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sábado, 27 de agosto de 2016

Quando os meus discordantes imitarão os inquisidores da Idade Média?

1) Uma coisa é certa: eu adoraria ser investigado por um inquisidor medieval. Ele estudaria a fundo todo o meu trabalho, faria todas as perguntas necessárias, me assegurando o contraditório e a mais ampla defesa possível, fundada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Ainda assim, se meu trabalho for condenado, eu aceitarei a pena que me será imposta, dado que a sentença estará suficientemente fundada na verdade, que é Cristo, e em todos os erros que cometi ao longo do meu trabalho, que devem ser combatidos, pois sou um miserável pecador. Afinal, Deus é justo e está sempre certo - e estas almas são instrumentos da vontade de Deus, quando fazem devidamente o seu trabalho.

2) Quando a pessoa discorda de mim, nestes tempos em que me encontro, quer fazer aquilo que os comunistas fazem: julgar-me e condenar-me sumariamente, só porque o meu trabalho desafiou a vaidade do sujeito. Não é à toa que o Olavo tem razão: eu não devo levar em conta quem discorda de mim, nesta rede social: afinal, quem estaria mesmo disposto a fazer aquilo que os antigos inquisidores medievais faziam e muito bem? Até agora, eu não conheço pessoa alguma capaz de agir assim, dado que muitos estão a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3) Espero ver no discordante a figura do inquisidor: homem bom, santo, preocupado com a verdade e assegurando-me o direito de me defender, dado que a injustiça leva às pessoas ao fogo eterno. Como ele tem consciência disso, eu aceito ser julgado por esta autoridade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016.

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