1) Quando vou adicionar alguém, eu adoto o seguinte procedimento: primeiro eu sigo a pessoa e trago para o meu mural algumas de suas postagens mais relevantes. Na medida do possível, eu vou analisando suas postagens e mando a resposta inbox, para a pessoa.
2) Ainda inbox tento debater com a pessoa - se a conversa for agradável, aí irei adicioná-la.
3) Nas poucas vezes que adiciono alguém, eu não faço o que todos fazem: adicionar-me arbitrariamente. Se eu concordar em ser adicionado arbitrariamente, então estarei sujeito a ser desamigado arbitrariamente, ainda que eu diga as coisas do modo mais racional possível.
4) É preciso que esteja na carne o seguinte preceito: ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, contrato ou compromisso moral. O simples fato de adicionarem a mim arbitrariamente, sem me dizerem uma boa razão pela qual eu deva adicionar você, já é constrangimento ilegal. Pelo menos, eu digo isso em tese, pois em si mesmo isso pode gerar conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida e a questão desaguará num tribunal, por conta de tentativa de constrangimento ilegal.
5) Enfim, eis a realidade das adições arbitrárias. Vocês estão lidando com seres humanos - ainda que estejam na vida virtual, são seres humanos e não podem ser usados e descartados, como se fossem coisas. Ou você os trata com consideração e respeito já que são também filhos de Deus, ou simplesmente desista da rede social, pois você não sabe nada sobre a vida e o que deve ser feito. Afinal, a vida virtual não é muito diferente a vida real - e as questões éticas online são extremamente importantes.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.
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