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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Da doutrina da lealdade e do colonialismo em Maquiavel

1) Maquiavel dizia que o Príncipe deve encontrar meios de modo a que os estão sujeitos à sua autoridade dependam de seu governo. Em relação a terras que se encontram no além-mar, isto se deu na forma de colônias.

2.1) A França, a Holanda e a Inglaterra foram em busca de si mesmas e fundaram colônias. 

2.2) A França, a Holanda e a Inglaterra, países fortemente marcados pelo protestantismo, adotaram a doutrina do dois corpos do Rei. Enquanto na Inglaterra os reis procuraram ser o corpo espiritual e temporal da nação, através da Igreja Anglicana, na França os reis tentaram cooptar a Igreja Católica por meio de privilégios, através do galicanismo, fazendo com que a Igreja local se comportasse nos mesmos moldes da Igreja Anglicana na Inglaterra ou a Igreja Luterana na Suécia. Por conta disso, o clero passou a compor um dos três Estados Gerais.

3.1) O livro de Maquiavel não passa de um manual pragmático para a tomada e manutenção do poder. Ele não estava interessado na doutrina do Direito Divino, que estabelecia regras relativas à conquista e manutenção do trono tendo por fundamento à conformidade com o Todo que vem de Deus. A falta de consideração com este importante elemento da época já nos permite ver que Maquiavel era um anão moral, um sujeito mesquinho e indigno de atenção, tal como o professor Olavo de Carvalho bem apontou. Não é à toa que Maquiavel preparou o caminho para Gramsci, outro anão moral.

3.2) Pois se Cristo é o Rei dos Reis, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida, então o verdadeiro abolutismo monárquico se dá n'Ele e somente n'Ele, pois Ele é sumo legislador, sumo sacerdote e sumo juiz - e também senhor dos Exércitos. 

3.3) Os Reis, tal como D. Afonso Henriques, são vassalos de Cristo - seu poder decorre da autoridade de Cristo e governarão a terra enquanto bem servirem à missão que Este estabeleceu para uma nação como Portugal: servi-Lo em terras distantes. 

3.4) O fundamento desta soberania está justamente nisso, pois o Rei foi ungido com um propósito, para o bem não só de seu povo mas também de toda a Cristandade. Por isso que D. Afonso Henriques, e não D. João II, deve ser considerado o príncipe perfeito, pois serviu a Cristo dentro dos fundamentos daquilo que foi edificado em Ourique. Por isso que pode ser tomado como um santo de Deus, tal qual Santo Estêvão, Rei da Hungria. E esse príncipe perfeito é o modelo que todo monarca deve levar em conta, quando se trata de reger o mundo português como um todo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016. 

Notas sobre o princípio da não-traição aplicável à missão estabelecida em Ourique (o caso de D. Pedro e a secessão do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves)

1) Com base naquela declaração do professor Loryel Rocha mostrando que D. Pedro e Bonifácio de Andrade e Silva inventaram a alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, o que levou o Brasil à secessão do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, minha amiga Sara Rozante me fez esta pergunta: "A separação que Dom Pedro fez foi um ato de apatria. Com isso, a legitimidade dele e de sua casa pode ser questionada?"

2) Observando o princípio da não-traição à verdade revelada e a cláusula de enquanto bem servir edificada em Ourique, D. Pedro acabou violando estes dois fundamentos de Direito Natural. E ao trair estes dois fundamentos, ele acabou violando a missão que recebemos por conta daquilo que foi edificando em Ourique.

3) Dentre os sucessores de El-Rei D. Afonso Henriques, D. Pedro pode ser chamado de Judas, uma vez que D. Afonso, vassalo de Cristo e rei de Portugal pela graça de Deus, é considerado o apóstolo de Cristo enquanto construtor e destruidor de Império, cristologia essa se encontra bem documentada na História de Portugal e fora da Bíblia, mas ainda assim tradição católica, fundada no fato de se tomar o país como um lar em Cristo por força dessa missão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016.

Notas sobre conversantismo e pós-verdade

1) Houve quem me dissesse que as pessoas hoje são pós-modernas. Elas sabem que Cristo é o caminho, a verdade e a vida, mas no fundo gostam de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de criar o pseudoconceito de pós-verdade, como se o Cristianismo tivesse sido superado.

2) Eu vejo isso em algumas pessoas: algumas me adicionam e depois me deletam quando resolvo ir ao lago dessas pessoas, seus respectivos murais de facebook, de modo a pescar mais e mais pessoas de modo a viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus e a tomarem o Brasil como um lar em Cristo, com base naquilo que foi edificado em Ourique. E a maioria desses contatos de facebook que me bloqueiam se dizem católicos e conservadores.

3) Se essas pessoas realmente amassem e rejeitassem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, jamais fariam o que fazem, que é cassar a palavra deste que está sendo apenas um missionário da História do Brasil e da fé verdadeira que fundou esta terra. No fundo, essa gente é tão egoísta que acha que o mural de facebook é como se fosse a sua casa -  um asilo inviolável, fundado num título de propriedade sobre o qual versam seus direitos sobre a coisa, que são absolutos. Ora, se na Constituição não há direitos absolutos, então muitos você vai esperar tal respeito por parte do Zuckerberg. É uma perda do senso das proporções completa. Esta não é a nossa atual realidade - e é por estarem fora da realidade que estão a praticar arbítrio contra quem só fala a verdade.

4) O que tenho no facebook é uma permissão - posso falar o que quiser, desde que issi não viole as regras do facebook. Ou seja, posso edificar liberdade para o nada, defender o que não presto, que nada vai acontecer comigo. Agora, quando vou exercer a prerrogativa própria da conformidade com o Todo que vem de Deus - que é falar a verdade, de maneira caridosa, livre e sincera, mostrando minha real presença diante de um ouvinte onisciente -, aí eu sou bloqueado PELOS PRÓPRIOS CATÓLICOS, os quais, a bem da verdade, não passam de católicos de IBGE, de idiotas úteis que colaboram com a tirania do Zuckerberg, ateu militante autodeclarado.

5) Certa ocasião eu compartilhei uma matéria falando que menos de 10% da população declaradamente católica no Brasil guarda o domingo. Se essa gente mal guarda o domingo, como essa gente será capaz de guardar a palavra de Deus? Essa gente com certeza vai impedir o trabalho que faço. Por isso que o Olavo condena esse fingimento - e a maior prova da cultura do fingimento é isso: no final termino sendo descartado porque falo a verdade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016.

Por que o senso de tomar o país como um lar pede monarcas esclarecidos?

fóton - uma partícula sub-atômica que emite energia, na forma de luz. É o que decorre da troca de cargas decorrentes da interação entre prótons e elétrons, de modo a criar as ligações químicas.

fotel - cadeira, em polonês

1) Uma autoridade sábia - que serve a Cristo em terras distantes quando está sentada em seu trono, que é uma espécie de cadeira - toma decisões esclarecidas. 

2) E a partir de decisões esclarecidas o país é tomado como se fosse um lar em Cristo, pois Ele, que é a luz do mundo, não deixará que o inferno, a fonte das trevas, não prevaleça nestas terras, enquanto prevalecer a cláusula de bem servir estabelecida em Ourique.

3) Boa políticas fazem efeito ao longo das gerações. E  monarquia é voltada para as próximas gerações e não para as próximas eleições.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Notas sobre um problema epistemológico relativo ao estudo das histórias de cada região do Brasil

1) Eu vejo que muita gente quer estudar a História do Brasil olhando para os vários brasis, que serão tomados como se fossem coisa sem olhar para a outra ponta, fundada em Ourique. O risco inerente desse esforço é ver esses outros brasis tomados como se fossem religião, a ponto de a naturalidade ser convertida em nacionalidade. Isso certamente gerará a cultura do separatismo, como se esses brasis tivessem sua própria verdade, agindo como filhos pródigos no micro da mesma forma que o macro fez no dia 7 de setembro de 1822.

2.1) Não é por questão de purismo - até porque não vejo vaidade em que deseja fazer estudos nessa natureza, mas de inocência própria de quem é caipira, que não percebe esta realidade, bem documentada por Vianna Moog em seu livro Bandeirantes e Pioneiros: muitos dos que são nascidos aqui possuem a tendência de se contentar com o que está disponível.

2.2) Como não há essa preocupação de se rastrear as origens desses vários brasis, que deságuam naquilo que foi edificado em Ourique, isso terminará em conservantismo, o que acaba edificando mentalidade revolucionária e liberdade para o nada.

3) Pela minha experiência, nem é sensato que se tente a convencê-los a também verem esse lado. Serei rotulado de colonialista e centralista, pois muitos debocharão daquilo que não compreendem - e este tipo estupidez é algo bem difundido nesta terra, principalmente nas escolas e nas redes sociais. Por isso que fico na minha e faço o que deve ser feito: ser farol ilhado nestas trevas continentais. Não só sou luz como também sou fermento e sal - e isso é próprio da conformidade com o Todo que vem de Deus. E quem me ouve certamente seguirá os meus passos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2016

Do Brasil como construção interrompida - o que realmente significa isso?

1) Houve um livro que dizia que o Brasil era uma construção interrompida. Quem escreveu este livro partiu do quinhentismo como pressuposto, pois o autor, influenciado por idéias positivistas, acreditava que começo do despertar da nação brasileira, enquanto nação ivre, deu-se com a independência, o que é tecnicamente errado.

2) O Brasil nasceu em Ourique e começou a ser uma realidade quando o descobrimento da Terra de Santa Cruz passou a ser um desdobramento desta tradição em terras americanas. Além do mais, o país não foi construído, mas governado sob o apoio da Divina providência, coisa estabelecida desde 25 de julho de 1139: a Aliança do Altar com o Trono. E este governo era algo extramente natural e favoreceu o desenvolvimento econômico, moral e cultural da Terra de Santa Cruz, de modo a ser tomada como se fosse um lar em Cristo. Ou seja, desde o descobrimento, o país nasceu livre em Cristo: e a maior prova disso foi a santa missa aqui celebrada.

3.1) A secessão do Brasil do Reino Unido marcou a troca do governo natural, fundado na Aliança do Altar com o trono, por um governo artificial, já que o sentido de país tomado como um lar foi trocado pelo senso de tomar o país como se fosse religião, amputado daquilo que foi edificado em Ourique: a missão de servir a Cristo em terras distantes. Buscou-se a falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, criando a ideologia da liberdade fora da liberdade em Cristo, o que gera apatria no longo prazo e liberdade voltada para o nada, a ponto de o país perder toda a sua conexão de sentido em relação àquilo que foi fundado em Ourique. Ou seja, desde o 7 de setembro de 1822 o país adota a lógica do filho pródigo - o detalhe é que, ao contrário do filho pródigo, ele ainda insiste em não querer voltar à casa do Pai. 

3.2) A queda daquilo que foi edificado em Ourique fez com que a Aliança do Altar com o Trono fosse mantida por meios artificiais, coisa que se deu por meio da carta de 1824 com o regime do padroado, criando uma verdadeira distanásia política, já que o poder secular não pode subjugar o poder espiritual, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

3.3) O Imperador, tal qual napoleão, nomeava os bispos - como ele estava envolvido com idéias liberais, revolucionárias (idéias essas vindas da maçonaria), isso acabou desaguando na questão religiosa, envolvendo D. Vital e D. Pedro II. Esse padroado artificial, enfim, favoreceu a laicização promovida pelos republicanos (a separação definitiva da Igreja e do Estado, edificada em Ourique), o que confirma o argumento do Loryel Rocha, ao dizer que o Império, aqui, serviu de transição para a República.

3.4) O governo artificial, fundado em mentiras históricas e em arranjos artificiais que favoreciam a interferência do Imperador em assuntos da Igreja - assuntos esses que não lhe competiam, por força da Lei Natural -, interrompeu tudo aquilo que foi edificado em Ourique, levando tudo à estaca zero. 

3.5) O país ficou sem cultura, sem espiritualidade, destituído de sentido e bestializado. Foi algo, no campo cultural, tão nefasto quanto a hecatombe nuclear que deu fim à Segunda Guerra Mundial. A história da nacionalidade brasileira, tal como os positivistas contam, é a história da vinculação de um povo a algo voltado para o nada, fora daquilo que foi edificado em Ourique, que lhe deu origem. Logo, é a história de apatria sistemática.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2016.

Os apátridas são a maioria da população - eis a prova da minha afirmação

Saiu a notícia de que, no Brasil, o número de católicos caiu para 50%. E se eu lhe disser que nunca chegamos a 10%, você se assustaria? Pois bem. Na Polônia, 85% da população vai à Missa aos domingos; no Brasil, apenas 8%. Se o nosso país fosse católico,

1 - Não seria campeão em corrupção.

2 - Não haveria tantas clínicas de aborto.

3 - Nossa Senhora não seria levada na Escola de Samba. 

4 - As novelas não teriam tanta audiência. 

5 - O carnaval não seria a maior festa do mundo.

Somos minoria. Sempre fomos! Vamos evangelizar enquanto há tempo.


Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2016.