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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Notas sobre a relação entre distributivismo e autonomia trabalhista

1) Um autônomo não tem um chefe definido, pois seu serviço é tomado por várias pessoas diferentes, que são seus eventuais chefes, esses que patrocinam eventualmente sua atividade econômica organizada.

2) A relação trabalhista fundada na autonomia tende a ser a mais liberal possível - tal como falei, o tomador olha para o profissional liberal como se fosse Cristo atuando de carpinteiro e o profissional liberal olha para o seu cliente como um irmão necessitado de seus serviços.

3) Com um profissional liberal não há subordinação - a relação profissional é a mais paritária e horizontal possível, fundada em direitos e deveres contratuais, em igualdade de direitos e deveres fundados no fato de que todos são homens, criaturas muito amadas por Deus, por serem a primazia da Criação. E como cada homem tem um dom neste mundo, então se torna uma relação de desiguais, pois o que indivíduo é capaz de fazer de melhor nenhum outro poderá fazê-lo igual, por ser algo extremamente único, o que força a remuneração a ser a mais alta possível - um sinal de justiça.

4) Se a ordem trabalhista fosse composta só de profissionais liberais, então a pequena empresa seria a pedra angular de toda a economia. E aquele que dirige uma empresa só poderá contratar um profissional se este for muito honesto e muito honrado, gerando o devido respeito aos direitos naturais da classe trabalhadora - tal como era na Idade Média, em que os camponeses tinham uma força incrível, já que a Igreja os protegia e os incentivava a serem empreendedores, coibindo o abuso dos nobres.

5) Não é à toa que o distributivismo é a economia do profissional liberal, cuja empresa é legada à família, que naturalmente o sucede em sua atividade trabalhista. É algo muito mais concreto do que construir uma carreira para pessoas com as quais você não tem laço nenhum, por serem completos desconhecidos.

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