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sábado, 9 de março de 2019

Notas sobre nacionidade e legitimidade

Conhecimento é poder. Isso é verdade.

Poder se conquista. Isso é verdade.

Com base em Voegelin, Olavo afirma que a tomada do poder político pressupõe dispor dos meios de ação de necessários de modo a conquistá-lo. E um desses meios de ação é a legitimidade.

1.1) Para se sanar a ignorância relativa à História de Portugal, você vai precisar de alguém neste país que comungue dos mesmos valores que você.

1.2) Se você ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então servir ao verdadeiro Deus e verdadeiro homem faz com que sua causa seja legítima, pois você faz da sua atividade intelectual uma atividade santa e organizada, a ponto de vir a ser economicamente viável, pois você está colaborando na construção de um bem comum de modo que os dois países, se unidos, sejam tomados como um mesmo lar em Cristo. Se alguém em terras distantes vê a figura de Cristo em você, então essa pessoa vai colaborar contigo.

2)  Os meios de ação, de colaboração com a atividade intelectual organizada, envolvem desde o envio de euros ou mesmo envio de livros. Como não disponho de conta bancária em Portugal, então o envio de livros vindos de Portugal resolve os meus problemas.

3.1) O conhecimento de História de Portugal resolve os meus problemas epistemológicos relativos à História do Brasil, dado que estou trocando a falsa história decorrente da alegação de que o Brasil foi colônia (o que faz da História do Brasil uma verdadeira versão contada do ponto de vista maçônico, revolucionário em essência) pela verdadeira história contada a partir do que decorre de Ourique.

3.2.1) O Juramento de Ourique é o testemunho solitário que D. Afonso Henriques teve a partir da figura do Crucificado. Jesus Cristo mandou este e as demais 16 gerações servirem a Ele em terras distantes, dado que queria um Império para Si de modo que Seu Santo Nome fosse publicado entre as nações mais estranhas.

3.2.2) Segundo o professor Olavo, a força do testemunho solitário já é suficiente para produzir uma razão de ser para se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de todos irmos para a pátria definitiva, que se dá no Céu - eis o mitologema. Negá-lo é traição para com o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, pois é ato de apatria.

4.1) Se começo a pregar as coisas que aprendi tendo por base a documentação portuguesa que foi ignorada de maneira conveniente e dissociada da verdade, então uma sistemática mudança de entendimento das coisas começa a pipocar por todo o país, através das redes sociais. E quanto mais esse conhecimento é dividido entre os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, mais ele é multiplicado, a ponto de terminar sendo remunerado por força do meu trabalho, uma vez que lucro é ganho sobre a incerteza.

4.2) Com isso, vai surgindo toda uma cultura que vai chamando os verdadeiros políticos a criarem pontes de modo que o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves retorne, a ponto de um partido português ter mais caráter nacional por força da nacionidade do que um partido liberal e comunista (que são internacionalistas, apátridas).

5.1) Eis aí porque tomar vários países como um mesmo lar em Cristo é uma forma de poder, pois você prova o sabor de diferentes coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato. 

5.2.1) Esse poder precisa ser conquistado - a forma correta de conquistá-lo não é estando rico no amor de si até o desprezo de Deus, mas deixando que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem faça santa habitação em você através da Santa Eucaristia.

5.2.2) É conservando a memória da dor daquele que d'Aquele que morreu na Cruz pelo perdão de nossos pecados que você é livre n'Ele por Ele e para Ele - assim, você não serve liberdade com fins vazios, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, por conta das nossas paixões e vaidades seculares.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de março de 2019.

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