1) O homem virtual é também um homem real - a diferença é que ele trabalha na Internet, tal como eu faço.
2) O que a Internet - a rede social no sentido mais estrito - faz por mim é ampliar meu horizonte de consciência, já que posso lidar com pessoas importantes e interferir de modo a fazer a diferença, coisa essa que em circunstância real não poderia fazer, seja por morar em lugar diverso, seja por falta de oportunidade, pois na internet não existe a cultura da patota, da panelinha, pois qualquer pessoa é alcançável.
3) O homem virtual que se desligar do homem real é um ser irreal - o que a internet faz é reduzir o seu horizonte de consciência, da mesma forma que um narcótico. Se a pessoa não souber abraçar as duas realidades e integrá-las num ser só - de modo a inventar uma profissão, uma vocação -, terminará sendo uma verdadeira barafunda ambulante - e precisará passar por uma terapia espiritual de modo a ter sua consciência desperta desse torpor, causado pelo fato de moramos num mundo onde os indivíduos estão atomizados, onde cada um tem a verdade que quiser; como isso edifica liberdade para o nada, a pessoa terminará presa, refém de si mesma, e porá termo à própria vida, já que não conhece a Deus.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.
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