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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Mais notas sobre direitos autorais, nas nossas atuais circunstâncias

1) É preciso ver o que não se vê. Há um pacto não escrito entre o autor e o leitor, quando este compra o livro daquele na livraria. Por isso que odeio que tratem os livros de tal forma como se fossem bananas na feira, pois isso é o culto à impessoalidade, o que é um desrespeito a quem escreve - e é neste ponto que o capitalismo, fundado no amor ao dinheiro, prepara o caminho para o comunismo, ao edificar liberdade para o nada.

2) Dentro do sistema de realeza intelectual (royalty) - existente no regime do common law inglês -, aquele que compra um livro está comprando uma concessão, pois se compromete a fazer bom uso da obra - se o escritor faz as coisas na conformidade com o Todo que vem de Deus, então o leitor deve fazer um uso justo dessa obra - e uma característica desse bom uso dessa obra é desenvolver idéias que aprimorem as idéias do escritor original ou que corrijam o trabalho do mesmo, se estas estiverem fora daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

3) O fato de as obras não serem numeradas é um indício de que a confiança é a norma na sociedade, pois é uma regra não escrita, natural - e como é um regra natural, ela se baseia no fato de que conheço o meu próximo e parto do pressuposto de que ele não vai violar o princípio da não-traição à verdade revelada, a ponto de prejudicar os meus interesses, fundados no fato de que tenho o direito de colher os frutos que decorrem do meu trabalho honesto, produtivo. Como moramos numa sociedade de impessoais, onde nem mesmo eu conheço o meu vizinho de condomínio, então a regra é a da desconfiança, coisa que se funda no fato de que a fraternidade universal não existe, já que houve quem dissesse que Deus está morto - e esta é a nossa realidade. Por isso, nesta atual circunstância, é mais sensato para o autor publicar tiragens limitadas de seu trabalho, onde cada exemplar é numerado. Se a obra estiver registrada no bookcrossing, o autor pode saber quem está com a posse do exemplar x. E pela rede social, a pessoa que tem a posse desse exemplar pode estar falando dessa obra - da combinação dessa coisa com a outra, autor e leitor podem se encontrar e trocar idéias.

4) A cultura de uso justo de uma obra intelectual leva a uma cultura de permissão - a princípio, quando o autor é vivo e pode ser encontrado na rede social, isso é perfeitamente aceitável, pois o autor é um rei na matéria em que escreveu e pedir permissão a ele para fazer um projeto a partir dessa obra é ver nele a figura do Cristo, que deve ser imitado. Mas o maior perigo dessa cultura de permissão está na impessoalidade - a figura do autor, se estiver em domínio público, será substituída pela figura do Estado tomado como se fosse religião - como a questão do Estado é não dar favorecimento a ninguém, então a obra acaba sendo tratada como se fosse banana na feira e aí começam a surgir detratores que pervertem o trabalho do autor original - eu imagino o que acontecerá quando a obra do Olavo entrar em domínio público, 70 anos após a morte dele. É por isso que sou terminante contra que obras não-anônimas caiam em domínio público - se a iniciativa foi privada, então todo autor intelectual tem um sucessor, que responderá por ele, caso esteja falecido.

5) Por isso que a propriedade privada dos direitos autorais deve ser perpétua, pois o serviço será perpétuo, mesmo com a morte do titular do direito real intelectual, o autor da obra - e cabe à família ser curadora da obra, pois é ela quem honrará o legado do ilustre antepassado. E honrar os mortos é um ato muito nobre - é democracia e é tradição, ao mesmo tempo.

Nem sempre a primazia do interesse público é verdadeira

1) Muitos falam em supremacia do interesse público sobre o interesse privado. Isto é um indício de que o Estado é tomado como se fosse religião - tudo deve estar nele e nada fora dele.

2) Nem sempre o interesse público é benéfico. Atualmente, da forma como estão a legislar, eles estão a estrangular interesses privados legítimos, que não são ofensivos à Lei Natural - a lei que vem de Deus -, mas que são ofensivos à sabedoria humana dissociada da divina. Por isso mesmo, todo interesse público que atenta contra a Lei Natural é inconstitucional. Por isso mesmo a parte deve afastar toda legislação de Estado tomado como se fosse religião de modo a prejudicar tudo aquilo que é bom e produzido de sua livre iniciativa, uma vez que a iniciativa de um bom escritor, por estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, não ofende à Lei Natural, pois é trabalho de semear consciência, coisa que é própria da caridade intelectual.

3) Exemplo desse tipo de declaração inconstitucional que prejudica o interesse da parte produtora de cultua é a atual legislação envolvendo os direitos autorais. Se o trabalho do escritor edifica propriedade intelectual, então essa propriedade é perpétua e influencia as pessoas ao longo das gerações, de maneira permanente - e cabe aos legítimos sucessores do escritor, os que se comprometem a preservar e a expandir a cultura criada pelo autor - quando este partir desta pra melhor -, a tarefa de administrar os rendimentos auferidos da propriedade intelectual, pois são produtos próprios da realeza; se o autor é rei no assunto que domina, então ele não só serve a seus semelhantes como também rege. Um exemplo dessa regência, desse poder moderador exercido pelo autor da obra, é o fato de que todo aquele que faz mau uso de um bom livro tem mais é que ser desarmado, de modo a desestimular o conservantismo na sociedade, que é mentalidade revolucionária no seu grau mais básico.

4) Se o autor é rei no assunto sobre o qual costuma escrever, então seus leitores, seus súditos, devem pagar direitos reais permanentes a quem permitiu que estes conhecessem às coisas, de modo a viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus. É prestação de serviço - e não comércio - como é de iniciativa privada, então é um imposto privado, tal qual é o laudêmio de um enfiteuse - e o Estado deve resguardar os direitos próprios da iniciativa privada.

5) Desde que começaram a tratar livro como se fosse banana na feira, isso desuniu às famílias, pois estas amam mais o dinheiro do que o legado deste que escreveu as coisas para o bem do País, que deve ser tomado como se fosse um lar em Cristo. Se família desunida é família abolida, no final das contas o direito real termina abolido e a obra cai em domínio público - como isso é republicano, isso favorece à proliferação de heresias e distorções. E não é à toa que república e comunismo são a mesma coisa.

5) Caso algum dia esteja diante de processo envolvendo os frutos do meu trabalho de escritor, eu farei de tudo para afastar essa nefasta lei de direitos autorais, no tocante ao prazo de 70 anos, cujo fundamento está na CRFB: o nefasto artigo que declara que a propriedade, mesmo a intelectual, atenderá a sua função social - e essa função social se chama domínio público. Se o termo "função social da propriedade" é vago, então ele edifica heresia, pois acabará servindo liberdade para o nada, pois a expropriação do direito de realeza é um incentivo a que todo mundo tenha direito a sua própria verdade, a ponto de falarem coisas fundadas em sabedoria humana dissociada da divina em seus livros - e ai as pessoas terão o direito de distorcer tudo o que digo, pois até mesmo terão o direito de escreverem o livro na ortografia inconstitucional do PT ou coisa pior.

6) Essas são algumas das coisas que venho pensando a respeito de direitos autorais, já que sou escritor - e vejo que esta lei de direitos autorais, da forma como se encontra, é um absurdo.

A vida intelectual pede a capacidade de desligar-se do mundo

1) A pessoa que tem talento para a atividade intelectual tende a se desligar do mundo ao seu redor e focar somente no que escreve, fotografa, pinta ou desenha. Quando estou escrevendo ou meditando, isso acontece comigo sempre - minha mãe tenta falar comigo, mas estou tão concentrado que simplesmente não ouço. Uma vez que faço o que deve ser feito é que volto para a realidade.

2) Meu padrinho, quando vivia na Polônia, costumava dizer que o Papa São João Paulo II - quando era D. Karol Wojtyła, arcebispo de Cracóvia - tinha a capacidade de se desligar do mundo, enquanto celebrava os santos mistérios. E fazia isso mesmo em missa campal, diante de milhares de pessoas, e mesmo com a pressão dos comunistas ao redor, coisa que é impressionante - tanto que isso marcou a vida do meu padrinho.

3) Quem tem essa capacidade de se desligar do mundo, a ponto de ligar as coisas da Terra ao Céu, tem o direito natural de edificar pontes que levam as coisas à conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso que o Santo Espírito de Deus o escolheu Papa - ele era aquele de quem Jesus tanto falava à Santa Faustina e aquele cujo papado São Padre Pio tanto profetizou que iria acontecer, de modo a renovar a Igreja.

4) O que faço é só um microcosmos daquilo que São João Paulo II fazia, mas numa escala monumental. Se atividade intelectual é compromisso com a excelência, coisa que leva à conformidade com o Todo que vem de Deus, então é causa de santidade.

domingo, 17 de julho de 2016

Namoro ou amizade - o que vem primeiro?

1) O namoro, sem a base da amizade, não passa de fornicação. O sexo antes do casamento, que é um sexo sem compromisso, pode ser conseguido gratuitamente, sem a necessidade de pagar uma prostituta. Posso dizer isso porque o meu primeiro e único namoro foi um desastre completo - depois dessa experiência, eu decidi me emendar e não me relacionar com as mulheres da forma como o mundo costuma se relacionar. Por isso, decidi estar a sós com Deus a estar mal acompanhado. Por isso, estou vivendo como um monge leigo - apesar de não ter feito votos de obediência, pobreza e castidade, eu vivo como se tivesse feito esses votos, enquanto eu não tenho uma esposa que seja digna de mim, já que amo a Deus de todo o coração e ela precisa honrá-Lo até chegar a mim.

2) Em toda a minha vida, eu só encontrei apenas duas mulheres com inteligência muito parecida com a minha: uma eu conheci na faculdade e era mau-caráter; a outra, eu a conheci no facebook, mas não estava interessada em mim. Mas inteligência só não basta - é preciso que se viva a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus. Até agora, não encontrei ninguém - o que mais encontro é gente com mentalidade libertária, conservando o que é conveniente e dissociado a verdade, a ponto de edificar liberdade para o nada, base de toda a sorte de heresias.

3) Por enquanto, eu estou solto na sociedade - e a minha vocação é mesmo ter uma família, já que sou oriundo de uma família pequena e nunca tive um berço católico como muitos tiveram e renegaram. Se tiver uma esposa, ela precisa antes ser minha amiga - ela precisa amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E amar a Deus sobre todas as coisas pede estudo, uma vida reta, uma fé reta e uma consciência reta, bases para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Atualmente, são poucas as mulheres católicas que estudam de verdade. Eu vejo mais as mulheres protestantes fazendo isso - quando fazem isso, é para conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Por isso que rejeito essas pessoas, quando tomo o conhecimento de que são protestantes - é próprio do protestantismo agir assim, já que isso é mentalidade revolucionária, objetivamente falando.

5) Enfim, continuarei rezando para ter uma esposa. Focarei meu trabalho intelectual, mas chegará um dia em que terei uma esposa que satisfaça essas condições. Odeio mulher burra e que não estuda, assim como uma mulher que não gosta de cozinhar e cuidar da casa e dos filhos - esse tipo de mulher não passa de uma feminista disfarçada e o protestantismo cria esse tipo de mulher. A verdade é que a vida intelectual e a vida fundada em afazeres domésticos não são incompatíveis - as mulheres da Idade Média sabiam fazer muito bem esse papel e até mesmo faziam da sua atividade doméstica fundamento para servirem aos outros, em comunidade, na conformidade com o Todo que vem de Deus. E isso é empreendedorismo, fundado na vocação.

Pesquisas com células-tronco versus pesquisas com células somáticas - uma meditação embrionária sobre isso.

1) Até onde pude compreender, a Igreja Católica é favorável à pesquisa com células somáticas, essas que encontramos em tecidos.

2.1) Células do tecido adiposo são muito diferentes das células nervosas, do chamado tecido cerebral, da mesma forma em que o grafite é muito diferente do diamante, embora ambas sejam compostas de carbono. Se o grafite pode ser convertido em diamante mudando a o organização do carbono, então é perfeitamente possível converter uma célula de um tecido para outro. A maior prova disso é que já vi uma reportagem noticiando o fato de que espermatozóides podem ser convertidos em óvulos - se para Deus nada é impossível, então a fungibilidade de uma célula em outra é perfeitamente possível - o segredo é investigar as causas.

3) Além disso, eu ouvi falar - conrrijam-me, se estiver errado - que tecidos podem ser convertidos em órgãos. Se uma pessoa perdeu um órgão, a melhor forma de reconstituí-lo sem haver o risco de rejeição, é extrair células de tecido e criar o órgão a partir das células do tecido, a partir da clonagem. Até mesmo ossos podem ser reconstituídos desde o tecido ósseo - se todas as células têm DNA, então reconstituir um órgão perdido não deve ser problema, pois basta cloná-lo. Se já clonaram uma ovelha, então não deve ser difícil clonar órgãos e tecidos.

5) Esse negócio de fazer pesquisa a partir de células-tronco, coisa que se encontra em fetos, só aumenta o risco de abortos, pois transformar o aborto em direito é só mais um incentivo para se fazer trabalhos pseudocientíficos ou anti-éticos. Afinal, só existem dois meios para se obter fetos para essas pesquisas: com abortos e com fabricação de bebês de proveta. Como isso tudo é fabricado de maneira artificial, então eles se tornam coisas - e não seres, tal como eles na verdade o são. Assim como não se deve especular com comida, posto que é vida, também não se deve especular com fetos, pois a vida não é uma coisa, mas um mistério próprio da criação de Deus e a constituição essencial de todas as coisas. 

6) Manipular algo que é um mistério de modo a querer ser um Deus - ou aumentar o poder que nós temos sobre todas as coisas, materialmente falando - gerará conseqüências desconhecidas. Desnudar o desconhecido é desrespeitar o mistério, o que acaba relativizando a verdade, o que é um atentado contra a Criação, contra a bondade de Deus. E Deus não perdoa isso.

7) Enfim, desde que deram  à Imprensa, a agenda da pesquisa de células-tronco é só mais um incentivo para o relativismo moral, coisa que é movida pela descristianização da sociedade. E quanto mais descristianizada é a sociedade, mais materialista, hedonista e utilitarista ela se torna, a ponto de a vida se tornar algo mercantilizado, um bem relativo que passa a estar dentro do comércio e a atender toda a sorte de necessidades humanas fundadas em sabedoria humana dissociada da divina.

sábado, 16 de julho de 2016

Notas sobre os usos da educação e da polidez online

1) Definitivamente, eu não gosto muito dessas figuras que escrevem a primeira asneira que vem à cabeça e o fazem de modo agressivo. Hoje, eu deletei dois que agiam assim.

2) Quando estou diante de um igual a mim, eu não tenho a necessidade de ser duro ou agressivo, pois posso ser educado, polido - e essa é a minha atitude normal no facebook, pois considero pecado ser peremptório no discordar, por se tratar de um sintoma de arrogância. O que é revoltante, e neste ponto eu concordo com o Olavo, é manter a polidez conveniente e dissociada da verdade, a ponto de se tornar uma camisa de força - e isso acaba criando uma mente psicótica, perversa, que faz do fingimento atroz um estilo de vida. E é o que mais vemos no Brasil, pois isso mata a sinceridade - o ser deixa ser um ser e se torna um nada, uma coisa ambulante, sensível a todo tipo de manipulação, a todo tipo de demagogia.

3) Mesmo eu não estando na rua física, eu estou na rua virtual, o que não deixa de ser uma rua. E nela eu devo agir tal qual um prestador de serviço: devo tratar a todos com urbanidade e cortesia. E quando fizer uso da palavra, eu devo falar as coisas com caridade, de modo a semear consciência nas pessoas.

4) Apelar para o palavrão e para a grosseria só tem fundamento se você sabe a quem se destina esse seu jeito de ser - se ele se destina a quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, então é lícito proceder-se dessa forma. E para isso, você deve dar nome aos bois.

5) Muitos imitam o jeito do professor Olavo, mas o fazem de maneira pouco criteriosa. Como não adiciono qualquer um à timeline, então não me é necessário um proceder grosseiro, a não ser que eu flagre o conservantismo alheio.

6) Há quem diga que bloquear é a melhor solução - e eu assino embaixo. Se é para te poupar de ver esse circo dos horrores, é uma maravilha, já que bater boca com idiota não é saudável. Melhor assim do que matar alguém por motivo fútil e pegar 30 anos de cadeia.

Das divisões da ciência da guerra cultural

1) Há quem diga: eu devo me dedicar à política de modo a que meu filho possa se dedicar melhor à música e às artes.

2) Nem todo mundo é que nem meus amigos Márcio Gualberto e Caio Bellote Delgado Marczuk, que são dedicados à militância. Afinal, o trabalho deles nesta seara faz com que eu tenha liberdade para me dedicar às coisas a que me dedico.

3) Tal como falei nos artigos anteriores, nem todos têm talento para serem soldados - há gente que faz o trabalho do colono, o qual faz o suporte cultural e intelectual necessário para que o soldado possa defender o que está sendo edificado. Afinal, se não há nada de bom sendo edificado, o trabalho de defesa dos valores tradicionais perde sentido e aí ficamos indefesos.

4) É isso que esse pessoal não entende: o movimento contra-revolucionário é fundado em pessoas com diferentes talentos e qualidades. Deixem os soldados fazerem o que fazem, que é ir pra rua física, e deixem os colonos fazerem o que sabem fazer, que é atuar na rua virtual, conscientizando as pessoas, tal qual eu faço. A esquerda tem segmentos especializados e estes são muito bem articulados.

5) Se a especialização é algo próprio da ciência, então é próprio da ciência fundada na guerra cultural - que é um desdobramento da ciência militar - haver especializações. E os dois grandes ramos da ciência da guerra cultural são os soldados e os colonos. Esses ramos constituem o sacerdócio leigo, pois é próprio dos leigos cuidar da política de modo a que esta seja organizada, o que acaba levando à caridade a ser tomada como se fosse a ordem do dia, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.