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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Observações realistas sobre o princípio da impessoalidade

1) Princípio da impessoalidade pressupõe dar importância às instituições criadas por conta da Constituição ou por conta do regime instaurado de modo a melhor reger o bem comum.

2) Eu não creio na impessoalidade, pelas seguintes razões:

a) A República nasceu através de um golpe, o que a torna ilegítima.

b) O que é ilegítimo praticará constantes salvacionismos de modo a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. É por isso que a Constituição foi mudada diversas vezes, por conta das constantes mudanças do estado de compromisso, das regras do jogo.

c) Quando a constituição é mudada, instituições são criadas, extintas ou modificadas. Com as constantes mutações, o trabalho feito por homens públicos virtuosos se perde por conta da entropia, pois as regras que nortearam esses homens não são as mesmas para as gerações seguintes. Logo, não há tradição em função de a regra ser a mesma com o passar gerações - o que há é uma tradição revolucionária, onde a regra é mudada a cada geração, o que gera um verdadeiro relativismo moral, o que força as pessoas focarem suas vidas no presentes, criando um ambiente profundamente hedonista e materialista. E é por conta disso que o horizonte das mesmas se torna reduzido, o que fomenta má consciência.

3) Além de as instituições serem frutos das mudanças abruptas por que o país passou, durante o regime republicano, há ainda um outro agravante, fundado no princípio do rec sic stantibus. Digamos que a constituição de 1988 continue vigorando por mais 60 anos, sendo emendada uma vez a cada 4 meses, da forma está sendo feita: ainda que as instituições se mantenham de pé, elas serão inócuas, ineficazes, pois os homens são fisiológicos, já que eles não possuem virtude alguma, uma vez que estão na política por carreirismo - e o populismo é uma forma de se ganhar a vida, pois a política virou profissão. Enfim, fica impossível tomar o país como se fosse um lar com bananas no poder - por isso que o Olavo os chama de homens de papelão, pois são permissivos a todo tipo de agressão que seja feita a tudo aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. E não opor-se ao erro é aprová-lo - é por essa razão que o termo "sob a proteção de Deus" soa uma ofensa ao Pai verdadeiro, posto que é dito de maneira vã, insincera.

4) Enfim, o professor Olavo está coberto de razão quando essa gente me vêm com esse argumento de que "precisamos preservar as instituições". Isso é repetir a história - o Brasil precisa de mudança; ele precisa voltar ao que funcionava antes, pois são 127 anos de ordem voltada para o nada. E trazer a virtude passada para a realidade implica adaptar as leis da época a uma sociedade que não conheceu o Imperador D. Pedro II, pois o ensino sério da História foi a ela negado, por conta da doutrinação ideológica, seja dos positivistas - que tomam a República como se fosse religião -, seja dos comunistas.

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