Erásmio Pereira me fez esta crítica pertinente: "O Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves não será mais possível de ser reunido, exceto se as duas coroas se unirem em Matrimônio e haver um único herdeiro (mesmo assim como uma exceção, porque as Cortes de 1641 deixaram claro que o Rei de Portugal não pode possuir Coroas estrangeiras). D. João VI fez por motu proprio e livre vontade a divisão dos Reinos".
1) Para que a União seja restaurada, é preciso que a realeza tome os dois países como um mesmo lar em Cristo, por força de Ourique, a ponto de ambos os povos serem tomados como parte da mesma família.
2) Se famílias comuns podem tomar vários países como um mesmo lar em Cristo, então surgirá toda uma comunidade de pessoas que pedirá a União das Coroas, a ponto de as famílias dinásticas atenderem a esse pedido do povo de modo que isso ocorra, uma vez que o senso de tomar dois países como um lar em Cristo legitima esse processo, dado que haverá toda uma comunidade formada a partir da União de A com B, que reúne o melhor dos dois mundos. E esse novo mundo tem seus próprios problemas, a ponto de exigir um vassalo de Cristo para bem governá-lo.
3) O processo de se tomar dois países como um lar em Cristo sempre se dá de maneira subsidiária: sempre debaixo para cima - assim não haverá coroa estrangeira a ser tomada, uma vez que não há mais fronteira entre Portugal e Brasil artificialmente criada por conta de se tomar esses países como se fossem religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, a ponto de esses países se enxergarem como imagens distorcidas de um mesmo espelho, tal como aconteceu com a Alemanha durante o tempo do Muro de Berlim ou mesmo entre as Coréias, divididas por força da ideologia - e é neste ponto que a maçonaria será definitivamente derrotada. Afinal, não é possível haver príncipes, os primeiros cidadãos de república, se não houver uma comunidade fundada no princípio de que os homens não se tornam coisa de outro homem, uma vez que há um verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que nos ensinou a nos amarmos uns aos outros tal como Ele nos amou, uma vez que Ele foi igual a nós em tudo, exceto no pecado. E neste ponto, a monarquia republicana portuguesa será restaurada, ensejando a restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
4) Essas coisas demandam séculos e toda uma consciência nessa direção. É mais fácil ensinar os homens comuns nessa direção do que a realeza - afinal, essas coisas percorrem círculos concêntricos. Quando atingir o último grau, que é o grau da realeza, a unificação será inevitável.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 4 de março de 2019.
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