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terça-feira, 23 de agosto de 2016

O capitalismo decorre da descristianização da economia de mercado, a partir do ponto em que a autoridade da Igreja foi negada

1) Se não há liberdade sem vínculo, então isso pressupõe que você não deve servir aos seus semelhantes olhando tão-somente para o dinheiro - afinal, a execução contratual é a maior prova de que não existe entre nós fraternidade universal, uma vez que a impessoalidade leva ao risco de o contrato ser mal cumprido sistematicamente.

2)  A verdadeira liberdade, enquanto ordem servida, decorre do fato de que Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Por isso, é preciso muito conhecer as pessoas de modo a saber do que elas precisam. E para bem servir, você deve ser confiável - quando você é tomado por confiável, você será tomado como se fosse uma autoridade da matéria da qual você é especialista, uma espécie de rei desse assunto, um vassalo do Rei dos Reis.

3) Bem servir a seus consumidores implica, pois reger bem seus funcionários de modo a que façam aquilo que é preciso, de modo a atender a uma comunidade inteira, objetivamente falando. Afinal, um bom empresário precisa ser visto como o Cristo de sua empresa.

4) Enfim, tirar a economia de mercado, a economia dos serviços organizados, fora da ótica cristã, conforme o Todo que vem de Deus, leva à ordem fundada no amor ao dinheiro, a ordem fundada naqueles que não crêem na fraternidade universal, essa que nós conhecemos por ética protestante, que é o espírito do capitalismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016.

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