1.1) Quando era mais novo, eu tomava a iniciativa em puxar conversa com as pessoas.
1.2) Logo percebi que as relações humanas sobreviviam como que respirando por ajuda de aparelhos porque eu me importava mesmo com as pessoas - o dia em que perdesse o interesse, a relação morreria.
1.3) Foi por conta de eu sentir que as relações eram muito unilaterais que parei de tomar a iniciativa. As pessoas que conheci no mundo real mais pareciam uns verdadeiros robozinhos.
2) A partir do momento em que parei de tomar a iniciativa de adicionar alguém, foi aí que realmente surgiu demanda por conta do meu trabalho. E aí fui alimentando essas pessoas intelectualmente até ficarem satisfeitas. Foi aí que conheci pessoas de verdade. Isso se deu a partir da internet
3.1) A demanda precisa estar à frente da oferta. É preciso que não se tome a iniciativa, a menos que seja provocado, pois é a partir daí que você toma a iniciativa. Eu aprendi essas coisas depois de muito tempo estudando Teoria Geral do Processo.
3.2) Pela minha experiência no Brasil, as pessoas agem dessa forma. Se você for de tomar muito a iniciativa, você não progride. Só assuma o controle da relação se provocado - e aí tudo corre bem, pois a pessoa não terá outra escolha senão ser fiel a você, dado que ela se torna refém de suas próprias ações, dado que a partes não podem evitar a decisão do juiz, por força do princípio da inevitabilidade. E o juiz das ações humanas é Deus, a quem não devemos enganar.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 7 de março de 2019.
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