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quarta-feira, 27 de março de 2019

Por que a vida intelectual leva a uma vida de santidade?

1) A vida de estudos pede engenho e memória

2.1) Aristóteles falou que memória é imaginação conjugada com dados da experiência.

2.2) Você precisa saber provar o sabor das coisas de modo a saber distinguir um conservador de um conservantista insensato, por exemplo, uma vez que dentre os conservantistas há pessoas que não tiveram berço cristão e estão se esforçando para sê-lo, pois amam a verdade de todo o coração.

3.1) Quando você adquire experiência na arte de provar das coisas tal como um enólogo costuma fazer com os vinhos, você é capaz de organizar um empreendimento intelectual de tal maneira a fazer com que seu país seja tomado como um lar em Cristo, o que favorece e muito a economia da salvação.

3.2) E organizar um feito de empresa dessa natureza é como navegar num oceano da misericórdia, esse mar é um mar fechado, pois ele não será navegado por aqueles que abusam da misericórdia do senhor, a ponto de advogar a liberdade dos mares com fins vazios, tal como fez Grotius.

3.3.1) Esses poucos argonautas que navegam no Mar Oceano da Misericórdia são uma espécie de Portugal espiritual: é habitada pelos poucos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e que servem a Cristo em terras distantes através da santificação através do trabalho, a ponto de se fazerem da atividade contemplativa (própria da filosofia) e mística (própria da teologia) uma atividade santa, o que leva os que são agraciados por ela a patrocinarem tal atividade na busca pela verdade, uma vez que o intelectual é um bogaty espiritual é um ubogi material - e o pobre, neste aspecto, é o banco de Deus, o agente que fomenta a capitalização moral de uma nação inteira.

3.3.2) É nesse tipo de intelectual que a trindade (bóg, bogaty e ubogi) se materializa num tesouro de exemplo, a ponto de o intelectual ser tomado como um santo (a ponto de reproduzir as feições de um Deus uno em três pessoas, no campo da prática).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de março de 2019 (data da postagem original).

Edmundo Noir:  

1)A vida intelectual pode ser Gratum faciens ou Gratis data. Essa vida é dada para a própria santificação ou para a edificação da comunidade. 

2) A virtude intelectual de Salomão serviu bem a Israel, mas ao fim o mais sábios dos reis não soube evitar a luxúria e caiu na idolatria. Sócrates, através da razão, chegou ao monoteísmo e edificou gerações de homens, mas, ao fim, aceitou sacrificar aos ídolos. 

3.1) O sábio está exposto a infinitas tentações, sobretudo o orgulho. E o demônio, dotado de inteligência angélica (decaída, mas ainda assim angélica) é superior em natureza ao homem. 

3.2)A vida intelectual pode ser exercida como uma forma da espiritualidade, mas não é o único modo e nem o mais seguro.

Carlos Cipriano de Aquino:

1) Os primeiros intelectuais católicos lá do início da Idade Média tinham essa mesma concepção. Tanto é que eles enalteceram o trabalho intelectual, associando-o ao status de extensão da vida religiosa. 

2) Talvez tenha sido por isso que a Igreja Católica tenha deixado um legado tão rico na filosofia e na arte durante aquele período. 

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