Período onde estou disposto a sair de casa para encontrar com os meus contatos, quando estes estão no Rio de Janeiro: entre abril e setembro.
Razão: não está tão quente, é baixa temporada do turismo, as pessoas estão trabalhando e não há nenhum evento internacional. Quando ocorre um evento como a JMJ, as Olimpíadas ou a Copa do Mundo, a cidade fica uma loucura, tal como acontece durante o Ano Novo e o Carnaval. O trânsito fica louco e as pessoas não respeitam o seu ir e vir.
Teve um que inventou de se encontrar comigo na época da Olimpíada. Eu não topei de me encontrar com ele, pois eu sei muito bem como funcionam as coisas aqui. Ele insistiu e terminou bloqueado.
Quando digo não, isso não quer dizer um "talvez". Não sou como o Semler no livro Virando A Própria Mesa, onde para ele um sim é sempre um sim e um não é um talvez, uma espécie de fraqueza da minha parte.
Eu prezo a minha integridade física - esta cidade está perigosa e não dou sopa pro azar. As belezas físicas desta cidade iludem - por isso, não venha por causa dela, mas por causa de pessoas como eu, que tomam esta cidade como um lar onde ela não tem valor algum pro mundo, que é entre abril e setembro. É aqui no Rio que tenho minha sede e escrevo as coisas que escrevo. E é este turismo, o intelectual, que realmente vale - pena que a esquerdireita não pensa dessa forma.
Se você evita o mundo, o diabo e a carne, então venha ver quem realmente faz a diferença dentro desse período. E o momento para se preparar para essa vigem é a partir da quarta-feira de cinzas. É dentro desse período que você encontra os verdadeiros cariocas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 20 de março de 2019.
Nenhum comentário:
Postar um comentário