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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Notas da relação entre angústia e o interesse mortal pela busca da verdade

1) Certa ocasião perguntaram ao Olavo: "se eu não tiver um interesse mortal pelo meu trabalho, eu serei medíocre a vida inteira?". Olavo respondeu que sim a esta questão.

2.1) Houve quem me criticasse pelo fato de que me prendi durante muitos anos à questão da nacionidade, ao senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado desta república totalitária, que prepara o caminho para o comunismo. 

2.2) A resposta está não só nesse interesse mortal, dado que estava em busca de uma resposta a algo que me angustiava e que me levou a dedicar-me de corpo e alma a este trabalho da melhor forma possível, como também percebi que este tema é muito vasto, tal como o colega Haroldo Monteiro bem reconheceu, pois este tema pede toda uma tradição de intelectuais trabalhando neste assunto, a ponto de formar uma verdadeira escola. 

2.3) Enfim, foi em busca da verdade que me prendi a este trabalho de modo a me dedicar melhor a ele. Se não tivesse havido esta angústia, dado que me sentia morando num país destituído de sentido, eu jamais teria me esforçado - afinal, eu creio em compromisso com a excelência, algo que muitos não crêem, e isso me converteu à vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Desde 2004, já são 12 anos com interesse mortal sobre este assunto - e contando. Já são quase 2500 postagens não só sobre o assunto, mas também sobre o verdadeiro conservadorismo, sobre o distributivismo e a aliança do altar com o trono edificada desde Ourique. Enfim, não sou um samba de uma nota só - aos poucos, o trabalho intelectual vai se tornando uma música polifônica, a ponto de formar uma verdadeira sinfonia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

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