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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Por que digo que a nacionidade pré-existe à nacionalidade?

1) Ter um vínculo com a pátria precisa necessariamente do fato de tomá-la como se fosse um lar em Cristo. Você precisa estudar a História do Brasil, dominar a língua do seu povo, estudar suas leis, seus costumes, conhecer a história do seu lugar de modo a que ela seja uma escola para a pátria, já que a província é um microcosmos da pátria tomada como se fosse um lar. Por isso que digo que a nacionidade pré-existe à nacionalidade.

2) Se eu não for plenamente capaz de cumprir meus deveres para com os meus semelhantes, então eu sou incapaz de tomar a terra como se fosse um lar em Cristo. Por isso mesmo, o vínculo nasce com a maioridade, com o homem pronto, disposto a servir a pátria, pois aprendeu a tomá-la como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento.

3) É mais provável que o filho aprenda a ser brasileiro, no sentido verdadeiro do termo, um pai preparado, conhecedor de tudo aquilo que deve ser sabido, dado que verdade conhecida, sabida, é verdade obedecida, posto que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

Defendendo o conceito de apátrida que adoto

1) Houve quem dissesse que a fundação de um Império Cristão de Além-Mar, como o Brasil, foi com o intuito de nos preparar para a pátria no Céu. E neste ponto, eu estou de acordo com o Werner Nabiça Coêlho.

2) Apenas discordo de um fundamento: o conceito de que brasileiro é quem nasce no Brasil, pois o fato de nascer, no sentido vegetativo do termo, não nos prepara necessariamente para a responsabilidade de servirmos a Cristo. Até porque o conceito objetivo de nascer na terra pede necessariamente uma confiança cega nas instituições, a ponto de tirar dos pais a responsabilidade de preparar seus descendentes para esta missão tão nobre - como nós lidamos com homens ricos em sabedoria humana dissociada da divina, é bem provável que esta gente traia a Aliança edificada em Ourique e estabeleça todo um Estado que deva ser tomado como se fosse religião, a ponto de competir e exterminar a religião verdadeira. E foi o que aconteceu com a República, ao romper com a aliança.

3) Tal como houve em Israel, Deus consagrou um povo, consagrou um direito de sangue e um dever de sangue. A mesma coisa aconteceu com os portugueses e com todos os seus herdeiros, em especial os brasileiros. A partir do momento em que o sentido de pátria foi perdido, caímos na apatria. Hoje, o brasileiro, o que nasce no Brasil, tem uma visão errada de seu país, o que gera um vínculo voltado para o nada, pois está adorando um espectro de Brasil, um espectro de verde-amarelo fora de seu verdadeiro significado, coisa que não passa de um verdadeiro bezerro de ouro. Olhando por essa via, é apátrida - e isso é um dado sociológico. E é também um dado político, pois governo do país é revolucionário e está comprometido até a medula em fomentar a apatria em todo o povo.

5) Quando digo que são poucos os que têm consciência da missão herdada e do que deve ser feito, isso não é brincadeira, pois é a mais pura verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Procedimentos para se adicionar alguém e notas sobre as adições arbitrárias, dentro do ambiente da rede social

1) Quando vou adicionar alguém, eu adoto o seguinte procedimento: primeiro eu sigo a pessoa e trago para o meu mural algumas de suas postagens mais relevantes. Na medida do possível, eu vou analisando suas postagens e mando a resposta inbox, para a pessoa.

2) Ainda inbox tento debater com a pessoa - se a conversa for agradável, aí irei adicioná-la.

3) Nas poucas vezes que adiciono alguém, eu não faço o que todos fazem: adicionar-me arbitrariamente. Se eu concordar em ser adicionado arbitrariamente, então estarei sujeito a ser desamigado arbitrariamente, ainda que eu diga as coisas do modo mais racional possível.

4) É preciso que esteja na carne o seguinte preceito: ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, contrato ou compromisso moral. O simples fato de adicionarem a mim arbitrariamente, sem me dizerem uma boa razão pela qual eu deva adicionar você, já é constrangimento ilegal. Pelo menos, eu digo isso em tese, pois em si mesmo isso pode gerar conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida e a questão desaguará num tribunal, por conta de tentativa de constrangimento ilegal.

5) Enfim, eis a realidade das adições arbitrárias. Vocês estão lidando com seres humanos - ainda que estejam na vida virtual, são seres humanos e não podem ser usados e descartados, como se fossem coisas. Ou você os trata com consideração e respeito já que são também filhos de Deus, ou simplesmente desista da rede social, pois você não sabe nada sobre a vida e o que deve ser feito. Afinal, a vida virtual não é muito diferente a vida real - e as questões éticas online são extremamente importantes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

O homem sensato integra as realidades virtual e real num único ser, de modo a melhor servir seus semelhantes

1) O homem virtual é também um homem real - a diferença é que ele trabalha na Internet, tal como eu faço.

2) O que a Internet - a rede social no sentido mais estrito - faz por mim é ampliar meu horizonte de consciência, já que posso lidar com pessoas importantes e interferir de modo a fazer a diferença, coisa essa que em circunstância real não poderia fazer, seja por morar em lugar diverso, seja por falta de oportunidade, pois na internet não existe a cultura da patota, da panelinha, pois qualquer pessoa é alcançável.

3) O homem virtual que se desligar do homem real é um ser irreal - o que a internet faz é reduzir o seu horizonte de consciência, da mesma forma que um narcótico. Se a pessoa não souber abraçar as duas realidades e integrá-las num ser só - de modo a inventar uma profissão, uma vocação -, terminará sendo uma verdadeira barafunda ambulante - e precisará passar por uma terapia espiritual de modo a ter sua consciência desperta desse torpor, causado pelo fato de moramos num mundo onde os indivíduos estão atomizados, onde cada um tem a verdade que quiser; como isso edifica liberdade para o nada, a pessoa terminará presa, refém de si mesma, e porá termo à própria vida, já que não conhece a Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

A vocação do homem virtual não pode estar afastada da realidade, coisa que se funda na eternidade

1) Quando parto para o bom combate - coisa que faço online, nas minhas atuais circunstâncias -, eu faço tudo o que deve ser feito. E após a luta, volto pra casa - fecho a janela do facebook e acompanho o baseball. De tempos em tempos, o combate é interrompido para almoço, jantar, ajudar meus pais com as compras, ir à missa, ao médico, ao dentista e outras coisas.

2) Mesmo quando estou na luta, há sempre tempo para quem precisa de mim, dentro daquilo que sou capaz de fazer. Tiro todas as dúvidas relevantes.

3) Só não há tempo para conversas inúteis. Aquilo que não edifica não é digno da minha atenção - não é à toa que sigo o conselho do Santo Padre Pio de Petrelcina de que é preciso fugir da preguiça e das conversas inúteis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

A verdadeira ciência do Direito se dá no Direito Natural, pois Cristo é o legislador, por ser o Rei dos Reis

1) Durante muito tempo, ouvi dos meus professores que o Direito é uma ciência. Mas como é possível fazer ciência com bases tão frágeis? A legislação muda da noite para o dia, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e isso é causa de relativismo moral. Logo, isso não é ciência do Direito, mas Legalística.

2) Já estou livre dos engodos da faculdade há quase 10 anos. Foquei nos estudos de Direito Natural, fundados na vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, e posso dizer o seguinte: se Cristo é o caminho, a verdade e a vida, então Ele é a norma - o Direito por excelência, pois Ele é legislador, dado que é Deus. Como isso é incorruptível, então esta é a verdadeira ciência do Direito. A legislação humana que é conforme o Todo que vem de Deus é o natural right, que é um derivado dessa verdade, que é o natural law.

3) Por isso mesmo, quando se estuda o direito de uma nação, devemos olhar para o seguinte dado: o país está sendo tomado como se fosse um lar em Cristo ou como se fosse religião de Estado, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele? Se a resposta a esta pergunta for a segunda, então o que temos não é ciência do Direito, mas Legalística. Afinal, devemos olhar para o direito pátrio como um caso particular - e o que estiver fora da conformidade com o Todo que vem de Deus deve ser denunciado e combatido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Notas da relação entre angústia e o interesse mortal pela busca da verdade

1) Certa ocasião perguntaram ao Olavo: "se eu não tiver um interesse mortal pelo meu trabalho, eu serei medíocre a vida inteira?". Olavo respondeu que sim a esta questão.

2.1) Houve quem me criticasse pelo fato de que me prendi durante muitos anos à questão da nacionidade, ao senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado desta república totalitária, que prepara o caminho para o comunismo. 

2.2) A resposta está não só nesse interesse mortal, dado que estava em busca de uma resposta a algo que me angustiava e que me levou a dedicar-me de corpo e alma a este trabalho da melhor forma possível, como também percebi que este tema é muito vasto, tal como o colega Haroldo Monteiro bem reconheceu, pois este tema pede toda uma tradição de intelectuais trabalhando neste assunto, a ponto de formar uma verdadeira escola. 

2.3) Enfim, foi em busca da verdade que me prendi a este trabalho de modo a me dedicar melhor a ele. Se não tivesse havido esta angústia, dado que me sentia morando num país destituído de sentido, eu jamais teria me esforçado - afinal, eu creio em compromisso com a excelência, algo que muitos não crêem, e isso me converteu à vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Desde 2004, já são 12 anos com interesse mortal sobre este assunto - e contando. Já são quase 2500 postagens não só sobre o assunto, mas também sobre o verdadeiro conservadorismo, sobre o distributivismo e a aliança do altar com o trono edificada desde Ourique. Enfim, não sou um samba de uma nota só - aos poucos, o trabalho intelectual vai se tornando uma música polifônica, a ponto de formar uma verdadeira sinfonia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.