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segunda-feira, 25 de março de 2019

Virando a própria mesa

1) Posso lançar duas versões do meu meu trabalho: o ebook, que tem tendência interativa, e o livro tradicional, onde faço as citações da forma tradicional e a pessoa vai se virando para encontrar o material que eu cito.

2) O mundo lança ebook da mesma forma como lança livros tradicionais, por isso que eu não compro ebooks. Se os ebooks fossem interativos, aí eu compraria.

3) Como o pessoal parece não se importar com isso, então eu vou lançar o ebook com citações tradicionais. Só que não vou gerá-lo eletronicamente. Eu vou criar esse ebook a partir da digitalização de um impresso que vou mandar pra gráfica, tal como faço com os livros dos outros. Assim, eu consigo 40 mega num livro - o que é ideal para file-sharing remunerado.

4.1) Botando isso no uploadboy, eu consigo milhares de downloads, visto que adquiri reputação de excelente escritor entre meus leitores - e as pessoas vão me remunerando através de um simples download.

4.2) Se eles quiserem ebook na forma interativa, eles precisariam comprar o download - as pessoas teriam acesso ao link da dropbox e poderiam interagir comigo, tal como numa festa paroquial, onde as conversas são sempre animadas.

4.3) Se essas pessoas fossem sensatas, teriam acesso a notícias, aos livros que digitalizei e muitas outras coisas, uma vez que clicariam nesses links, me remunerando ainda mais por isso. Pelo menos, é esta maneira como penso o ebook: de nada adianta tê-lo, se ele não é interativo.

5.1) O Bezos e a política liberal dos direitos autorais lesam todo mundo. Tudo isso fomenta impessoalidade - depois que a compra do livro se consuma, minha relação com os leitores acaba, pois ela se fundou no amor próprio, cujo sistema essa gente maldita fomentou.

5.2) A beleza da rede social é a partilha do conhecimento e a doação, uma vez que a internet foi inventada por um cristão. Parece que o pessoal não percebe a tolice que é comprar um ebook da amazon, que não se difere e muito de um livro impresso. Parece que o pessoal gosta mesmo de ser enganado. Por isso que evito o mundo, o diabo e a carne - tanto é que aprendi a digitalizar livros sozinho e a trabalhar da forma como sempre trabalhei, que não é nem um pouco ortodoxa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2019.

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