1) Na década passada, quando não era católico, certos libertários me acusaram de ser historicista. Fiquei irritado com a acusação, deletei todo mundo e me afastei desse grupo de revolucionários, que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.
2.1) Hoje mesmo, por curiosidade, tratei de pesquisar sobre o que é historicismo.
2.2) Nestas andanças, descobri o seguinte: que a história está relacionada ao campo da ontologia, ao estudo do ser enquanto ser. As coisas têm uma razão de ser e sua razão de ser, se for verdadeira, é capaz de resistir ao teste do tempo, a ponto de legar para as futuras gerações um caminho que aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus. Como Deus fala através de fatos, palavras e coisas, então essas coisas estão permanentemente relacionadas ao homem, enquanto animal que erra.
3.1) Quando Lévi-Strauss fala que a História não está relacionada ao homem, nem a um objeto em particular, então ele está tomando como base o homem enquanto animal que mente, o homem kantiano.
3.2) Se a História leva a qualquer caminho, então o conservantismo faz dela uma taxonomia e assim reduzir a ontologia das coisas às suas funções, a ponto de apontarem se elas são humanas ou anti-humanas, uma vez que o homem se tornou a medida de todas as coisas. E neste ponto, a antropologia moderna é a perversão do estudo histórico, posto que se funda no materialismo dialético - e isso é pseudociência, além de gnose, pois acredita-se que a classificação taxonômica da história é um conhecimento que pode ser usado para se salvar os eleitos, os proletários, do convívio com os condenados, os burgueses.
4.1) Se as coisas têm razão de ser, a ponto de apontar para Deus como sendo o sujeito da História, então o estudo da história das civilizações é um tipo de cristologia, pois Cristo é construtor e destruidor de Impérios.
4.2) Por essa razão, na conformidade com o Todo que vem de Deus, podemos fazer juízos morais condenando certas coisas que eram praticadas em determinadas épocas, por conta de estarem contra essa santa conformidade - assim, por meio da compreensão do passado, passamos a conservar o que é conveniente e sensato, pois vemos nesses fatos a dor de Cristo.
4.3.1) Quem evita de fazer juízos morais está evitando esta lição de Heródoto: de que precisamos compreender os erros do passado de modo que eles não sejam feitos novamente no futuro.
4.3.2) Quando se evita tal juízo de valor e quando se fica alegando que cada época tem sua verdade, então isso é estudar a história com fins vazios. E, neste ponto, o animal que erra é incentivado a mentir, e isso é um tipo de má pedagogia. Isso reduz a história a uma versão, a uma forma de narrativa cuja função é justificar a vitória dos vencedores, dos que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de conquistarem o poder total e mudar a sociedade desde cima: os revolucionários, que reduzem tudo a relações de poder, relações de força, como se todos os homens fossem tão pérfidos quanto eles.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de março de 2019.
2.1) Hoje mesmo, por curiosidade, tratei de pesquisar sobre o que é historicismo.
2.2) Nestas andanças, descobri o seguinte: que a história está relacionada ao campo da ontologia, ao estudo do ser enquanto ser. As coisas têm uma razão de ser e sua razão de ser, se for verdadeira, é capaz de resistir ao teste do tempo, a ponto de legar para as futuras gerações um caminho que aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus. Como Deus fala através de fatos, palavras e coisas, então essas coisas estão permanentemente relacionadas ao homem, enquanto animal que erra.
3.1) Quando Lévi-Strauss fala que a História não está relacionada ao homem, nem a um objeto em particular, então ele está tomando como base o homem enquanto animal que mente, o homem kantiano.
3.2) Se a História leva a qualquer caminho, então o conservantismo faz dela uma taxonomia e assim reduzir a ontologia das coisas às suas funções, a ponto de apontarem se elas são humanas ou anti-humanas, uma vez que o homem se tornou a medida de todas as coisas. E neste ponto, a antropologia moderna é a perversão do estudo histórico, posto que se funda no materialismo dialético - e isso é pseudociência, além de gnose, pois acredita-se que a classificação taxonômica da história é um conhecimento que pode ser usado para se salvar os eleitos, os proletários, do convívio com os condenados, os burgueses.
4.1) Se as coisas têm razão de ser, a ponto de apontar para Deus como sendo o sujeito da História, então o estudo da história das civilizações é um tipo de cristologia, pois Cristo é construtor e destruidor de Impérios.
4.2) Por essa razão, na conformidade com o Todo que vem de Deus, podemos fazer juízos morais condenando certas coisas que eram praticadas em determinadas épocas, por conta de estarem contra essa santa conformidade - assim, por meio da compreensão do passado, passamos a conservar o que é conveniente e sensato, pois vemos nesses fatos a dor de Cristo.
4.3.1) Quem evita de fazer juízos morais está evitando esta lição de Heródoto: de que precisamos compreender os erros do passado de modo que eles não sejam feitos novamente no futuro.
4.3.2) Quando se evita tal juízo de valor e quando se fica alegando que cada época tem sua verdade, então isso é estudar a história com fins vazios. E, neste ponto, o animal que erra é incentivado a mentir, e isso é um tipo de má pedagogia. Isso reduz a história a uma versão, a uma forma de narrativa cuja função é justificar a vitória dos vencedores, dos que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de conquistarem o poder total e mudar a sociedade desde cima: os revolucionários, que reduzem tudo a relações de poder, relações de força, como se todos os homens fossem tão pérfidos quanto eles.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de março de 2019.
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