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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Notas sobre o marrom, enquanto cor das vestes de certas ordens monásticas

1) Alguns hábitos dos monges, quando não são pretos, são marrons, cuja cor resulta da combinação de verde com vermelho.

2.1) Como diz São Bento, ora et labora. O trabalho santifica, pois você faz da alma um arado.

2.2) Como o cristão luta o bom combate, incluindo o combate espiritual, então a espada para se lutar esse combate se dá na pena, uma vez que muitos monges são monges copistas.

3) Os monges são uma classe muito especial de guerreiros, pois são capazes de dar a vida por Cristo quando é preciso e também imitam a nobreza dos que se santificam pelo arado, quando fazem da pena a espada para se lutar o bom combate, como fez São Paulo.

4.1) Por essa razão, a verdadeira trindade está no marrom do hábito de certas ordens monásticas, no púrpura dos nobres e no verde dos que se santificam através do trabalho.

4.2) Direta ou indiretamente, o azul do manto da Virgem Maria é a base dessa trindade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Antes do choque de civilizações, temos um verdadeiro choque de ordens econômicas

1) A única coisa que pode se contrapor ao liberalismo, simbolizado na cor laranja, é a ordem fundada na santificação através do trabalho, simbolizada na cor verde.

2) Do verde vem a verdade - quando uma atividade economicamente organizada é feita de tal maneira a se tomar o país como um lar em Cristo, o empresário vê no empregado uma espelho daquilo que ele é, uma vez que o empresário foi antes empregado, pois ele passou por vários empregos anteriores, adquiriu experiência e capital de modo a tomar a iniciativa e servir aos seus semelhantes naquilo que tem de melhor, uma vez que isso agrada a Deus. Por isso, ele recompensa o empregado dando a ele uma fração dos poderes de usar, gozar e dispor das coisas, de modo que possa se organizar e servir a todos da melhor maneira possível. Se os poderes de usar, gozar e dispor estão disseminados por toda a sociedade, então nós temos o distributivismo.

3.1) O liberalismo esvazia o mundo dessa verdade, ao fazer da riqueza sinal da salvação, uma vez que descristianiza o mundo, ao refazer do homem, rico no amor de si até o desprezo de Deus, a medida de todas as coisas.

3.2) Com a Europa descristianizada por força disso, os islâmicos acabam ocupando o espaço, cirando um verdadeiro choque de civilizações, aproveitando-se daquilo que decorreu das heresias de Lutero e Calvino, a ponto de fazer do Cristianismo daquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, uma ordem enfraquecida, combalida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Do laranja como a cor dos que vivem em conformidade com a ética protestante e o espírito do capitalismo

1) Se o laranja é a combinação do vermelho com o amarelo, então certamente é a cor daqueles que fazem da riqueza sinal de salvação, uma vez que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados. Além disso, é a cor dos que não tomam a Virgem Maria por mãe. E por não a tomarem por mãe, então eles não terão a Deus por Pai.

2) O capitalismo pode ser representado pelo laranja, que é a cor do Novo. Por isso, acaba preparando o caminho para que revolucionários mais radicais tomem o poder e acabem destruindo tudo aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) A primeira nação capitalista da História foi a Holanda, o berço do calvinismo. E a cor da realeza dos Países Baixos é o laranja.

3.2) Se o amarelo do laranja for arrancado, então fica só o vermelho, uma vez que o amor ao dinheiro sem medida prepara o caminho para que se ame o poder pelo poder sem medida, a ponto de produzir mais de 100 milhões de mortos pelo caminho.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Notas sobre o verde, enquanto cor do tempo comum, do tempo de santificação através do trabalho

1) Os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento provam o sabor das coisas de modo a melhor conservar o que é conveniente e sensato, a qual aponta para a para aquilo que decorre da dor de Cristo, cujo memorial se dá na eucaristia. Afinal, eles se são a luz do mundo e o sal da terra

2) Como a sabedoria vale mais que do ouro e prata, então essa riqueza decorre da nobreza de Cristo, uma vez que ela é o verdadeiro ouro, pois o que se funda na sabedoria se reproduz, uma vez que decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, enquanto o vil metal não. Se essa riqueza for usada na construção do bem comum, de modo que o maior número de pessoas possível acabe indo para o Céu por conta de tomar o país como um lar em Cristo, então ela acaba fazendo da santificação do trabalho a ordem do dia.

3) O verde, que decorre da combinação do amarelo com o azul, é a cor do tempo comum. E o tempo comum é o tempo da santificação através do trabalho, o tempo onde a alma se faz arado, a ponto de fazer da cidade dos homens uma imitação da terra daquilo que decorre da Jerusalém celeste.

4.1) Os que fazem da alma uma espada vêem nos que fazem da alma um arado uma imagem perfeita do que são, no espelho perfeito da santidade. Os que se dedicam ao arado, quando a guerra é total, podem fazer da alma uma arma, uma vez que são exército de reserva, a ponto de irem lutar por Cristo, quando a situação o exigir.

4.2) Como a palavra de Deus é distribuída a todos, então dessa trindade (clero, nobreza e povo) vem a unidade necessária para se tomar o país como um lar em Cristo.

4.3) Se há a missão de servir a Cristo em terras distantes, a qual se funda na eternidade, então esta ordem fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus está sendo pensada de maneira sistemática em todas as suas 4 dimensões.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Notas sobre a porfirogênese cristã

1) Do sangue dos mártires, que amaram e rejeitaram sem medida as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e que tiveram a Virgem Maria por mãe, nasce um novo tipo de nobreza, uma vez que o roxo é a combinação de vermelho e azul.

2) Os nascidos desse roxo aprendem a fazer da alma sua arma, uma verdadeira espada. Essa espada, quando está trabalhando, pode ser facilmente trocada pelo arado, em tempos de ausência de guerra.

3) A verdadeira porfirogênese estuda justamente a história de vida dos que foram batizados e que são livres em Cristo, a ponto de conservarem sem medida a dor do verbo que se fez carne e que passou a fazer santa habitação em nós por intermédio da santa eucaristia, já que Ele é a verdade em pessoa.

4) O estudo dessa porfirogênese nos faz perceber que a verdadeira nobreza está distribuída em todo o povo que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E a hierarquia nobiliárquica se funda no histórico das famílias que serviram sem medida a Cristo ao longo das gerações, a ponto de serem consideradas as melhores dentre toda a sociedade por conta de sua lealdade ao Rei dos Reis, que foi verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

5) Se o ouro é valioso porque é escasso, então o roxo também o é, uma vez que são poucos os que passam pela porta estreita da santidade, da conformidade com o Todo que vem de Deus. A maioria, que é insensata e conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, prefere a porta larga do inferno a ponto de todos irem para a danação eterna.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

domingo, 14 de outubro de 2018

Por que minhas idéias não são deste mundo?


1) Certa ocasião, alguns insensatos, ao lerem o que escrevi, me perguntaram de que mundo vieram as minhas idéias.

2) A resposta é que elas não são deste mundo - e não é preciso que se abra a boca para os insensatos, pois o silêncio já é a melhor resposta. O que escrevo é dedicado aos que rejeitam o mundo, o diabo, a carne, bem como a riqueza enquanto sinal de salvação, própria da cosmovisão protestante que tomou conta deste país, o que acaba servindo liberdade com fins vazios.

3.1) O ambiente liberal que virá da vitória de Bolsonaro é o cenário onde nós devemos lutar.

3.2) É o menor dos males, é verdade, mas é preciso estar lutando contra essa ordem fundada no amor de si até o desprezo de Deus, que fez o país romper com aquilo que decorreu de Ourique e que acabou edificando esta república maçônica maldita. São essas idéias que preparam o caminho para o comunismo. E a guerra cultural precisa ser feita nesta circunstância - contra o comunismo, a luta precisaria ser feita por meio da espada, pois o arado de nada adianta, uma vez que não teria internet para poder pregar o que escrevo sobre o assunto.

3.3) Afinal, não quero que meu país seja o Império dos impérios do mundo, fazendo do Imperador do Brasil, enquanto defensor perpétuo daquilo que se fundou sob a falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, uma espécie de divo, onde tudo está nele e nada pode estar fora dele ou contra ele. Já temos um Rei, que é nosso senhor Jesus Cristo, e temos um vassalo, que é D. Afonso Henriques.

4.1) Quem não for como D. Afonso Henriques não é de Cristo - logo, não pode ser aclamado. Por isso, o Imperador do Brasil, o descendente de D. Pedro, é ilegítimo.

4.2) Como D. Afonso já foi coroado por Cristo, nenhum vassalo de Cristo usou coroa. A coroa foi dada à Nossa Senhora da Conceição, por conta da Restauração de 1640 - e que fique assim pra sempre.


José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2018.

Notas sobre como resolver a crise contratual de nosso tempo

1) Durante meus anos de preparação para concurso público (entre agosto de 2008 a outubro de 2012), eu estava assistindo a um programa da TV Justiça intitulado Saber Direito. Numa das aulas sobre Direito do Consumidor, aprendi que nós vivemos tempos de crise contratual.

2) Além da concentração do poder econômico, coisa que leva à corrupção e a uma guerra assimétrica no tocante a se dizer o direito, há ainda uma questão muito forte em nosso tempo e que certamente traz problemas tanto econômicos quanto jurídicos: a questão de que toda pessoa tem sua verdade, a ponto de ser relativa. E se a verdade é relativa, então não há verdade nenhuma, uma vez que não há verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que possa servir de medida de todas as coisas (o que edifica liberdade com fins vazios).

3.1) Esse combate à cultura de servir liberdade com fins vazios deve se dar em todos os cantos: na economia, no direito, na religião e em muitos outros aspectos que hora me esqueço de citar.

3.2.1) No caso da economia, se Cristo, o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, for retomado como a medida de todas as coisas, então todas as coisas feitas por aqueles que amaram e rejeitaram as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento terão seu valor maior do que ouro e prata, uma vez que a sabedoria vale mais do que ouro e prata. E a sabedoria implica provar o sabor das coisas de modo a se conservar o que é conveniente e sensato, pois isso aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.2.2) Essa experiência de provar o valor das coisas até ficar com o que é conveniente e sensato afeta certamente o saber prático das coisas, a ponto de tudo o que é feito nesse fundamento ser feito para apontar para Deus, uma vez que o prestador de serviço está vendo nos seus consumidores a pessoa de Cristo. Se Cristo é ouvinte e leitor onisciente, pessoa essa a quem você não pode enganar, então Ele, enquanto consumidor, sempre tem razão - por isso Ele deve sem ser bem atendido.

3.3.1) Se Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, então Ele faz do trabalho uma tarefa santa, pois é a partir do trabalho santo que se tem o devido sustento.

3.3.2) Quando o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem recebe dinheiro decorrente do suor de seu rosto, então Ele vai investir seu dinheiro de modo a patrocinar a iniciativa de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Ele fundamento, já que Ele é a verdade em pessoa, uma vez que foi igual a nós em tudo, exceto no pecado. Afinal, Ele foi operário e colaborou com a atividade econômica de alguém que amou e rejeitou as mesmas coisas tendo por Ele fundamento, imitando o exemplo de São José.

3.3.3.1) Se o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem foi empreendedor, então Ele tem autoridade emitir moeda cujo lastro está na qualidade de seu produto, coisa que aponta para Deus, já que Ele é a verdade em pessoa.

3.3.3.2) Essa moeda fiduciária - se dada como crédito para quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, seja como garantia de uma dívida a ser paga no futuro ou mesmo como pagamento por um serviço fundamento - passa a ser mais valiosa como o ouro, uma vez que só o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem passa a emiti-la.

3.3.3.3) Como a carne e o sangue de Cristo precisam ser comidos de modo que Ele permaneça em mim e eu n'Ele, então a melhor forma de fazer com que a moeda fiduciária tenha valor é imitar a Cristo sem medida, a ponto de ser tomado como um santo e ser conhecido na sociedade por conta disso. É consagrando o meu trabalho a Cristo que meu trabalho passa a servir de moeda para se obter outros trabalhos.

3.3.3.4) É a partir do trabalho de pessoas que se santificaram através do trabalho que temos moedas fortes - do encontro desses santos no mercado que vemos esses produtos serem trocados pelos outros.

3.3.3,5) Desse encontro, nós podemos fazer uma media de preços onde os produtos que exigem um tempo muito curto para serem produzidos podem ser trocados por produtos que exigem um tempo razoável para serem produzidos, assim como podemos fazer uma média de preços onde os produtos que exigem um tempo razoável para serem produzidos podem ser trocados por produtos que exigem um tempo muito longo para serem produzidos, coisa que demanda uma ou duas gerações.

3.4.1) Se o problema do lastro está no fato de que qualquer coisa pode servir como lastro, então estou tomando o homem como a medida de todas as coisas.

3.4.2) Se o homem é pecador e conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, então o trabalho dele não terá valor algum, uma vez que ele se mede pelo vil metal, que não se reproduz; se o verdadeiro Deus e verdadeiro homem for a medida de todas as coisas, então o trabalho desses poucos que foram amigos de Deus sem medida é que será o verdadeiro valor de todas as coisas. Como a santidade pode ser passada pelo exemplo, então isso se reproduz.

3.4.3) Creio que este pode ser o verdadeiro fundamento para se fazer uma economia voltada para a vida eterna, coisa que foi excluída da economia, da organização das coisas de modo a se tomar o país como um lar em Cristo a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

4.1) Uma vez solucionado esse problema capital, então o problema da crise contratual pode ser solucionado.

4.2) Se estamos diante de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então o acordo firmado essas pessoas não só beneficia a eles próprios como também promove o bem comum, a ponto de ser uma verdadeira parceria, onde o consumidor patrocina o trabalho do empreendedor de modo a fazer um trabalho digno, pagando o trabalho dele com o fruto de seu trabalho, que pode ser usado como moeda.

4.3) Como o empreendedor é também consumidor, ele patrocina o trabalho de outro empreendedor com o que recebeu de seu consumidor, gerando uma integração entre as pessoas.

4.4.1) Se a moeda é fiduciária, então as relações econômicas tendem a ser personalista.

4.4.2) Como o verdadeiro Deus e verdadeiro homem não pode ser representado por outro que não seja amigo d'Ele sem medida, então isso gera uma responsabilidade muito grande, de modo a cumprir com máxima excelência todas as obrigações assumidas. E é por conta de as pessoas serem responsáveis que se gera uma cultura de confiança, onde a amizade com Deus sem medida se torna a base da sociedade política, norteando toda a economia e a justiça nesse aspecto.

5) Enfim, estes são alguns aspectos que podem sanar a crise contratual de nosso tempo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2018.