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quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Notas sobre a relação entre colecionismo e empreendedorismo (notas introdutórias à curadoria de coleções, um dos muitos ramos da administração científica)

1) O fato de você cultivar uma planta no jardim indica que você está colecionando uma espécie vegetal, botanicamente falando. Se você coleciona várias espécies de modo a estabelecer uma atividade econômica organizada - seja de modo a atrair visitantes à sua localidade, seja para atender as necessidades de outras pessoas e instituições -, então você estabelece uma curadoria em relação àqueles bens.

2.1) A finalidade da curadoria visa não só a conservação dos bens constantes da coleção, como também a melhoria da qualidade dos bens da coleção de modo atender as necessidades do mercado. Por isso que são feitas constantes pesquisas de P & D de modo a desenvolver novos produtos a partir do que já se tem colecionado. E uma vez feita uma nova descoberta, basta-se cultivar a matéria-prima de tal maneira a produzir as coisas em escala industrial, de modo a atender as necessidades de um grande número de pessoas. 

2.2) É também da natureza da curadoria a transformação do excesso de bens de uma espécie em bens de outra espécie, através do processo industrial, de modo a se criar produtos úteis à comunidade a partir das plantas colecionadas. Quando você tem uma espécie industrial nova, com patente registrada, então a gestão desse bem no portfólio fica mais fácil - se houver demanda por ele, basta servi-lo com excelência, dentro de uma faixa de preço aceitável, pois assim as pessoas podem pagar por ele com justiça, uma vez que o produto deve ser servido dentro da melhor qualidade possível, uma vez que houve muito investimento em pesquisa e desenvolvimento de modo a se chegar essa qualidade invejável, de modo a agradar aos paladares mais exigentes.

3) Eis a relação entre colecionismo e empreendedorismo. A relação entre essas ações se dá através do trabalho de curadoria de uma coleção, onde a ciência está à serviço do mercado, do atendimento de necessidades humanas. Trata-se de um trabalho de administração - e isso é tanto ciência quanto arte.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2021 (data da postagem original).

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

As melhores mulheres pertencem aos homens mais atrevidos - um exame dessa afirmação

1) Dizem que as melhores mulheres pertencem aos homens mais atrevidos. 

2.1) No caso das filhas de Maria, elas pertencem aos Josés que têm a audácia de respeitar a Deus e a se santificar através do trabalho e do estudo a ponto de serem pais de sua própria prole e até de uma nação inteira, tal como São José do Egito, enquanto governante. Esses Josés tomam seu povo como parte de sua família e governam sua nação por gerações, a ponto de fazer o país ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

2.2) As filhas de Mariane, por sua vez, são reservadas aos que têm a audácia de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de mentir em nome da verdade e desafiar as leis de Deus. E neste ponto, as filhas de Mariane são as piores mulheres.

3) Quando alguém te diz que as melhores mulheres pertencem aos mais atrevidos com uma frase vazia, de maneira abstrata, pergunte a essa pessoa qual é o sentido prático dessa afirmação. Se a vida dela não for fundada em santidade, então boa coisa não vem daí.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 04 de outubro de 2021 (data da postagem original).

domingo, 3 de outubro de 2021

Comentários sobre a filosofia de Ortega y Gasset e sobre o existencialismo cristão

 "A vida - ela me é dada por Deus, mas não me é dada feita, pronta e acabada." (José Ortega y Gasset)

1) Esta é uma reescritura de uma famosa frase do filósofo espanhol José Ortega y Gasset, que soa mal para o falante médio de língua portuguesa. A frase original é esta: Minha vida me é dada, mas não me é dada feita". Do jeito como ela foi traduzida, ela está horrível, fora que esconde dados relevantes. Além disso, o autor da vida é Deus - logo, este ser especial, que criou todas as coisas por amor, tem que ficar em evidência, não oculto, como está no texto original.

2.1) A vida pode ser dividida em duas partes: a parte dada por Deus e a que não me é dada. Deus é o autor da parte dada, da parte biológica, cuja matéria é desgastada pela ação do tempo, pela gula de Cronos - e nesse campo, Deus permite o pecado de modo que eu erre e me aperfeiçoe. Enquanto o tempo desgasta as coisas, incluindo a minha juventude, Deus me dá o tempo necessário para eu estar no mundo. Apenas colho as experiências necessárias que dão sentido à minha existência de modo a servir de exemplo a outras pessoas, uma vez que estas coisas apontam para a grandeza da criação, que é Deus.

2.2) Na parte onde a vida não me é dada feita, onde sou eu mesmo lidando com as minhas circunstâncias, eu sou autor da minha vida, enquanto conjunto de experiências que acumulo ao longo do tempo - e o que assimilei tende a ser único. E na sociabilidade, esse mercado moral onde descubro os outros dentro da mesma circunstância onde me encontro, eu compartilho minhas experiências fundadas na minha solidão, a ponto de fazer disso uma economia da salvação organizada, um caminho para a evangelização. Faço dessa necessidade do encontro liberdade para o outro - eis a liberdade em Cristo. E neste ponto sou autor da minha vida pela graça de Deus, já que meu trabalho é a aperfeiçoar a liberdade de muitos, uma vez sou servo da verdade em Cristo Jesus.

2.3.1) É reunindo o maior número de experiências que puder num único sistema filosófico que sou capaz de servir ao meu próximo de modo que eu ganhe a vida eterna - e isso faz com que eu me santifique através do trabalho de filósofo. E essa reunião de todas as coisas num único sistema a ponto de transformar todas as coisas em sabedoria, ela se dá na maturidade, na plenitude do tempo kairológico, onde eu estou revestido de Cristo de tal maneira a dizer aos Cristos necessitados, meus alunos, quais são os verdadeiros caminhos caminhos a seguir e evitar os erros que cometi, já que Cristo é o caminho, a verdade e a vida.

2.3.2) Neste sentido, a obra de Ortega y Gasset leva a um existencialismo cristão. E esse existencialismo é que dá todo o sentido à vida, já que a verdade é o fundamento da liberdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de outubro de 2021 (data da postagem original).

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Quando certos conservadores agem como esquerdistas - notas fundadas nas minhas experiências pessoais

1) Algumas pessoas do meio conservador, sem nenhuma sensibilidade com a realidade, tendem a tratar alguém que tem conta no Itaú como o pior indivíduo do universo, caso este resolva permanecer cliente daquele banco. Para elas, eu devo ser a pior pessoa do universo, pois continuo cliente daquele banco. Não faço isso porque gosto, mas porque a agência onde tenho conta é a mais próxima de casa, enquanto a agência da Caixa Econômica Federal fica longe. 

2.1) Se estivesse na liderança de algum movimento conservador, eu diria a quem me ouve: quem puder sair desse banco e migrar suas contas para outros bancos não comprometidos com a agenda revolucionária e que estejam próximos de suas respectivas casas, por favor o façam. Seria educado, caridoso, fora que ainda respeita quem tem esta circunstância desfavorável, como é o meu caso.

2.2) Usar o modo imperativo de maneira genérica e abstrata, como se fosse uma norma de conduta a ser observada, isso não vai dar certo. Além de arrogante, isso não observa a realidade de algumas pessoas, que tem uma relação com o Itaú por conta de um determinada circunstância profissional ou por conta de uma determinada circunstância geográfica, como a proximidade de casa ou do trabalho - e isso não pode ser ignorado. Isso é prova cabal de que essas lideranças não têm imaginação moral para se pôr no lugar do outro - no caso, o homem médio, o bom pai de família que é refém desse famigerado banco, visto que não há autoridade no país de modo a combater o abuso dessas instituições que financiam o esquerdismo no país, a ponto de aperfeiçoar a liberdade de muitos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de outubro de 2021 (data da postagem original).

Da diferença entre as colônias inglesas e os vice-reinados espanhóis (postagem em espanhol)

Los españoles americanos del Virreinato de Nueva España podían comerciar libremente desde sus puertos, mientras que los colonos anglo-americanos no podían. Este es solo un ejemplo de las muchas diferencias entre los Virreinatos y las colonias.

En Nueva España tenían disponibles monedas acuñadas (real de a ocho) en su propio territorio, frente a los colonos anglo-americanos, que tenían que traerlas de Inglaterra.

La autonomía, libertad y educación de la que gozaban los Virreinatos del Imperio Español, los cuales estaban en la misma categoría que las provincias de España, eran de envidiar. Eran territorios realmente adelantados a su tiempo en lo social.

Las 13 colonias anglo-americanas no tuvieron universidad hasta que se convirtieron en EEUU, mientras que los Virreinatos las habían tenido desde mucho antes, una de ellas fue la Real e Imperial Universidad de México, que se fundó por cédula real en 1551, expedida por el Rey Carlos I de España/ Carlos V del SIRG y firmada por su hijo, el entonces Príncipe de Asturias, Felipe II.

Fonte: http://fumacrom.com/2LXbf

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de outubro de 2021 (data da postagem original).

Postagens relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/10/filipe-ii-e-o-referendo-nas-filipinas.html

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Sobre o maior problema que afeta o Rio de Janeiro hoje: a Zona Sul carioca ser habitada por uma elite ilegítima, indigna do status da localidade

1) Eu naturalmente me identifico com o pessoal da Zona Sul do Rio de Janeiro por conta de muitos terem formação em curso superior e bons empregos. O problema deles é que muitos deles são esquerdistas - o que me afasta de muitos deles. Se houvesse habitantes da Zona Sul carioca que fossem de direita, sociabilizar-me com eles seria muito mais fácil.

2) Já encontrei todo tipo de pessoa interessante - já encontrei até gente cineasta. Se essas pessoas não fossem esquerdistas, eu me aproximaria naturalmente delas.

3.1) O ethos é de elite, mas as pessoas que o ocupam não constituem uma elite legítima, por ser esquerdista. É preciso que ele seja ocupado por uma elite intelectual verdadeira, tal como havia nos anos 40, 50 e 60 - assim, o Rio volta a ser uma cidade culturalmente relevante no cenário nacional e mundial.

3.2) Grande parte dos problemas do Rio de Janeiro estão relacionados à ilegitimidade de quem ocupa esse ethos de elite. O maior problema do Rio de Janeiro é a falsa elite que mora na Zona Sul do Rio de Janeiro - e isso influi na cultura e na política nacional.

3.3) O tempo que passei no Bumble me fez ver rapidamente a miséria dessa falsa elite carioca, que tem tudo em termos de bens materiais e nada em matéria de bens espirituais, ao mesmo tempo. E este é o maior problema que deve ser resolvido, no meu modesto entender.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2021 (data da postagem original).

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Reich do bem: que mil dias sem corrupção virem mil anos

1) Em ato falho, o presidente Bolsonaro falou que o governo está comemorando mil anos em vez de mil dias. E governo dos mil anos, até onde sei, é o III Reich Alemão. 

2) Agora a esquerda pira - justamente eles que tanto chamaram Bolsonaro de nazista.  Quem me dera que tenhamos um "reich do bem" que me dure mil anos de prosperidade, de ordem e progresso e de esquerdismo proibido. Seria uma era de ouro sem precedentes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2021 (data da postagem original).