1) A centralização está relacionada à cultura do individualismo desenfreado. Geralmente, isso se dá a partir de pessoas que se acham capazes de fazer qualquer coisa, tal como se fosse um Deus.
2) É a partir dessa ambição estúpida de querer ser um Deus que as empresas se tornam gigantescas e a relação entre patrão e empregado passa a ser pautada por relações sociais impessoais. E a terceirização das atividades é um dos desdobramentos da cultura de impessoalidade que há nas organizações sociais.
3) O Direito tomou este fato como se fosse coisa: a grande empresa é a base para o desenvolvimento econômico nacional (da nação tomada como se fosse religião) - e isso levou a que as cidades se tornassem verdadeiras megalópoles, pois partiu-se do pressuposto de que cidades grandes são melhores, do ponto de vista econômico, do que cidades pequenas ou médias, onde todos se conhecem. A verdade é que um ambiente social impessoal é um verdadeiro deserto - como esse deserto não é árido, isso faz com que o indivíduo se sinta atomizado e destruído por dentro.
4) Sociologicamente e economicamente, houve a republicanização da sociedade - e isso favoreceu a formação de apátridas em massa, de indivíduos sem vínculos, vivendo a vida fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.
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