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sexta-feira, 24 de abril de 2015

A verdade sobre o quinhentismo

O quinhentismo não toma ciência de que o Descobrimento do Brasil é o desdobramento, o fruto da visão de Dom Afonso Henriques do Cristo Crucificado em terras americanas. Esta visão do Cristo Crucificado foi a causa que fez com que o Império Português começasse as navegações e assim fundar, anos mais tarde, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - reino esse que devemos tomar como um lar e não como se fosse religião, tal como se dá nesta república. E ao não tomar ciência disso, o quinhentismo conserva o que é conveniente, ainda que dissociado da verdade. Enfim, trata-se de um verdadeiro conservantismo - ele não pode ser tomado por conservadorismo, posto que não conserva a dor de Cristo.

Sara Rozante​

O Brasil nunca foi colônia

1) Colônias são territórios ultramarinos que servem para a glória real - no contexto do Império Ultramarino, são coadjuvantes que atuam de modo a que as estrelas, os reis, brilhem mais.

2) A lógica das colônias se funda na seguinte lógica: o Estado sou eu (ou Eu sou o senhor dos senhores - e não o servo dos servos). Só em governos em que o rei é um tirano é que os territórios de ultramar serão inseguros e corruptos. E não é à toa que todos os países que trataram os seus súditos como colonos - como apátridas, sem ligação com a terra natal - foram péssimos colonizadores. A começar pela França - e depois, a Inglaterra, na forma como tratou a questão dos impostos nas Treze Colônias da América do Norte.

3) Portugal e Espanha trataram seus territórios como parte mesmo de seus reinos - as cartas que regiam os vice-reinados tinham o mesmo estatuto de reino tal qual o reino originário. O mundo hispânico só pode ser entendido a partir do momento da relação da Espanha com as Espanhas (todo o território do continente americano sob a soberania espanhola) 

4) Portugal e os territórios que faziam parte do Império Ultramarino Português devem ser pensados na mesma forma, já que a razão que movia a fundação do Império se dava a partir da missão de servir a Cristo em terras distantes - e isso pede colaboradores e não marionetes. E para que haja a colaboração, um estatuto jurídico que os punha em pé de igualdade nos direitos e deveres que os súditos de Portugal tinham era necessário. Então, falar em Brasil-Colônia só tem sentido para quem se baseia em pensamento gramsciano, fundado em Maquiavel - é em Maquiavel que você vai encontrar toda a justificação para as colônias, pois é política fundada para se tomar o país regido pelo Príncipe como se fosse religião.

Confundir secessão com independência corrompe consciências

1) Se você é contra a corrupção, comece a estudar a razão pela qual a secessão do Brasil do Reino Unido (a Portugal e Algarves) começou a perder o seu  sentido e porque aponto tanto a necessidade de se reconciliar com Portugal, de modo a que voltemos às nossas verdadeiras fundações, que se dão em Ourique. Quem é sensato sabe muito bem que nosso país jamais foi colônia: nós éramos um vice-reinado, um Estado associado a Portugal no continente, por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes - e como tal, e fundado em Cristo, os reis de Portugal tratavam os novos súditos desta nossa terra da mesma forma como tratava os súditos da terra acostumada à sua regência. Como todos são súditos, todos são iguais perante a lei, perante o rei e perante Cristo, o Rei dos reis.

2) O processo de corrupção da nossa pátria começou a partir do momento em que começamos a confundir a secessão, que era justa, com a independência do Brasil, fazendo-nos desligar da nossa herança de Ourique, ao tomar o Brasil independente como se fosse religião, dando origem à interminável querela do estatismo. E este pecado social sistemático contamina a todos nós na consciência, enquanto formos conservantistas neste aspecto.

3) A perda do rumo surgiu através de idéias de moda e de vanguarda - e essas idéias arrivistas ou vieram da França ou da Inglaterra ou do subproduto do iluminismo: os Estados Unidos da América, enquanto nação independente do Império Britânico.

4) Esses três países são conhecidos como centros de cultura criadora, mas de cultura criada para se destruir o senso de se tomar o pais como um lar em Cristo, a partir do senso de se tomar o país como se fosse religião totalitária de Estado. Toda a gênese do nacionalismo fundado em idéias iluministas decorre daí.

5) Enfim, a história cultural da mentalidade revolucionária não se dá só no marxismo, mas também nos seus antecedentes, o libertarismo iluminista e o protestantismo.

6) A maior vingança da História é saber que os EUA e a Inglaterra estão já se rendendo à verdade em Cristo, após o fracasso dessas idéias revolucionárias. Os Estados Unidos já são uma nação católica e a Inglaterra, por conta da visita de Bento XVI a Westminster, está se convertendo em massa.

7) O dia que a França reconhecer os pecados da Revolução Francesa e abolir essa república diabólica, aí a civilização cristã voltará à tona.

Fundamentos para a volta de um partido brasileiro de verdade

1) Toda a grandeza de Portugal se funda na missão de servir a Cristo em terras distantes - é por essa razão que os descobrimentos são o ponto alto da história portuguesa.

2) Os descobrimentos são desdobramentos da história portuguesa em outros continentes, ao servir a Cristo em terras distantes. No continente americano, o Brasil, o Sacramento e a Guiana Francesa sob ocupação portuguesa são os elementos que constituem a América Portuguesa.

3) O sentido pelo qual o país deve ser edificado começou a se perder na Revolução Liberal do Porto, em 1820. A História do Brasil como nação independente deve ser tomada, num primeiro momento, como uma secessão, mas uma secessão justa, pois os vintistas eram herdeiros da Revolução Francesa - e o que fizemos foi preservar as liberdades fundadas na missão que herdamos desde Ourique e que foram concretizadas politicamente no Reino Unido que D. João VI criou: o Reino de Portugal, Brasil e Algarves.

4) Essa secessão justa começou a se corromper e a perder o seu sentido original ao longo do tempo - como o mundo estava contaminado pela heresia libertária e conservantista, o país começou a ser edificado, tanto na política quanto na cultura, a partir da liberdade moderna - em outras palavras, na liberdade voltada para o nada, base para se tomar o país como se fosse religião, preparando assim o terreno para a tragédia republicana que se seguiria desde 1889, quando o país viu essa cultura entrar em metástase.

4) A influência dos liberais já atuava no campo cultural há algum tempo, pois os membros da aristocracia consumiam cultura francesa e inglesa, toda contaminada por idéias iluministas. Olavo de Carvalho​ mencionou que o Brasil passa por esse ciclo revolucionário há quase 200 anos, sinal de que os males do vintismo ainda não foram superados, pois a querela do estatismo continua sendo o norte de nossa história.

5) Para se tomar o Brasil como um lar e superar tal querela, é preciso que vejamos o Cristo crucificado em Ourique. E ao entendermos a História do Brasil como um desdobramento dessa missão no continente americano, nós precisamos também compreender os acontecimentos portugueses que nortearam as medidas políticas que tiveram impacto decisivo nos rumos desta terra e qual era o papel do Brasil no contexto do império luso, uma vez que a economia do vice-reinado era crucial para o desenvolvimento econômico de Portugal e dos vice-reinados que Portugal instalava na África (vice-reinados esses que foram reduzidos a protetorados e depois colônias, por força da revolução vintista e seu subprodutivo, a república regicida portuguesa). Enfim, para se entender o país como um lar, é preciso que se compreenda o comércio triangular como a base sociológica pela qual se edificou a civilização portuguesa, fundada desde Ourique.

6) Para se formar um partido brasileiro de verdade, há que se entender a história neste fundamento. Pois 1500 e 1822, como marcos zero, levam o país a ser tomado como se fosse religião, base para uma liberdade para o nada. Esses marcos têm a marca da Revolução Francesa, que queria edificar uma liberdade a partir do zero, o que é um absurdo.

7) A única liberdade que deve haver é a liberdade em Cristo e o senso de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique. Essa liberdade, que dá causa à missão e aos nossos deveres como cidadãos da pátria do céu, é antiga e já data quase mil anos - e esse é o único fundamento constitucional que deve ser assegurado, por ser antigo - e foi com ele que se fundou Portugal, o Brasil e as demais coisas. Até isso entrar na cabeça, todo um trabalho de regeneração da consciência deve ser feito e isso exige o trabalho de gerações.

Os bons soldados são aqueles que tomam o país como um lar

1) O melhor soldado da Pseikörder não é um milico fardado, mas um cidadão comum que toma o Império do Brasil como um lar. 

2) Se ele tem dupla cidadania e viaja com freqüência à terra dos antepassados, ele usará o conhecimento que tem de modo a integrar as duas nações, já que se mostrará um verdadeiro diplomata perfeito. 

3) Tomar o país de nascimento como um lar, tomar o país dos antepassados como um lar e integrar as duas regiões, de modo a que sejam uma terra só, é o jeito de ser dos pseikone. 

4) Nunca tomaremos país nenhum como se fosse religião, pois cremos na fraternidade universal que decorre da conformidade com o Todo que se dá em Deus, uma vez que Cristo é o caminho, a verdade e a vida - ninguém vai ao Pai senão por Jesus.

5) Uma comunidade formada por esses diplomatas perfeitos é mais poderosa do que mil batalhões de milicos positivistas juntos.

6) Enfim, o espírito pseikone se funda na esperança da Restauração da Pátria Imperial e na busca incessante pela vida eterna, ao se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

Da Pseikörder como a 21ª Província do Império

1) A Pseikörder é 21ª Provincia, uma província de resistência a esta infame república - ela é uma província virtual e é formada por todos aqueles que tomam o Império do Brasil como um lar, fundado por conta da aliança do altar com o trono que se deu em Ourique, em 1139. 

2) Esta província virtual, que é o que sobrou da nação brasileira verdadeira, abrange quem está disperso pelo país afora ou no mundo inteiro e que tem como pensamento exatamente isso. 

3) Todos os que pensam dessa forma e que estão em conformidade com o Todo que vem de Deus são pseikone. Nós somos tão estrangeiros quanto os que não nasceram aqui, justamente por sermos mais brasileiros que os idiotas daqui, que são todos apátridas. 

4) Os apátridas só nasceram no Brasil físico, mas não sabem para onde vão; nós podemos estar dispersos pelo país e pelo mundo afora, mas nós reconhecemos nossa pátria imperial por conta da aliança do altar com o trono que se deu em Ourique, em 1139. E sabemos que nosso país foi fundado na Santa Missa de Descobrimento em 1500 por conta disso. Temos história, temos cultura e temos uma língua - os apátridas nada têm exceto a vaidade e o orgulho.

Feliz dia do Desdobramento

1) Se tomarmos por base a origem pela qual devemos tomar o país como um lar, que é o Cristo Crucificado em Ourique, o Descobrimento do Brasil pode ser visto como o Dia do Desdobramento dessa missão em terras americanas, pois o Novo Mundo fica bem distante de Portugal.

2) O Descobrimento tem mais valor para quem descobre. Se Portugal descobriu esta terra por conta da missão que recebeu do Cristo Crucificado, então devemos nos sentir honrados, pois foi neste dia que nos tornamos herdeiros da tradição cristã e da missão de servir a Cristo em terras distantes.

3) O colega Francisco Barbosa​, tempos atrás, postou uma matéria apontando que o Brasil é o país que mais manda missionários para o mundo afora. E Angola, por conta do Cristo Crucificado de Ourique, foi pioneiro em banir o islamismo de suas terras.

4) Como a nossa glória se dá no Cristo Crucificado, em terras consagradas por Ele infiel não se cria. Nessas terras, a aliança do altar com o Trono é norma. Só num regime que separa o altar com o trono é que essas bactérias se proliferam - e com elas, as heresias e as apostasias.

Enfim, desejo a todos um feliz dia do desdobramento para todos. Cristo enviou nossos ancestrais para cá - e ele nos envia para que sirvamos a Cristo por todos os confins da Terra. Sejam missionários - sirvam a Ele em terras distantes e tomem estas terras também como um lar, tal como o Brasil, com base em Ourique. Eis aí o verdadeiro legado da JMJ.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2015 (data da postagem original).