1) É fato verdadeiro que as grandes corrupções nascem das pequenas.
2) Em ambiente de sala de aula, turmas heterogêneas tendem a ser fragmentárias, a ponto de formarem verdadeiras patotas. Essas patotas, ao invés de repassarem informações a quem está na mesma situação que você, elas retêm a informação, criando uma cultura de sigilo onde naturalmente não há, a ponto de prejudicar o progresso estudantil de quem está só comprometido com o estudo, sobretudo quando este está doente ou não pode, por força das circunstâncias, usar da mesma tecnologia de rede social que quase todos usam.
3) O que cria a cultura de exclusão digital não é a tecnologia, mas o efeito corruptor da patota. E esta pequena corrupção produz um efeito gigantesco na alma.
4) De nada adianta lutar contra o atual estado de coisas em que nos encontramos se não combatermos, primeiramente, a corrupção que há em sala de aula, coisa que temos através da cultura de patota. Se minha turma é composta de 30 colegas, então esses 30 colegas são a minha circunstância - e eu devo tratá-los igualmente naquilo que decorrer do curso em sala de aula. Se há alguém que não usa a tecnologia, isso não quer dizer necessariamente que ele não tenha o direito de saber - como colega, eu tenho o dever de informá-lo, de modo a que não fique pra trás. Enfim, o coleguismo deve favorecer uma cultura de caridade - e não posso enxergar o meu próximo como um competidor, enquanto melhor me preparo de modo a servir a quem pede os meus serviços.
5) Enfim, mesmo em âmbito paroquial, existem elementos sociológicos decorrentes da ética protestante que deu origem ao capitalismo - a maior prova disso é a constituição das patotas, coisa que se funda no fato de que as pessoas, no fundo, não crêem em fraternidade universal, fraternidade essa que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus. Não é só um aspecto econômico - esse dado é também cultural. E isso é odioso.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.
2) Em ambiente de sala de aula, turmas heterogêneas tendem a ser fragmentárias, a ponto de formarem verdadeiras patotas. Essas patotas, ao invés de repassarem informações a quem está na mesma situação que você, elas retêm a informação, criando uma cultura de sigilo onde naturalmente não há, a ponto de prejudicar o progresso estudantil de quem está só comprometido com o estudo, sobretudo quando este está doente ou não pode, por força das circunstâncias, usar da mesma tecnologia de rede social que quase todos usam.
3) O que cria a cultura de exclusão digital não é a tecnologia, mas o efeito corruptor da patota. E esta pequena corrupção produz um efeito gigantesco na alma.
4) De nada adianta lutar contra o atual estado de coisas em que nos encontramos se não combatermos, primeiramente, a corrupção que há em sala de aula, coisa que temos através da cultura de patota. Se minha turma é composta de 30 colegas, então esses 30 colegas são a minha circunstância - e eu devo tratá-los igualmente naquilo que decorrer do curso em sala de aula. Se há alguém que não usa a tecnologia, isso não quer dizer necessariamente que ele não tenha o direito de saber - como colega, eu tenho o dever de informá-lo, de modo a que não fique pra trás. Enfim, o coleguismo deve favorecer uma cultura de caridade - e não posso enxergar o meu próximo como um competidor, enquanto melhor me preparo de modo a servir a quem pede os meus serviços.
5) Enfim, mesmo em âmbito paroquial, existem elementos sociológicos decorrentes da ética protestante que deu origem ao capitalismo - a maior prova disso é a constituição das patotas, coisa que se funda no fato de que as pessoas, no fundo, não crêem em fraternidade universal, fraternidade essa que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus. Não é só um aspecto econômico - esse dado é também cultural. E isso é odioso.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.
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