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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

As Repúbllicas Parlamentaristas são melhores do que as Repúblicas Presidencialistas? Notas rápidas sobre a realidade política e constitucional de alguns países que adotaram este tipo de República

1) Se o argumento de que repúblicas parlamentaristas são melhores do que as presidencialistas fosse verdade, a França não teria o mesmo problema que o Brasil: um histórico de muitas constituições já escritas e reescritas. E isso ocorre não só na França: Grécia, Portugal, Itália têm o mesmo problema. Todos estes países têm histórico de ditadura, tal como já tivemos. 

2) Pouco me importa o argumento de que esses países são desenvolvidos ou subdesenvolvidos - o regime republicano é uma utopia, pois ele toma o Estado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3) A alegação de que a França é um país rico só encoberta a realidade nefasta deste regime nascido de uma revolução antimonárquica e anticatólica: Revolução Francesa. Então, não me venham com alegações de coisa em si, fundadas na abstração, pois isso é conservantismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

Recado aos doutrinaristas

1) Como o Olavo diz, devemos olhar para a realidade.

2) Se você for discordando de antemão aquilo que tenho a dizer, que a reepública parlamentarista é pior do que o presidencialismo, então você está fazendo doutrinarismo, abstracionismo e isso é flatus vocis - além disso, este tipo de postura caracteriza desonestidade intelectual, pois você não está me dando o direito de defender minha tese, já que estou a observar a realidade, tal como meu professor mandou fazer. E este tipo de postura, de discordar de antemão do que estou falando é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade e isso é falta de caridade intelectual para com o próximo, o que é uma grave ofensa a Cristo, que me enviou o Espírito Santo de modo a ser meu guia, de modo a que eu possa compreender retamente todas as coisas, de modo a perceber as graves conseqüências das manobras que estão afetando este país, neste momento tão difícil.

3) Não estou defendendo idéias, estou analisando a realidade da manobra politica que estão a praticar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

Se o parlamentarismo for implementado, ele será capenga, visto que a Constituição tem cláusulas pétreas que vedam a antecipação das eleições

1) Admitindo o cenário da mudança da forma (do presidencialismo para o parlamentarismo), nós teríamos que trabalhar com uma Constituição que veda a dissolução do Parlamento, sob o manto da cláusula pétrea de que a periodicidade das eleições deve ser observada. 

2) Uma vez o Parlamento constituído, esse parlamento não poderá ser alterado, o que contraria a natureza do parlamentarismo, que permite a convocação antecipada das eleições. Por força disso, nós teríamos que aturar uma tortura até o advento de um nova legislatura, quase sempre com a esperança de que será menos pior do que a anterior - e tal expectativa, como sabemos, é vã, como os próprios fatos históricos já mostram.

3.1) Se tivéssemos um eventual cenário de PT controlando a chefia de Estado e o PSDB controlando a chefia de governo, as tesões políticas seriam tantas que achar um caminho do meio, da conciliação nacional, seria inviável, dado que ambos os partidos são apátridas e estão comprometidos com a mentalidade revolucionária - isso sem falar que são financiados por entidades estrangeiras. 

3.2) Nem mesmo eventuais partidos nacionalistas encontrariam a solução, dado que o sentido de país foi pervertido desde que forjaram a falsa alegação de que o País foi colônia de Portugal, o que reduziria a missão que Portugal recebeu do Cristo Crucificado de Ourique a uma mera busca de si, fazendo com que a afirmação de seu sentido nacional acabe não passando de uma mera vaidade institucionalizada, o que reduziria o caráter das Grandes Navegações para a História da Humanidade e do processo civilizatório como um todo a algo voltado para o nada - enfim, uma negação cabal da História, enquanto realidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, tendo por base os desígnios daquele que constrói e destrói Impérios, que é Cristo Jesus. 

3.3) E ao se negar toda esta circunstância fundacional, que é sobrenatural, todo e qualquer critério de caráter nacional, edificado numa constituição rompida fora dessa realidade, será voltado para o nada, a tal ponto que o verde-e-amarelo terá o mesmo valor que o azul do PSDB e o vermelho do PT: valor revolucionário, totalitário. Se isso na República presidencialista já está acontecendo, por força da insinceridade desse nacionalismo, imagina no Parlamentarismo, que é mais instável, por força da realidade da nossa constituição?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016 (data da postagem original).

Por que a república parlamentarista é pior do que a presidencialista? Um exame das nossas circunstâncias atuais

1) Uma vez eu disse pra minha amiga Sara Rozante que parlamentarismo é pior que presidencialismo. Na época, nós víamos os escândalos que afetavam a Grécia, a Itália (sob Berlusconi) e a França (sob Sarkozy).

2.1) Além de o poder moderador estar ideologizado, há o risco de o partido de oposição - ou falsa oposição, diga-se de passagem - assumir a outra ponta, a chefia de governo. Vocês já imaginaram como seria a situação se PT estivesse controlando a chefia de Estado e o tucanato a chefia de governo? Seria algo muito mais instável do que ocorre numa Grécia, numa França e numa Itália combinadas - seria a consagração daquilo que a cangaceira do PSOL tanto falava: a institucionalização do caso de amor mal resolvido na política e da pior forma possível. 

2.2) A república parlamentarista do Brasil seria a mais instável das repúblicas. Seria uma guerra civil não declarada - seria uma anarquia completa. Isso sem contar que a nossa constituição foi feita voltada para o parlamentarismo; se olharmos bem, o que é o presidencialismo de coalizão senão o lançamento sistemático de candidaturas de Chefe de Governo e do Estado do mesmo partido, fazendo com que a oligarquia de ocasião fique no poder até o momento em que começa a perder a credibilidade para a outra oligarquia, que voltará ao poder por meio de uma trama, de uma intervenção militar, rasgando a constituição e reiniciando do zero as regras do jogo?

3) Some-se a isso a nossa atual circunstância agora, em que estão buscando mudar a forma de governar (de presidencialismo para parlamentarismo, mas mantendo esta republiqueta revolucionária conveniente e dissociada daquilo que foi edificado em Ourique, que é a nossa verdade, nossa razão de ser enquanto País). Além de tudo o que falei no ponto 2, haverá ainda salvacionismo, o que agrava ainda mais as coisas - a história da república é marcada por eras de salvacionismo um atrás do outro e este é só mais um.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

Mendigar likes e compartilhamentos no facebook: variante virtual do ato de se mendigar a amizade de alguém a qualquer preço (notas sobre as razões pelas quais considero isso uma má ação)

1) Toda vez que lido com alguém que mendiga minha amizade, eu termino sempre levando a rasteira no final.

2) Aqui no facebook, teve uma pessoa que mendigava likes de minha parte - para ela, o mero compartilhamento não bastava. Além disso, ela via que eu tendia a compartilhar mais o que colocavam no mural dessa pessoa do as postagens que ela própria escrevia. Ela me perguntou qual era o que critério que eu adotava - a resposta era simples: relevância. Se encontro algo relevante, eu compartilho. Não ligo muito para esse negócio de like - a única coisa que sei é que isso infla o ego.

3) Como já conheço esse filme de longa data, botei a pessoa pra fora. Mendigar like e mendigar minha amizade só vai resultar numa bela rasteira pro meu lado, lá na frente. Não sou trouxa -  pela minha experiência, é melhor deletar antes que isso ocorra. E foi o que fiz.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2016.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Por que devemos buscar a vida intelectual?

1) A vida intelectual é uma vida solitária. Geralmente, muitos vão para a solidão por força de uma tragédia, como a morte de um ente querido - ou, como aconteceu comigo, no caso de nascer num país onde tudo é vazio e nada parece fazer sentido, como aqui no Brasil.

2) Na solidão, almas são forjadas - e é de tanto se meditar sobre o sentido da vida e sobre a razão pela qual devemos seguir em frente, apesar de todo esse imenso vazio, que faz com que desenvolvamos a personalidade, nosso jeito de ser peculiar. Como o Olavo disse, a maior delícia que pode ser experimentada neste mundo é a personalidade, pois ela é uma antecipação na Terra do que viveremos no Céu - essa personalidade se forja na solidão, vivendo a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, de modo a encontrar a verdade, que é Cristo em pessoa.

3) Quando se está diante de um juiz que sabe tudo sobre você e que te acolhe, nos momentos em que o madeiro da cruz parece ser de chumbo, aí você vê que todo o esforço de entender as coisas tais como elas são vale a pena. 

4) A vida intelectual, a vida voltada para a busca da verdade, é uma vida que merece ser vivida, pois ela te dá muitos poderes - e com eles muitos encargos. Se você for responsável nos seus encargos, o reconhecimento virá - talvez não nesta vida, mas na vida eterna.

5) Se Deus não for o centro da atividade, então não haveria sabedoria a ser produzida. Logo, a atividade intelectual será voltada para o nada, o que edificará mentalidade revolucionária. Por isso, não faça isso por carreirismo - faça isso com intuito de buscar um sentido de vida, mesmo diante de tantas tribulações, tantas desgraças. É uma atividade de consolação e é, portanto, salvífica. Afinal, não há guia melhor do que o Santo Espírito de Deus nestes trabalho, nestes mares navegados por tantos e nunca dantes navegados para quem não sabe o que é o gosto de ter uma personalidade bem desenvolvida, fundada numa fé reta, numa consciência reta e numa vida reta.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2016.

Do amor pelo saber enquanto amor benevolente

1) Quando se lida com alguém que se dedica à vida intelectual por vocação, você lida com o mais sublime dos amores, que é o amor benevolente, se dá pelo amor ao saber. 

2) A mulher que opta por ser esposa de um pensador como eu acaba predestinando sua alma para a santidade, quando se torna secretária dele para o resto da vida. Para onde ele for, ela irá junto, uma vez que a atividade intelectual organizada favorece a santificação de todo um povo, de modo a tomar o Brasil como se fosse um lar em Cristo, com base naquilo que foi edificado em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2016 (data da postagem original).