Optar pelo Direito como
área de atuação profissional, hoje, é um risco para a alma. O Direito
hodierno lida fundamentalmente com egos; egos estes que se alimentam de
valores abstratos. Isto, durante uma época que nega compulsivamente a
realidade das ideias, tratando-as como uma grande brincadeira
inconseqüente, pode conduzir indivíduos, sociedades, povos inteiros pela
estrada da loucura, procurando por horizontes utópicos até faltar chão sob os pés e despencar do abismo.
Evitem a formação jurídica contemporânea. Evitem, bem dizer, todo o ambiente das ditas ciências humanas e sociais. Evitem mesmo as ciências da linguagem. É doloroso para as personalidades predispostas a tais conhecimentos, sei bem. Mas mais doloroso é o ópio intelectual que um se obriga a consumir para prosperar nesses meios, pois idéias têm, sim, conseqüências.
Se me fosse questionado hoje, sugeriria estudassem, primeiramente, as ciências da terra. Aprendei a plantar, a colher, a fazer boa uva e bom vinho. Lidai com aquilo que a natureza divina concede, e cujas leis fundamentais o homem reconhece, ainda, não poder alterar - pois o resultado dos maus pressupostos logo lhe atinge os sentidos, como o mau vinho ao se tornar vinagre intragável.
Depois, apenas depois, com os pés bem fincados em terra boa e boa rocha, atendei ao amor pelo conhecimento das coisas mais altas. Não pelo que se comenta hoje, mas pela Verdade que se construiu no Eterno, nos tempos em que se sabiam tão reais as pontes do céu, quanto aquelas do mar e da terra: os tempos do Trivium, de memória perpétua.
Evitem a formação jurídica contemporânea. Evitem, bem dizer, todo o ambiente das ditas ciências humanas e sociais. Evitem mesmo as ciências da linguagem. É doloroso para as personalidades predispostas a tais conhecimentos, sei bem. Mas mais doloroso é o ópio intelectual que um se obriga a consumir para prosperar nesses meios, pois idéias têm, sim, conseqüências.
Se me fosse questionado hoje, sugeriria estudassem, primeiramente, as ciências da terra. Aprendei a plantar, a colher, a fazer boa uva e bom vinho. Lidai com aquilo que a natureza divina concede, e cujas leis fundamentais o homem reconhece, ainda, não poder alterar - pois o resultado dos maus pressupostos logo lhe atinge os sentidos, como o mau vinho ao se tornar vinagre intragável.
Depois, apenas depois, com os pés bem fincados em terra boa e boa rocha, atendei ao amor pelo conhecimento das coisas mais altas. Não pelo que se comenta hoje, mas pela Verdade que se construiu no Eterno, nos tempos em que se sabiam tão reais as pontes do céu, quanto aquelas do mar e da terra: os tempos do Trivium, de memória perpétua.
(Leonardo Faccioni)