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domingo, 7 de setembro de 2025

Do Brasil como coliseu da nacionidade e o turismo de instalação

O coliseu da nacionidade, compreendido como a grandiosidade viva do Brasil enquanto maravilha espiritual e cultural, não se limita ao plano simbólico. Ele traz consigo uma complexidade econômica, pois toda grandeza demanda organização, investimento e preservação. Nesse contexto, o turismo surge não como mera indústria de experiências fugidias, mas como caminho para uma inspiração duradoura.

Se, em sua forma convencional, o turismo tende a oferecer vivências passageiras — fotos, lembranças e momentos desconectados do cotidiano —, no turismo de instalação o movimento é diferente. Aquele que chega não deseja apenas contemplar, mas fincar raízes, integrar-se à terra, casar sua experiência estrangeira com a experiência brasileira, tomando esta pátria como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. Trata-se de uma vocação de permanência: instalar-se significa assumir a terra, sua cultura e seus valores como parte de si, sem romper os laços com a terra nativa, mas unindo-os numa fidelidade superior.

Esse tipo de turismo exige mais do que infraestrutura e marketing; ele demanda a preservação da verdadeira cultura e dos verdadeiros valores brasileiros. Só assim o estrangeiro encontrará aqui não um simulacro de identidade, mas uma pátria viva, fiel às suas raízes e capaz de inspirar uma nova vida. Preservar a autenticidade cultural, portanto, é também construir uma economia sólida e duradoura, pois é a autenticidade que gera pertencimento.

Esse movimento conduz naturalmente a uma reflexão política. Ao compreender a pátria como lar e família, emerge o anseio pela restauração de um regime monárquico, em que o governante não é senhor absoluto, mas vassalo de Cristo. Nesse regime, como outrora na Casa de Bragança, o povo é visto não como massa indistinta, mas como membros de uma grande família. O rei, como pai político, governa não em nome próprio, mas sob a autoridade de Cristo, cuidando da pátria como se fosse sua própria casa.

Assim, o coliseu da nacionidade não é apenas um conceito cultural, mas uma visão integral que abarca economia, turismo, política e espiritualidade. Ele nos recorda que a grandeza do Brasil não está apenas em suas riquezas naturais, mas na capacidade de ser lar para muitos — brasileiros e estrangeiros — que aqui encontram não um destino de passagem, mas uma pátria permanente, inspirada e fundada em Cristo.

📚 Referências

  • SANTO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica, II-II, q. 105 (sobre formas de governo e justiça).

  • RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro.

  • ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas.

  • GUÉNON, René. A Crise do Mundo Moderno.

  • LEÃO XIII. Rerum Novarum.

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