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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Brasil: uma tragédia em 4 atos (e cada ato dessa peça representa um elemento da natureza)

1) Ao longo destas últimas semanas, nós passamos por quatro grandes tragédias: o desastre da barragem da Vale em Brumadinho; chuva com vento muito forte no Rio de Janeiro, oriunda de um tornado que se deu no mar; incêndio no centro de treinamento do Flamengo, que matou jovens que estavam jogando nas categorias de base do clube; a morte de Ricardo Boechat, vítima de um desastre aéreo - o helicóptero onde ele estava caiu em cima de um caminhão, quando ele fazia a travessia do Rio para São Paulo hoje.


2) Houve fatalidades nos 4 elementos: terra (Brumadinho), fogo (CT do Flamengo), água (dilúvio no Rio de Janeiro) e ar (desastre aéreo que matou um dos mais importantes jornalistas do Brasil).

3) Parece que o céu está caindo sobre nossas cabeças, após tantas tragédias sucessivas em tão pouco tempo. Eu nunca vi algo dessa natureza acontecer assim em qualquer lugar do mundo. Para mim, isto é algo sem precedentes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2019.

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Notas sobre a relação entre intervenção militar, conservantismo, salvacionismo e independência do Brasil

1) Enquanto não se fizer uma ocupação de espaço de tal maneira a se remover a maçonaria da caserna, o movimento intervencionista sempre será pautado no conservantismo e no salvacionismo, a ponto de se praticar a distanásia política. A República já deu tudo o que tinha de dar - a tal ponto que ela vai morrer sozinha.

2) Além disso, por conta da sua ligação com a maçonaria, a distanásia política praticada pelos intervencionistas favorece a ação da mentalidade revolucionária da esquerda, uma vez que os comunistas e os positivistas têm em comum a mentalidade revolucionária, cuja base remonta à alegação de que o Brasil foi separado de Portugal, por conta de ser tratado como algo inferior, por ter sido colônia - coisa que é fora da verdade. É exatamente isso que está sendo conservado de forma conveniente e dissociada da verdade.

3) Por isso mesmo, por conta dessa mentirada que não se sustenta, não faz sentido ficar recorrendo às Forças Armadas para intervir, posto que "os defensores perpétuos do Brasil" não passam de mantenedores do cárcere em que o país está metido, por conta de sua associação com a maçonaria. E isso precisa acabar!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2019.

Tomar um país como um lar em Cristo pede que você tome outros países como um mesmo lar nesse mesmo fundamento de modo que esse senso fique mais completo, pois isso aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus

1.1) Em certos momentos, eu defini que nacionidade é tomar o país o como um lar em Cristo, a ponto de isso nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

1.2.1) Isso implica fazê-lo em três graus: para eu tomar o meu país como um lar em Cristo, eu preciso necessariamente tomar a cidade onde eu nasci ou fui criado como um lar em Cristo.

1.2.2) Como toda cidade faz parte de uma província - essa mesofederação que serve de escola para que o país como um todo seja tomado como sendo meu lar -, então preciso estudar a história do lugar em que nasci ou fui criado de tal maneira que essa terra contribua para o desenvolvimento do meu estado, de modo que o país como um todo ganhe e muito com isso, através do pacto federativo.

2.1) Às vezes, para que meu senso de tomar o país como um lar em Cristo fique mais completo, eu preciso tomar dois ou mais países como sendo um mesmo lar, de tal sorte que eu consiga aprender alguma virtude que normalmente eu não consiguiria encontrar por aqui, por conta da má consciência sistematicamente enraizada, coisa que se funda na alegação mentirosa de que o Brasil foi colônia, a ponto de fomentar divisões ou facções onde deveria haver unidade, coisa essa que ofende gravemente a Cristo, que nos deu a missão de servirmos a Ele em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

2.2) E neste ponto, o nacionismo se funda na universalidade, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso ele sempre será católico.

2.3.1) Santo Agostinho menciona que, se eu não me universalizar de tal maneira a tomar dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo, todo o meu horizonte de consciência será reduzido de tal maneira a enxergar-me como membro de de um povo eleito, ao passo que os demais povos que não receberam tal mandato do Céu estariam eternamente condenados, por mais virtuosos que fossem, como são os poloneses.

2.3.2) É exatamente isto que separa Portugal dos judeus, pois Portugal guardou o dogma da fé até o momento em que foi seqüestrado pela maçonaria, enquanto os judeus conservaram o que é conveniente e dissociado da verdade a ponto de rejeitarem Cristo como sendo o Messias.

2.4.1) Eu jamais poderia tomar o Brasil como um lar em Cristo com esta base cultural toda falseada, fundada na mentirosa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal.

2.4.2) Justamente porque senti que as coisas são vazias que comecei a buscar uma conexão de sentido de tal maneira a entender porque nasci nessa terra e não nos EUA. E foi aí que comecei a entender a verdadeira razão.

3.1) É por essa razão que estou me aperfeiçoando de tal maneira a libertar as consciências das pessoas desse estado de coisas que é conservado conveniente e dissociado da verdade - essa falsa ordem decorrente da amputação havida no dia 7 de setembro de 1822, a qual muitos a chamam de "independência".

3.2) Prefiro ser parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves porque agora eu sei a verdade - quero continuar aquilo que Cristo nos pediu para fazer desde D. Afonso Henriques: servindo a Cristo em terras distantes, a ponto de o meu país escrever páginas, senão capítulos, na História da Civilização por força disso. Isto é muito melhor do que ficar forjando uma identidade nacional com fins vazios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2019.

Notas sobre o Estado-mercado promovido pela Revolução Francesa (império de domínio) em comparação como Estado-mercado promovido por conta daquilo decorre de Ourique (império de cultura)

1) Até onde sei, o Estado tomado como religião cria o mercado como um ambiente de sujeição, uma vez que os revolucionários, desde a Revolução Francesa, conceberam a liberdade como uma criação do Estado, como se ela viesse a partir do nada (a chamada liberdade pública), pois a sociedade passou a ser medida pelo Terceiro Estado, composta de uma classe de seres humanos ricos no amor de si até o desprezo de Deus e que fazem da riqueza sinal de salvação. É por meio do permanente conflito com a primeira e a segunda classe (a chamada luta de classes) que os revolucionários edificam liberdade com fins vazios, de tal maneira que as pessoas não mais contribuem para o bem comum, mas unicamente para os interesses da própria prole, a chamada proletarização geral da sociedade.

2.1) Se o país é tomado como um lar em Cristo, o Estado se sujeita aos ensinamentos da Igreja de tal maneira que a autoridade por Deus constituída aprimore a liberdade de tal maneira que o mercado seja um ambiente de encontro, a ponto de a santificação através do trabalho ser promovida de tal maneira que muitos tomem o país como um lar em Cristo, a ponto de todos irem para o Céu, uma vez que são livres em Cristo, por Cristo e para Cristo. 
 
2.2) Esta seria a trindade fundada na relação entre Igreja, Estado e mercado, pois a coordenação do Estado e do Mercado está subordinada aos interesses daquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

2.3) Assim, ocorre uma verdadeira concórdia entre as classes de tal maneira que clero, nobreza e povo vejam-se uns nos outros a figura de Cristo, a razão de ser que faz as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Ele fundamento, já que Ele é a verdade em pessoa, a razão de ser dessa unidade, por ser o denominador comum. Dessa forma, a política será a continuação da santíssima trindade, a ponto de a Terra se ligar ao Céu, por conta dessa ponte construída dentro daquilo que é possível, por conta das circunstâncias temporais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2019.

Da universidade como quartel-general que prepara os soldados para a guerra cultural

1) Se você quer educação superior, então você deve se comprometer de tal maneira a edificar uma cultura que aponte para a conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que a universidade é a razão de ser dos altos estudos, dos estudos que apontam para Deus a ponto de fazer com que qualquer profissão seja uma teologia dentro de suas próprias circunstâncias, casando o particular ao universal, tal como ocorreu com Portugal.

2.1) Educação superior é também um quartel-general que forma soldados para a guerra cultural contra o mundo moderno.

2.2) Precisamos formar exércitos de advogados, médicos, engenheiros, arquitetos, assim como exércitos de outras profissões de tal maneira que cada soldado, trabalhando sozinho ou em conjunto com pessoas da mesma classe ou de outras profissões, ajude a colaborar na missão de servir a Cristo em terras distantes.

2.3) Basta de ficar buscando identidade nacional com fins vazios, sob a falsa alegação de que o Brasil foi colônia, pois isso é uma grande ofensa ao Crucificado de Ourique! Isso já deu o que tinha de dar! Quem não quiser altos estudos pode buscar ser marceneiro, carpinteiro etc, pois essas profissões são tão nobres e dignas quanto àquelas que decorrem da educação superior, a ponto de contribuírem para a guerra cultural dentro das forças de suas vocações. A Alemanha tem uma taxa de desemprego muito baixa em razão de as profissões técnicas terem o mesmo valor que as que decorrem dos altos estudos, a ponto de não haver uma crise de vocações.

3.1) Como compromisso com a excelência é coisa para poucos, então a educação superior deve se voltar para os melhores, cuja consciência é reta a ponto de estarem cientes de tudo aquilo que falo.

3.2) E os verdadeiros brasileiros são realmente poucos, uma vez que muitos são apátridas e vivem a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estarem à esquerda do pai, ainda que se digam de direita nominalmente falando.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2019.

Do papel dos arquitetos dentro daquilo que foi edificado em Ourique

1) O professor Olavo de Carvalho havia dito que na Romênia os arquitetos percorriam o país inteiro desenhando desde um humilde casebre a construções históricas do país, de modo a reproduzir o que já era conhecido, preservando assim o senso de belo, coisa que é essencial para se tomar o país como um lar em Cristo.

2) No Brasil, por conta do assassinato sistemático de monumentos, você precisaria visitar arquivos públicos de modo a copiar as plantas dos edifícios já demolidos a partir do original depositado, uma vez que eles não estão mais presentes entre nós, a não ser de maneira indireta. E é preciso fazer isso logo, pois até mesmo os arquivos públicos correm o risco de pegar fogo, tal como aconteceu com o Museu Nacional.

3.1) Além disso, como recebemos também a missão de servir a Cristo em terras distantes, penso ser sensato copiar as estruturas mais belas dos países que desejamos tomar como um lar em Cristo junto com o Brasil, de modo que o senso do belo seja distribuído a nós também - era assim que eu faria, se fosse arquiteto. Se combinasse o que coleto de fora com a memória arquitetônica existente nas plantas, então um doce estilo novo poderia ser criado, a ponto de influir na arquitetura pública, se fosse prefeito de minha cidade, o Rio de Janeiro, a ponto de trocar toda essa horrorosa arquitetura modernista e comunista por arquitetura bela e que aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que isso é parte da alta cultura.

3.2.1) Não faria isso só para prédio público, mas também faria com que essa fosse a marca das edificações que mandaria construir para o bem de minha família. Por isso, se pudesse, mandaria um dos meus filhos estudar arquitetura, caso ele tenha dom para isso. Não posso semear consciência em arquitetos já formados, mas posso semear consciência nos meus filhos de modo que busquem essa missão, casando as circunstâncias e os interesses decorrentes de suas respectivas vocações à causa universal, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, de tal maneira que isso santifique o trabalho de cada um deles.

3.2.2) Se tivesse uma empresa de construção, faria casa para pessoas de baixa renda simples e belas, de modo que possam tomar o lugar onde moram como um lar em Cristo. Um humilde pai de família é um rei e ele tem direito natural ao seu castelo, nem que seja a base de pau-a-pique. Por isso, ele terá o melhor dentro das forças daquilo que puder pagar, nem que isso leve duas ou três gerações pagando o imóvel em suaves prestações.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 2019.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Notas sobre Estado-mercado

1) Ao longo das minhas andanças, eu vi muitas postagens sobre Estado-mercado. Esse termo e o termo estadística me levaram a comprar o livro de Philip Bobbitt, intitulado A Guerra e A Paz no Estado Moderno. Cheguei a escrever alguns artigos a respeito do Estado-mercado dentro do contexto de servir a Cristo em distantes por força de Ourique, por força dessa missionação.

2) Depois de muito refletir sobre o tema, chego a conclusão de que o verdadeiro Estado-mercado se apóia sobre uma trindade, uma vez que o Estado, submetido aos ensinamentos da Igreja, acaba aperfeiçoando a liberdade de tal maneira que o mercado seja um lugar de encontro onde a santificação através do trabalho seja promovida como sendo a verdadeira liberdade, a razão de ser que faz as pessoas tomarem o país como um lar em Cristo, posto que as pessoas são livres em Cristo, por Cristo e para Cristo, já que Ele é a verdade em pessoa - e como vemos Cristo constantemente nas pessoas, aí surge o senso de confiança e o dever de agir com lealdade para com o verbo que fez carne, a ponto de este fazer santa habitação em nós através da Santa Eucaristia.

3) Isso só confirma o argumento de que a trindade é a base da política organizada, enquanto força promotora da caridade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de fevereiro de 2019 (data da postagem original).