observado. Isso empobrece a linguagem, pois aquilo que merece ser observado, mesmo que não esteja presente na realidade, deve ser registrado - e isso leva à conformidade com o Todo que vem de Deus, pois devemos ter fé naquilo que não podemos ver, mas que é verdadeiro. Sem essa dimensão espiritual, não há literatura.