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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Notas sobre o problema da neutralidade no capitalismo

1) A questão da neutralidade está muito relacionada ao fato de que todos têm a sua própria verdade e ao fato de se conservar isso conveniente e dissociado da verdade.

2) Há quem diga que o capitalismo é neutro. Justamente por conta do fato de ele ser neutro que faz com que ele passe a servir ao comunismo, dentro do contexto de descristianização da sociedade ocidental. Basta ver a realidade.

3) O mesmo não se pode dizer quanto ao distributivismo. Como esse sistema econômico depende da conformidade com o Todo que vem de Deus para progredir, o mal não prevalecerá sobre ele, pois esse sistema é filho da Igreja - e o próprio Cristo disse que o mal não prosperaria na Igreja que Ele fundou.

4) A ética protestante não crê em fraternidade universal - e o serviço interessado, fundado no amor ao dinheiro, pede impessoalidade. E a impessoalidade é a mãe da neutralidade, causa da perversão.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A máscara do libertarismo caiu

Tiago Barreira:

1) Tenho acompanhado os últimos posts do Conde atacando o liberalismo como uma ideologia messiânica. 

2) Posso garantir a você, José Octavio Dettmann: esse episódio do Reinaldo Azevedo contra o Bolsonaro me mostrou o grau de desonestidade intelectual e falta de amor à verdade que o Azevedo poderia chegar. Após a entrevista na Rede TV!, o sujeito literalmente se comportou como um Jean Wyllis, atacando todos seus críticos da forma mais leviana possível, como adversários da democracia e fascistas, ignorando a sua definição originária como uma ideologia política de partido único e intervencionismo estatal. A impressão final que tive é o ódio e rancor do Azevedo estar fazendo-o se rebaixar ao pântano e ao esgoto, para de lá não sair mais. 

3) Tenho bastante proximidade com o meio liberal/libertário já há algum tempo, e percebi nas discussões que o padrão de respostas e desonestidades contra o Bolsonaro não era muito diferente.  São pessoas que têm nojo do "militarista homofóbico e oportunista" por mero achismo, sem averiguar ao fundo as fontes que levaram a tomar tal conclusão. 

4) Uma das pessoas me disse que lamenta o fato de alguém dizer que estupro "é para quem merece" e que isso seja defendido por tantas pessoas boas (quando aquilo era uma ironia sarcástica contra a Maria do Rosário). Também atacou-o como um oportunista que queria a presidência, quando nos vídeos se mostra a forma como ele é recebido nos aeroportos , o que mostra o quão é evidente que a população o pressiona a ser candidato, ainda que a contragosto. Após toda a minha argumentação, a resposta que recebi: "o Reinaldo está certíssimo, é a minha opinião.". Desse jeito, sem maiores argumentos, sem uma réplica do que expus, e de maneira arrogante e estúpida, continuou seguindo a sua "opinião". 

5) A experiência me revelou que nessas discussões, por mais que os fatos e provas que o desmintam, eles continuam mantendo o mesmo ódio e rancor, preferindo acreditar nos antigos chavões e mentiras propagandeados. O que há de errado? A submissão de todos os debatedores à verdade é crucial em uma discussão, pois a contrapartida da liberdade de expressão é a responsabilidade moral pela honestidade intelectual e a sinceridade. 

6) Percebo entre os liberais há algo que os afasta da realidade, que os impede a submetê-los ao império dos fatos e da verdade. Afinal, uma ideologia que sempre pregou o direito de opinião e a liberdade de expressão, e de que juízos morais não são dados objetivos reais, mas valores subjetivos, que freio há para que esse mesmo direito seja usado de maneira irresponsável, deformando cada um a realidade segundo a sua "opinião" e ponto de vista? 

7) Existe algo de doentio no subjetivismo liberal, quando se defende a livre consciência e a criatividade como valor supremo do homem. Uma vez que a autoridade de Deus é destruída, entronizando o indivíduo em seu lugar como o supremo juiz e medida do real, o que mais resta a não ser o orgulho? Não se submeter à autoridade de um criador onisciente leva à perda de qualquer autoridade da verdade e do próprio senso de realidade. O resultado é isso aí: é fascista, homofóbico, estuprador, é minha opinião e acabou.

8) Este é um relato pessoal, que confirma tudo o que você, José Octavio Dettmann, vem postando sobre o problema do liberalismo. Percebo cada vez mais o quanto ela é uma ideologia revolucionária que inverte a ordem da realidade e deseja transformá-la.

José Octavio Dettmann:

1) Por isso que os chamo de "libertários", seja na forma clássica ou na forma radical, anarco-capitalista.

2) E até onde sei, o verdadeiro liberalismo decorre do fato de que Cristo é o que caminho e a verdade, logo a liberdade. Como a liberdade é liberal, magnificente, então isso é liberalismo, pois edifica ordem. E esse liberalismo se mantém vivo conservando a dor de Cristo (conservadorismo).

3) Está vendo que não é à toa que chamo essa turma de "libertários-conservantistas"?

Notas sobre a União Ibérica

1) Se você está em busca de si mesmo, de algo que faça a sua vida ter sentido, então busque ao Cristo Crucificado de Ourique, de modo a servir a Cristo em terras distantes. Já não será mais você que viverá em si mesmo, mas Cristo. E você estará no coração dele.

2) A Espanha, quando se formou, estava em busca de si mesma - e lançou-se aos mares por conta disso. Se ela tivesse se unido a Portugal, tendo por Cristo fundamento, a União Ibérica seria o maior projeto de aliança de Altar com o Trono amparado na fé verdadeira. Superaria até mesmo o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

3) O problema de se estar em busca de si mesmo é a tendência a buscar a uma vã glória, como vemos na política metalista, o que gerou na Espanha uma inflação monstruosa que fez com que a economia do continente sentisse seus efeitos por séculos, por conta do excesso de ouro circulando no mercado.

Minha loucura tem sentido

1) Alguns podem falar que estou louco.

2) Sim, eu estou louco. Louco pelo amor de Deus que legou aos meus ancestrais a missão de servir a Cristo em terras distantes. Eu dou valor a algo que a maioria desdenhou.

3) Isso é fé. Quero ver isso restaurado o quanto antes - por isso que escrevo tanto; eis a esperança. E ver isso restaurado é a maior obra de caridade que posso legar a quem virá depois de mim.

4) Essa é a causa pela qual luto. Se Deus achar isso bom, eu vou ficar muito contente se ele fizer de mim um Santo.

Comentários sobre a necessidade de se criar um país imaginário, de modo a reconquistar o Brasil, tendo o Cristo Crucificado de Ourique como fundamento

1) O artifício do país imaginário, combinado com a visão do Cristo Crucificado de Ourique, te dá uma força monstruosa contra tudo o que nos leva à apatria e ao quinhentismo, assim como a glamourização da ignorânca e da promoção do vício como se fosse virtude.

2) Ao contrário dos boçais que acham que vão conseguir resolver seus problemas se separando do Brasil, nós vemos que a solução é cultivarmos uma alma santa e apta a conquistar o Brasil, de modo a reconquistar aquilo que se estabeleceu desde Ourique. E isso implica também chamar de volta ao nosso convívio territórios que foram parte do Antigo Império Português, A Cisplatina e a Guyana Francesa. Eis a nossa pátria.

3) Nossa Pátria é o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. A parte americana fez secessão de modo a se proteger dos efeitos perniciosos do liberalismo vintista. E lutaremos contra os vícios perniciosos da Revolução Francesa, nem que pra isso tenhamos que passar por cima da mentalidade quinhentista, que crê em Brasil independente e dissociado da santa visão do Cristo Crucificado de Ourique.

4) Por isso que somos nacionistas e não nacionalistas - sem o Cristo Crucificado de Ourique, não somos nada. A missão de servir a Ele em terras distantes é a nossa razão de ser, a nossa verdadeira constituição. Podemos até escrever uma carta organizando os efeitos práticos do Estado de Direito fundado nisso, mas a nossa Constituição é o milagre de Ourique e sempre será. O resto é dispensável.

A Pseikörder quer ser brasileira - e quer mais do que os apátridas nascidos aqui

1) Eu fundei um país imaginário - ao contrário da maioria, eu não quero me separar do Brasil. 

2) O que meu país quer é ser brasileiro - e para isso quer eliminar esse espectro de Brasil em que a maioria dos nascidos são apátridas, burros massificados e vazios. Somos nascidos nesta terra - e somos católicos. Mais do que isso, estamos comprometidos com aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, coisa que nos leva à excelência.

3) O que fazemos é conquistar o Brasil dentro de uma santa reconquista, fundada em Ourique.

Não é por falta de mar que deixarei de imitar os portugueses

1) Para fazer o que eu faço, é preciso se dedicar e muito. Não é à toa que meu ofício de escritor se tornou uma profissão.

2) O fato de o Rio de Janeiro ser uma cidade caótica e vazia é um convite para a vida em reclusão - quase não saio de casa, a não ser para ir à Igreja. Se a porta de casa é a serventia que me leva a atender aos que estão na rua, quando me visitam, então a tela do computador é a serventia por excelência para um mundo bem mais amplo, atendendo a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, sejam eles espalhados pelo Brasil inteiro, quiçá pelo mundo inteiro.

3) O mundo online é uma evolução da conversa que se dava entre os vizinhos, numa época em que não existia esse modernismo nem essa mentalidade revolucionária que fabricou apátridas em massa, esses seres bestializados que não conseguem imaginar que nosso país nasceu a partir de um milagre decorrente do Cristo Crucificado, que queria fundar um Império e escolheu os portugueses e seus descendentes, nós, para esta santa tarefa. O lado bom é que eu converso com pessoas cuja cabeça lembra muito a minha - e esses amigos adequados, ainda que dispersos pelo país ou pelo mundo afora, me fazem ver a vida com um sentido - se dependesse do que vejo no mundo real, eu seria mais um da horda que aprendi a desprezar, quando vi que Cristo era o caminho, a verdade e a vida.

5) Eu consigo contemplar a riqueza das excelentes conversas de antigamente, coisa de que meus ancestrais tanto falavam. A diferença é que as possibilidades são ainda maiores. Se eu tivesse os meios necessários para viajar pelo país inteiro, visitando os lares dos meus pares para discutir assuntos importantes, eu estaria cumprindo o que o Olavo tanto fala: de que os movimentos de renovação do senso de se tomar o país como se fosse um lar dependem da interação de pessoas reais, que interagem umas com as outras face à face. E para sair do computador, eu necessito de dinheiro - e isso consigo trabalhando da forma como eu trabalho.

6) Neste mundo virtual, o aeroporto para mim é a versão atual dos portos do chamado (ports of call) que me fazem servir a Cristo em terras distantes, sobretudo no lar dos meus pares, se eles me abrirem a casa para isso e se me convidarem. Estarei sempre na estrada - e isso se dá cruzando as estradas que construíram no céu (as linhas aéreas).

7) Se navegar online é preciso, então viver a vida no hedonismo moderno não é preciso. Meu país imaginário, a Pseikörder, está imitando Portugal pelas duas únicas vias disponíveis: a do ciberespaço e a do espaço aéreo. Não é por falta de mar que não seremos como são os portugueses, em sua grandeza - esses dois meios suprem aquilo que nos falta de modo a sermos como eles e sermos mais brasileiros que a maioria dos nascidos aqui, que são apátridas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2016.