1.1) Por meio de um sistema nacional de economia pautado no crédito social, nós poderemos saber quem é quem na sociedade, no tocante à prestação de serviço. A honra, a vida privada, a vida íntima não serão expostas - elas são a verdadeira riqueza dessas nações que tomam o país como um lar em Cristo; isso vale mais do que ouro e prata.
1.2) Um bom prestador de serviço geralmente é um bom cidadão, um bom pai de família e um bom pagador de impostos - ele vai receber descontos de tal maneira a poder comprar os insumos de modo a fazer um trabalho melhor aos seus clientes necessitados de seus serviços. Se ele for solteiro, receberá sugestão de candidatas com boa formação moral e com boa reputação na comunidade, a ponto de ambos amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Dessas candidatas, ele escolhe aquela com a qual mais se afeiçoar, por ver Cristo na pessoa dela.
2.1) Quando há um acordo de cooperação internacional, isso é um incentivo para se tomar outro país como um mesmo lar em Cristo.
2.2) Se esse país também tiver um sistema de crédito social, uma pessoa do país A pode estudar numa universidade renomada de um país B, se aperfeiçoar, voltar pra casa e servir aos que dependem dos seus serviços. Isso permitirá a livre circulação dos que são amigos de Deus e impedirá a entrada dos que desejam causar o mal.
3.1.1) Os melhores empregos serão sempre ocupados por gente honrada, que toma o país como um lar em Cristo, ainda que não tenha nascido no lugar.
3.1.2) Os proletários, gente apátrida aqui nascida e que em nada contribui para o progresso da vida comunitária, não podem alegar que o estrangeiro está a lhe roubar os seus empregos, uma vez que o Estado está a serviço da verdadeira fé, a ponto de promover o bem comum.
3.2.1) O nacionalismo - o senso de tomar o pais como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele - tende a ver o estrangeiro como um "condenado" e o nascido biologicamente falando como se fosse um "eleito" - o que destrói a ordem fundada na confiança, o que é essencial para se tomar o país como um lar em Cristo.
3.2.2) A divisão da ordem social entre "eleitos" e "condenados" cria uma ordem de impessoais de tal maneira que fica objetivamente impossível recrutar o homem certo para suprir a certas circunstâncias por que passa a economia de uma empresa - e isso cria uma espécie de "véu de ignorância".
3.2.3) Com esse sistema de crédito social, você tende a ter uma referência do que é a pessoa por conta do que ela já fez e por conta do que se costuma falar dela, em termos de conduta e caráter. Com esses dados objetivos na mão, fica fácil começar uma conversa com ela e estabelecer uma amizade ou recrutá-la para um determinado trabalho. Com base na minha experiência na rede social, fica mais fácil fazer uma amizade quando tenho algum dado objetivo acerca do que é a pessoa, exposto no que ela posta no seu mural ou do que se fala dela, uma vez que o mundo real é pautado por máscaras e fica impossível começar uma conversar com um estranho, quando se é muito tímido.
4.1) Para que essa economia de crédito social funcione, é preciso que a sociedade seja realmente cristã, que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, uma vez que esta economia está pautada no distributivismo. Se a sociedade estiver pautada no relativismo moral, ela vai ficar à cara da China.
4.2) Esse sistema favorece o livre mercado, onde o bom empregado encontra um bom empregador, e favorece um protecionismo educador, de tal maneira que todos possam progredir juntos em Cristo Jesus, a ponto de favorecer Seu Reinado Social.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 21 de junho de 2019.