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terça-feira, 19 de novembro de 2019

Notas sobre o impacto da mudança de regra feita na época do governo Lula

Na regra antiga:

1) Tigre-de-bengala: espécie de tigre nativa de Bengala, na Índia. Um predador perigoso - só caçadores experientes podem enfrentá-lo.

2) Tigre de bengala: um tigre velho, cartunesco, que usa bengala. Ele pode ser feito de pelúcia e só agrada crianças.

3) Amigo-da-onça: falso amigo.

4) Amigo da onça: você é literalmente amigo de uma onça.

Na nova regra, é tudo tigre de bengala e amigo da onça.

A mudança de regra, sancionada pelo sr. pudim de cachaça, produziu uma confusão dos infernos. O real se confunde com a caricatura. O denotativo se confunde com o conotativo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2019.

Notas sobre nuances de linguagem

eu, nacional = eu, como nacional ou eu, na condição de nacional.

eu nacional = indivíduo que imagina uma comunidade. O que é a Bolívia senão o eu nacional de Bolívar, rico no amor de si até o desprezo de Deus?

eu-nacional = quando se trata do nacionismo como poesia em atos, isso equivale a uma espécie de eu-lírico.

nós, nacionais = nós, o povo ou nós, como nacionais

nós nacionais = uma espécie de rede social onde a solidariedade se dá pelos que somente nasceram no país, sem levar em consideração os que tomam o mesmo país como um lar em Cristo, ainda que tenham nascido no estrangeiro. Trata-se de uma rede social incompleta, imperfeita, posto que o país está sendo tomado como se fosse uma religião e não como um lar em Cristo, como deveria ser.

nós-nacionais = é essa mesma rede levando em consideração o compartilhamento sistemático de vários eus-nacionais, uma vez que nós somos alguma coisa quando compartilhamos nossas solidões a ponto a aprender a tomar não só um, mas vários países como um mesmo lar em Cristo, já que o Todo que vem de Deus é maior que a soma das partes. Isso implica necessariamente a descoberta do outro como um espelho de nosso próprio eu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2019.

domingo, 17 de novembro de 2019

Antes de fundar partidos, é preciso que fundemos sociedades iniciáticas voltadas para o estudo sério da História do Brasil

1) Antes da atuação na política, é preciso que todo um trabalho na cultura seja feito. O que é cultura senão obra de espírito voltada para a verdade, para a conformidade com o Todo que vem de Deus, capaz de por si só despertar a consciência de muitos para conservar o que é conveniente e sensato, a ponto de muitas aprenderem a amar e rejeitar as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento?

2.1) Para que isso ocorra, é preciso que haja academias voltadas para o estudo da História do Brasil verdadeiro, enquanto obra fundada na missão de servir a Cristo em terras distantes.

2.2.1) Essas academias, portanto, seriam sociedades iniciáticas, a exemplo dos templários.

2.2.2) Uma sociedade iniciática não é uma sociedade secreta, como a maçonaria, uma vez que a fé em Cristo é pública, uma vez que Ele é a verdade em pessoa.

2.2.3) Numa sociedade iniciática, a pessoa recebe os primeiros rudimentos para aprender a história dentro desse verdadeiro entendimento - é como uma guilda de historiadores especializada nessa linha de pesquisa, uma vez que as universidades estão controladas pelos comunistas.

2.2.4) Para que esse conhecimento não caia na mão de picaretas ou mal-intencionados, as pessoas recrutadas para a ordem iniciática precisariam ser honestas, honradas e extremamente católicas, capazes de se santificarem através do trabalho de pesquisa e a todos que queiram aprender com elas como alunos.

2.3.1) Uma vez semeada a consciência de se restaurar a aliança do altar com o trono e a unidade do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, a ponto de ser o verdadeiro caráter nacional que deve ser perseguido, um partido português pode ser fundado, livre do preconceito de ser chamado de colonialista, uma vez que essas idéias políticas dominantes (a positivista e a comunista) estejam banidas do Brasil.

2.3.2) Um partido brasileiro pode ser fundado com base no princípio de que devemos nos santificar através do trabalho, tal como o primeiro brasileiro, que extraía pau-brasil, pois dessa madeira vinha o corante que era usado para se tingir de vermelho as vestes dos futuros cardeais, os príncipes da Igreja que estariam dispostos a derramar seu sangue por Cristo, a exemplo dos mártires.

2.3.3) Esses dois partidos são agulha e linha - com eles vamos costurar o tecido social de tal modo que o Brasil sirva a Cristo dentro da América, dentro de um ambiente pan-americano, sem que se perca sua herança decorrente de Ourique. É assim que o Brasil ganha uma razão de ser sem recorrer à mentira, sem rejeitar a pedra angular, que é Cristo Jesus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2019.

Novas reflexões sobre as fundações lógicas e espirituais da Pátria

1.1) A palavra pátria tem profunda relação com patriarcado, do governo natural do pai de família sobre seus filhos.

1.2) O poder natural dos reis decorre de uma longa evolução, onde se deu a passagem da vida das tribos para as cidades, a essência da vida civilizada. Boa parte dessa história está documentada na Bíblia - ali estão todas as experiências políticas e espirituais necessárias que pavimentaram o caminho para a ordem fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, cuja lei se escreve na carne de cada um de nós, através da Santa Eucaristia.
 
2.1) A História de Portugal é a História de um povo eleito por Cristo de modo a fundar um Império onde o Santo Nome do Senhor seria publicado entre as nações mais estranhas, o que pavimentaria o caminho para a segunda vinda d'Aquele que é o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

2.2) Os judeus rejeitaram a pedra que se tornaria a pedra angular - e os portugueses são os pedreiros livres em Cristo, por Cristo e para Cristo que trabalham essa pedra na forma de um Império, movido através da ação do Espírito Santo, cujo desejo é como o vento que sopra onde quer, tendo por fundamento a verdade como fundamento da liberdade.

2.3) Por essa razão, toda sola scriptura e todo protestantismo é a negação dessa realidade, posto que é ato de apatria. 
 
3.1) Trata-se, portanto, da continuação da mais bela história já narrada, que está sendo escrita na carne de cada um de nós, a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu. Não se trata de um império de domínio porque o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem não é como o Faraó do Egito; trata-se de um império de cultura, fundado no amor a Deus sobre todas as coisas, a ponto de descobrirmos o próximo como um espelho de nosso próprio eu, uma vez que devemos levar o evangelho a todos os homens, essa critaura muito amada por Deus.

3.2.1) O Brasil é herdeiro desta tradição, posto que é América Portuguesa.

3.2.2) Uma vez conhecido todo esse background, devemos estudar as fundações lógicas e espirituais da pátria de tal maneira a revertermos tudo o que decorreu do ato de apatria de 1822, indevidamente chamado de independência do Brasil, onde, a exemplo dos judeus, rejeitamos a pedra angular trazida de Portugal, a ponto de edificarmos toda uma falsa ordem onde a liberdade é servida com fins vazios, gerando uma cultura nula e um verdadeiro horror metafísico por onde passa.

3.2.3) Afinal, a história da América Portuguesa não se confunde com a história dessa comunidade imaginada por Bonifácio chamada Brasil, sendo o brasilianismo o estudo do processo de construção dessa comunidade feita à imagem e semelhança de Bonifácio, esse maçom carbonário e descendente do Faraó do Antigo Egito que escravizou os hebreus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2019.

Notas sobre a gênese do conservantismo sensato, a pré-história do conservadorismo

1) Antes da primeira vinda de Cristo, os gregos estabeleceram uma cultura de investigação da realidade tanto física quanto metafísica de sua realidade e daquilo que conheciam dos povos vizinhos de modo a ficar com o que era conveniente e sensato, uma vez que verdade conhecida é verdade obedecida.

2.1) Essa investigação da realidade, a qual chamamos de filosofia, é a base sob a qual se assenta o conservantismo em sua modalidade sensata.

2.2.1) O conhecimento acumulado fundado a partir dessa modalidade, somado ao senso de se amar e rejeitar tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem como fundamento, é a base sob a qual se assenta o verdadeiro conservadorismo, que é a transmutação de todas as coisas de modo que fiquemos todos o espelho da forma e o vinho da mente de Cristo.

2.2.2) É a partir da antropologia do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a Cristologia, que se tem o conhecimento de Deus Pai, pois ninguém vai ao Pai senão por Jesus - assim como ninguém vai ao Filho senão por sua mãe, que recebeu o privilégio de ser a Mãe de Deus e nossa advogada.

3) É do conhecimento dessas coisas que decorre toda uma ordem prática onde se pode dizer o direito vendo o Cristo na pessoa dos acusados e nas ações de cada um de nós, de modo que não repitamos o exemplo de Pôncio Pilatos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2019.

sábado, 16 de novembro de 2019

Notas sobre dois conceitos de nacionalidade

1) Dois são os conceitos de nacionalidade.

2.1) Um deles se opõe ao conceito de nacionidade. Nacionalidade - segundo John Borneman, em seu livro Belonging in the two Berlins - é tomar o país como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.2.1) Ele é a personificação do fascismo de Mussolini, uma espécie de nacional-socialismo fundado num falso conceito de nação, uma comunidade imaginada pelos homens onde toda e qualquer utopia pode ser realizada visando a grande glória da pátria, uma vez que o homem foi elevado à categoria de Deus, através do Estado. 

2.2.2) A noção de pátria tende a ser uma idéia deletéria, abstrata, a ponto de ser uma comunidade imaginada, artificialmente forjada, sem tradição alguma e sem uma conexão de sentido capaz de fazer tal arranjo de coisas resistir ao teste de tempo e deixar um legado civilizatório tendo por base a verdade como fundamento da liberdade, coisa que não há nesses meios artificiais.

3.1) O outro conceito indica os meios operativos ou a forma de como se dá o senso de se tomar o país como um lar em Cristo.

3.2.1) Nele, o vassalo deve servir aos que estão sujeitos à sua proteção e autoridade de tal maneira que seus protegidos se sintam patrocinados e possam servir a Cristo em terras distantes, a ponto de se santificar através do trabalho nessas terras e trazer riquezas não só ao novo local que vão povoar como também trazer glórias à terra de origem, guardando uma relação de lealdade e gratidão para com o soberano que patrocinou tal atividade civilizatória organizada em nome de Cristo Jesus.

3.2.2) As províncias de além-mar guardam um laço de lealdade e de solidariedade com relação à terra-mãe, que os alimentou na idéia de servir a Cristo neste fundamento, de modo que o Santo Nome do Senhor seja publicado entre as nações mais distantes - e neste ponto os portugueses e brasileiros podem ser vistos como uma mesma imagem no espelho, a qual aponta para o belo e produtivo.

3.2.3) Se o povoamento das novas terras prosperar, então esses lugares todos serão tomados como um mesmo lar em Cristo e poderão ser capazes de prestar tributo ao vassalo de Cristo por ter patrocinado todo esse trabalho santificador e civilizador, uma vez que o povo vê no vassalo de Cristo - o Rei de Portugal, Brasil e Algarves - a figura do próprio Cristo.

4.1) O conceito de nacionalidade só tem sentido onde o povo é tomado como parte da família do governante.

4.2) Isso só pode haver em monarquias e em principados (repúblicas que possuem uma nobreza e uma casa reinante de longa data, a ponto de serem cidades-Estado livres por direito próprio).

5) Confundir estes dois conceitos é ignorar a sutileza das coisas, visto que estas nuances são evidentes a quem se cultivou na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2019 (data da postagem original).

Ser povo ou ser gado - eis a questão

1) Certos conservantistas tendem a conceber a humanidade de um certo povo que ocupa uma certa geografia como passiva. Para eles não há povo, mas gado - gado de sacrifício do G.A.D.U (do Grande Arquiteto do Universo)

2) O culto a G.A.D.U tem seus sacerdotes - eles são gente iluminada, lunática e empoderada, totalmente endiabrada. Esses sacerdotes são os gurus. São os gurus coaches, são os gurus financeiros, são os gurus das diversas heresias e seitas, gurus de todas as tribos e tendências que se dizem de direita, mas que no fundo estão à esquerda do Pai, posto que estão adorando todos os tipos de deuses menos o verdadeiro. Afinal, o que aparenta ser constelação não passa de buraco negro.

3) Como posso unir a direita a qualquer custo se o próprio liberal que o mundo conhece sustenta que cada um tem direito a crer na verdade que quiser? Não dá para unir o que é heterogêneo - se não há o mesmo querer e o mesmo não querer fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, então não poderei conservar a dor do cordeiro que foi imolado pelo perdão de nossos pecados. Por isso não poderei ser conservador, pois desconheço a verdade, o fundamento da liberdade. Logo, serei incapaz de ser conservador e ser livre em Cristo, por Cristo e para Cristo, liberal naquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus, que é a verdadeira essência das coisas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2019.