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domingo, 14 de julho de 2019

Da imitação como fundamento para a equiparação salarial

1) Para se chegar à excelência, tudo o que você precisa fazer é imitar alguém que trabalha muito bem - eis o seu paradigma.

2) O paradigma acorda cedo, é bom pai de família e vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, sem contar que se santifica através do trabalho. Se você imitá-lo em todos os seus aspectos, aí você poderá pleitear uma equiparação salarial. Quanto maior for a excelência do paradigma, mais desafiadora e mais difícil será a imitação.

3.1) Agora, no mundo fundado na riqueza como sinal de salvação, o paradigma não é uma pessoa de carne e osso, mas um modelo abstrato definido pela direção da empresa. E cada empresa tem o seu tipo de trabalhador ideal, a ponto de incorrer em subjetivismo.

3.2.1) A imitação, neste caso, deixa de ser caminho de excelência e se torna competição interna dentro do ambiente do trabalho, a ponto de o homem ser lobo do próprio homem. Quem pede equiparação salarial está pleiteando tal pedido com base nos princípios do igualitarismo e da impessoalidade, a ponto de tudo estar na empresa e nada estar fora da empresa, uma particularidade do princípio de que tudo está no Estado e nada pode estar fora do Estado ou contra o Estado.

3.2.2) No final das contas, a verdadeira imitação é esquecida, pois todos emulam o comportamento do cinismo, no âmbito da empresa, uma vez que esse comportamento fundado na riqueza como um sinal de salvação tem um fim em si mesmo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de julho de 2019.

Notas sobre o catolicismo e seu oposto, o cinismo

1) Winston Churchill costumava dizer que os cães nos admiram. Nossos amigos de quatro patas tendem a ser felizes quando vivemos a imitar o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, quando vivemos a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que somos a primazia da criação, a ponto de fazer disso uma excelência, um hábito.

2) Agora, quando escolhemos por conveniência e fora da verdade imitar nossos amigos quadrúpedes, a ponto de atendermos nossas necessidades fisiológicas sem se importar com o escândalo que pode decorrer do pecado, aí passamos a ser o pior dos animais, pois o cinismo, enquanto imitação do comportamento do cão, pode ser elevado à excelência, posto que é um hábito oposto a tudo aquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de julho de 2019 (data da postagem original).

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Por que o mal sempre prospera no Brasil?

1) Como diz Santo Agostinho, o mal é explicado pela ausência do bem.

2.1) Se Deus é bom, então é justamente porque o Sumo Bem é negado que o mal prevalece.

2.2) A maior prova disso é negar a missão de servir a Cristo em terras distantes sob a falsa alegação de que o Brasil foi colônia. Isso cria todo um culto à terra brasílica, que passa a ser tomada como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. Se tudo está no Estado, então Deus e o que se fundou a partir de Ourique são negados absolutamente. 
 
2.3) Este é o grande mal que reina no Brasil: o país, após a secessão de 1822, foi forjado para ser o Império dos impérios do mundo, a "Terra sem Males" que os índios tanto procuravam - talvez isto explique o indianismo que aqui vigorou no século XIX.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de julho de 2019.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Cuidado com o tabaco de pipa - ele contém cerol

1) Tabaco para cachimbo em espanhol é tabaco de pipa. Será que contém cerol? Se a resposta for afirmativa, então brincar de pipa é como fazer parte da esquadrilha da fumaça.
 
2) Parece que o tabaco usado no cachimbo do intelectual contém cerol mesmo, pois no exato momento em que o fuma a língua fica tão afiada que é capaz de fazer discursos mordazes e penetrantes que rasgarão ao meio as falácias dos adversários. Ele é capaz de derrotar os adversários sem perder a linha, a classe, a elegância.

3.1) O tabaco mais rico em cerol do mundo é o da Virgínia. Lá mora a língua mais afiada da América Portuguesa, mais afiada que a do Gregório de Mattos, o Boca do Inferno.

3.2) Não é à toa que a revolução, tal como disse Lênin, veio do exterior. E ela veio tão rápido quanto um cometa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2019.

Por que o conservadorismo anglo-saxão não é adequado a nós? Notas sobre o processo de colonização de nosso imaginário pautado nestes falsos princípios

1) Burke escreveu dez princípios conservadores.

2) Princípio pressupõe um caminho que deve ser seguido, enquanto uma escolha de vida. Ele é um dever ser, que pode ser seguido ou não. O fundamento disto está no fato de que o homem mais sábio segue seu próprio caminho.

3.1) Esse conservadorismo burkeano está pautado numa Inglaterra moldada à imagem e semelhança da heresia de Henrique VIII.

3.2.1) Como a heresia se funda no homem rico no amor de si até o desprezo de Deus, então os ricos nessa má consciência são os menos sábios, por serem muito pobres espiritualmente. Na ânsia de dividirem o mundo entre eleitos e condenados, adotam todo um pragmatismo fundado no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.2.2) Como a verdade fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem não foi observada, então esse conservantismo, que é o seu verdadeiro nome, será praticado de maneira vazia, pois visa a criar um freio precário a essa ordem onde a liberdade é servida com fins vazios.

3.2.3) E no final das contas, o conservadorismo burkeano é uma ilusão, uma vez que se funda no homem como a medida de todas as coisas. Não é à toa que isso gera uma direita da esquerda, no sentido de moderar o apetite revolucionário por progresso a todo e qualquer custo, a ponto de criar uma mis en scene, uma operação de bandeira falsa.

3.2.4) O progressismo acabará esmagando esse senso vazio de preservar as tradições. Como se funda no animal que erra, nunca em Deus, então não há argumento ou meios para deter o mal.

4.1) O senso de tomar dois ou mais países como um mesmo lar em Cristo se funda na razão pela qual Portugal foi fundado: para servir a Cristo em terras distantes. É uma razão de ser fundada na verdade, no verbo que se fez Carne, visto que Cristo elegeu Portugal para criar um Império para Ele. Trata-se de um mitologema.

4.2.1) Como verdade conhecida é verdade obedecida, então devemos todos seguir nossa razão de ser enquanto povo, nesse sentido. Por isso, todo o nosso caminho de vida, toda santificação através do trabalho deve ser consagrada, voltada para essa missão em Cristo fundada, pois ela é nossa razão de ser, que é maior do que a inglesa.

4.2.2) Se devemos tomar o Brasil como um lar, enquanto desdobramento dessa missão surgida a partir do milagre de Ourique, então devemos buscar este caminho, pois aí teremos uma razão de ser para sermos livres em Cristo, por Cristo em para Cristo, uma vez que esse caminho é bom e necessário para todos nós - seria um pecado rejeitá-lo, pois isso revelaria a nossa insensatez. Afinal, a verdade é o fundamento da liberdade.

4.2.3) É por essa razão que esse senso não é um princípio, mas um postulado, um preceito, posto que ele se funda na nossa razão de ser enquanto povo, nosso mitologema.

4.2.4) Toda tentativa de se adotar um conservadorismo importado, que não tem nada a ver com a nossa razão de ser enquanto povo, é uma tentativa de colonização do nosso imaginário.

4.2.5) Essa colonização do nosso imaginário se aproveita do fato de que não conhecemos a história de Portugal de modo a conhecermos a nossa razão de ser enquanto povo. Só por isso, já poderemos perceber o fracasso dessa falsa direita no Brasil, uma vez que a verdadeira direita, fundada naquilo que está à direita do pai, é católica, lusitana e ouriqueana, a ponto de seu trabalho servir de base para a instalação de um Reinado Social de Cristo-Rei no mundo todo.

4.2.6) Se o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves for restaurado, esse trabalho de servir a Cristo em terras distantes singrará um novo mar: o Oceano da Misericórdia, tal como Cristo revelou à Santa Faustina, na Polônia, a ponto de os ares desta renovação serem respirados a plenos pulmões.

4.2.7) Como temos dois pulmões, então precisamos tanto do Oriente quanto do Ocidente para termos um senso holístico dessa missão, de modo que tudo fique em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2019.

Primeiro postulado do processo de se conservar a dor de Cristo - não há cultura sem almas ordenadas para serem amigas e testemunhas da verdade

1) Para haver cultura - uma chamada sistemática das pessoas vinda do alto dos céus de modo que cada uma assuma um determinado papel para que muitos tomem o país como um lar em Cristo e assim se prepararem para a pátria definitiva, que se dá no Céu -, é preciso que as almas estejam muito bem formadas para a vida espiritual. Não poderá haver alta cultura sem o devido espírito voltado para a contemplação da verdade.

2) Não é à toa que o primeiro passo para uma educação voltada para a amizade para com a verdade é colocar a pessoa num centro, de modo que sua melhor parte se comunique com Deus, tal como Abel sacrificou as melhores partes de seu rebanho de modo a agradá-Lo. Eis o fundamento para uma vida sincera, livre e responsável

3.1) Minha geração e esta atual estão definitivamente perdidas. Para a próxima, é preciso educá-las desde o berço que internet e redes sociais são coisas sérias e que devem ser usadas para se ganhar o pão de cada dia. Elas são a tábua de salvação numa sociedade onde somos obrigados a conviver com medíocres onde quer que estejamos.

3.2.1) Se quisermos reunir os que realmente vivem à direita do Pai, a ponto de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, então todo pai de família que tiver tempo e disposição para tal trabalho vai precisar servir a Cristo em terras distantes através da rede e visitar constantemente os seus contatos, a ponto de tomar os demais estados como o seu lar e fazer da sua casa no Paraná uma extensão do Rio de Janeiro, por exemplo, de tal maneira que se faça disso uma espécie de embaixada. Só aí é que você poderá tomar outros lugares como um mesmo lar em Cristo. Este é o grau mais básico.

3.2.2) Talvez certas pessoas não tenham vida suficiente para poder construir pontes nesse processo tão complexo - isso é verdade. Mas se elas educarem seus filhos nesse senso, a ponto de tomarem consciência de que isso pode levar a um país melhor do que aquele que nossa geração conheceu, então o senso de tomar pelo menos dois ou mais lugares como um mesmo lar em Cristo pode se tornar tanto uma tradição familiar quanto uma ciência.

3.2.3) O nacionismo pede almas ordenadas e voltadas para a verdade. É terminantemente proibido ensinar essas coisas para almas deformadas, pois o belo não pode ser servido com fins vazios.

4) Tal como a geometria euclidiana, o senso de conservar a dor de Cristo observa este postulado. Se isso não for a premissa para se ter uma vida com sentido, então não passaremos de gado a ser sacrificado para agradar ao G.A.D.U (Grande Arquiteto do Universo).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2019.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Notas sobre a questão do uso de músicas nas aulas de inglês - relatos da minha experiência pessoal

1) Por volta de 1998, quando estava no segundo ano do segundo grau (atual Ensino Médio), tive de cantar nas aulas de inglês o Quit playing games with my heart, do Backstreet Boys. A letra era uma bosta e totalmente sensualizada. Só não pedi o boné na ocasião porque precisava passar de ano - por isso, fui obrigado a me sujeitar, ainda que a contragosto.

2) Por volta de 2015, fiz um curso de inglês no São Bento. Quando o professor inventou de tocar Beatles, peguei o boné e fui embora.

3) Se é pra usar música na aula de inglês, que usem bandas mais sérias como Journey, Genesis, Mike and The Mechanics, Tears for Fears. Além de serem boas bandas, as letras das músicas são excelentes. Os Beatles são mais voltados para crianças, pois a letra é pueril demais; o BSB é porcaria mesmo.

4) É como um amigo meu falou: a cultura americana é voltada para a eterna infância ou eterna adolescência. Letras de música de bandas mais sérias não são usadas porque isso não atinge o gosto da maioria, que é péssimo.

5) Se fosse professor de língua inglesa, não escolheria esses artistas do momento, mas de bons músicos cujas letras de música dizem algo relevante, seja de rock, de country, o que for. Além de aprenderem inglês, eu melhoro o gosto musical dos alunos.

6.1) Ainda bem que nunca precisei dos professores de língua inglesa do Brasil para aprender a língua  - no fundo, eles não passam de vigaristas, se tomarmos por base os que tive o desprazer de conhecer.

6.2) Eu aprendi inglês jogando muito civilization, muito adventure, assistindo a muita transmissão de baseball, além de ler alguns livros de inglês que digitalizei com o apoio de um dicionário, como o Cosmopolis, de Danilo Zolo. Só não compro mais livros de inglês porque o preço do dólar ainda é alto, fora que não tenho gente daqui morando nos EUA consumindo os meus produtos, já que americano mesmo ainda acha que a capital do meu país é Buenos Aires.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de julho de 2019.