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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Da importância do geo-referenciamento nas declarações de bens escriturados

1.1) Alguns mercadores adquirem mercadorias muitos difíceis de serem carregadas ou transportadas, ou mesmo matérias-primas cuja carga corre um alto risco de ser roubada, por conta do seu valor inestimável ou por conta de sua enorme dificuldade ser obtida. 

1.2) Para evitar que esses bens circulem e corram o risco de serem roubados ou extraviados, eles emitem uma declaração de que no armazém da guilda desses mercadores há esses itens em grande abundância e ele está localizado no território tal, no país tal. Essa declaração é contada como um título de crédito no valor dessa mercadoria e ela pode ser passada adiante a um certo preço a mercadores de outros países. São os chamados bens escriturados (ou commotiy deeds, em inglês).

2) Se fosse adaptada para os tempos atuais, essa declaração teria geo-refereciamento do armazém onde está localizada a carga, o que forçaria com que o beneficiamento dos produtos do armazém ocorresse ali mesmo na localidade, trazendo investimentos e desenvolvimento econômico à localidade que serve de sede ao armazém que estoca tal produto valioso. 

3.1) Os investimentos promovem uma maior integração entre as pessoas da localidade bem como fomentam um maior senso de responsabilidade entre as pessoas no tocante a tomarem o lugar que custodia tais riquezas como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo.

3.2) Por conta da impossibilidade de serem transportadas, essas cargas devem ser beneficiadas ali mesmo até virarem bens móveis e fáceis de serem transportados, a ponto de serem removidos da cidade com segurança. Isso vai gerar gerar na cidade o desenvolvimento de um distrito industrial, bem como de um distrito um comercial adjacente a ele, que segue a sorte desse distrito (no caso, a produtividade do distrito industrial).

3.3) Este é um clássico exemplo de protecionismo educador, pois protege a economia da cidade do saque dos piratas e ainda aprimora a liberdade dos muitos que se santificam através do trabalho. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2021 (data da postagem original).

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Do pau-brasil como o primeiro tributo dado pelos índios em honra ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, em razão de haverem recebido a graça de serem batizados na verdadeira fé

1) Por conta dos infinitos benefícios que os índios receberam a partir do contato com o Cristo, os índios aprenderam a desenvolver uma economia mais sustentável, a ter uma relação mais equilibrada com a natureza. Eles passaram a praticar a monogamia e a organizarem a sociedade com base na família e na divisão da propriedade privada. Por conta de Cristo, elas passaram a evoluir como organização social, a ponto de serem parceiros comerciais dos portugueses.

2) O Pau-brasil que era trocado por produtos úteis ao desenvolvimento econômico e social da aldeia era mais do que mercadoria de troca - aquilo constituía tributo in natura que era dado ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Tratava-se de dízimo in natura.

3.1) Os mercadores portugueses recebiam esse bem em confiança e os transformavam em vestes principescas, muitas delas usadas pelos príncipes da igreja, os Cardeais. E era por meio dessas roupas que os príncipes da Igreja exerciam as suas prerrogativas - o que caracteriza ganho sobre a incerteza, fundado nos méritos de Cristo. 

3.2) O dinheiro que era regiamente pago aos mercadores seria mais tarde usado para se pagar os índios que fossem eventual recrutados para trabalhar como mão-de-obra servil nos engenhos coloniais que foram introduzidos a partir do sistema das capitanias hereditárias, a ponto de substituir o escambo pela economia fundada na prestação de serviço, já que mercado já havia. Os índios foram tão gratos com as infinitas graças que receberam que estavam servindo a Cristo com as riquezas que eram produzidas nestas terras distantes.

3.3.1) Além das vestes principescas, o pau-brasil era usado também para se fazer violinos, o que é essencial para se produzir alta cultura. 

3.3.2) Como a música erudita vem da música sacra e aponta para Cristo, então este é outro tributo que é dado a Cristo na forma de cultura, de alimento da alma de modo que tanto o velho quanto o Novo Mundo fosse tomados juntos como um mesmo lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2021 (data da postagem original).

Cristo foi descoberto pelos índios - eis o verdadeiro sentido da descoberta do Brasil

1) O verdadeiro sentido do descobrimento do Brasil é o encontro dos portugueses, que foram aos mares para servir a Cristo em terras distantes, com os indígenas, a ponto de estes descobrirem o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem na primeira missa aqui celebrada. Eis a ontologia do Estado-mercado aqui criado: os bogatys - os Cristo-príncipes que Cristo criou em Ourique - foram servir aos índios, esses ubogis de Cristo, esses cristos-mendigos que se encontravam no continente americano. 

2) Além da verdadeira fé, os índios aprenderam com os portugueses a plantar árvores, o que aperfeiçoou muito a economia dos índios. Isso criou uma economia mais sustentável, o possibilitou que a troca de pau-brasil por itens úteis ao seu desenvolvimento civilizatório durante muito tempo. 

3) Como os índios eram parceiros comerciais, tornou-se possível povoar as terras que não eram habitadas pelos índios e constituir uma família com eles, a ponto de formar uma nova nobreza, capaz de aperfeiçoar a liberdade de muitos nestas terras, fundada através da santificação através do trabalho e do senso de servir a Cristo em terras distantes.

4) Eis a gênese do primeiro Estado-mercado que foi formado na História, formado a partir do senso de se servir a Cristo em terras distantes com a descoberta de Cristo pelos nativos - um mercado fundado no encontrado, não na sujeição. Eis a ontologia de uma comunidade revelada que daria origem ao Brasil.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2021 (data da postagem original).

Considerações sobre a idéia de fazer um presépio do descobrimento

A Primeira Missa no Brasil, quadro de Victor Meirelles, pintado em 1861


1) Se fosse artista, eu iria fazer um presépio do descobrimento tendo por base o quadro da primeira missa no Brasil, de Victor Meirelles, e o presépio de Natal.

2) A imagem, além de inspirar patriotismo, ela inspira piedade. Os índios, que, antes da chegada dos portugueses, eram animais bestializados pelo pecado, passam a ser gente quando passam a se alimentar da eucaristia, que primeiro foi dada aos animais na manjedoura, já que o Salvador feito homem não teve acolhida num mundo marcado por animais que mentem, que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. 

3.1) O presépio lembra o nascimento de Cristo - e o presépio do descobrimento lembra o nascimento desta terra sob Cristo, através da primeira missa. 

3.2) Os portugueses, no presépio, agem como os três reis magos: eles nos trouxeram a língua, a fé, a cultura e a missão de servir a Cristo em terras distantes - nosso ouro, nosso incenso e nossa mirra. E isso faz com que nos santifiquemos através do trabalho a ponto de nos tornarmos uma terra rica e próspera, uma vez que a verdade é o fundamento da liberdade, já que Cristo é o caminho, a verdade e a vida - e ninguém vai ao Pai senão pelo Filho, assim como ninguém vai ao Filho senão por sua Mãe, Maria Santíssima.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2021 (data da postagem original).

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terça-feira, 27 de abril de 2021

Números aposentados ou números homenageados? Notas sobre esta importante tradição do esporte americano

1) Eu sempre gostei da tradição de números aposentados das grandes ligas esportivas americanas, até que me deparei com a seguinte questão: se os números 00 a 99 forem todos aposentados, os números serão reciclados ou haverá um sistema de numeração pautado no 000 a 999? Esta é uma boa questão se pensar.

2.1) Atualmente, já penso o seguinte: se um determinado jogador tiver seu número aposentado por uma franquia, as honras devidas a ele serão devidas até o dia em que ele tenha uma morte natural, própria das doenças da velhice. Uma vez isso ocorrendo, o status do número passa para homenageado - o que quer dizer o número pode ser usado novamente, a ponto de um outro jogador construir uma grande tradição com ele. 

2.2) No caso de um jogador como Kobe Bryant, que morreu muito cedo, em razão de uma tragédia, o tempo de aposentadoria de suas camisetas seria calculado até o dia em que ele completasse 80 anos, se fosse vivo. Seria o direito autoral devido a ele na forma de honras - passado esse tempo, os números passariam para o status de números homenageados e seriam postos em circulação novamente, a ponto de serem usados por outros jogadores, de modo a honrar a tradição desse número.

3.1) Um jogador recém-draftado, se recebesse um número homenageado, iria adquirir uma maturidade muito maior como jogador, pois teria que honrar aquele jogador que vestiu aquele número e o quanto ele significou para a franquia e para a história da liga. Afinal, ele tem que agir como um verdadeiro herdeiro desse número, a ponto de construir uma história própria como continuação de tradição de excelência desse número, a ponto de isso ser uma herança fundada na excelência. 

3.2) Não se trata de uma herança jacente a esmo, ao nada, mas de uma herança lançada de modo a inspirar outros a serem tão excelentes como o antecessor, já falecido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2021 (data da postagem original).

Prévias da primeira manifestação de 1º de maio organizada pela direita na História do Brasil

1) No próximo dia primeiro de maio, haverá uma manifestação-monstro em prol do presidente Bolsonaro e contra todos aqueles que impedem o povo de se santificar através do trabalho. E os culpados são conhecidos: governadores, prefeitos e ministros do STF.

2) Esta será a primeira manifestação de 1º de maio da história comandada pela direita - trata-se de uma manifestação legítima, já que todas as outras não passaram de "abaixo isso, abaixo aquilo".

3) Trata-se de um momento decisivo da História do Brasil. Até mesmo o mês de abril estava com o clima típico de agosto. Tomara que isso não se transfira para o cenário político também, pois agosto costuma ser o mês onde os presidentes caem.

4) Algo me diz que vou ter que ficar de prontidão ao longo desses dias. Já não consigo nem jogar ou digitalizar direito em razão disso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2021 (data da postagem original).

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Por que o escritor deve organizar os textos kairologicamente, não cronologicamente?

1) A maioria das pessoas organiza as idéias de maneira cronológica porque elas só sabem conceber o tempo dessa forma. No final das contas, a organização das mesmas fica caótica, destituída de sentido.

2.1) Um editor sério, ele precisa sentir na pele a experiência de ser escritor. Ele precisa organizar os textos de uma maneira kairológica. O que escrevi em 2016 só vai ter complemento em 2021 ou um pouco antes, pois o Espírito Santo, que move as coisas, ele é como o vento que sopra onde onde quer - e, como escritor, eu preciso estar pronto para receber as instruções do Espírito Santo para escrever bem. 

2.2) Conforme vamos acumulando registros decorrentes da sagrada inspiração, a ordem de um texto vai se definindo conforme a coerência dos próprios argumentos apresentados. Um texto de 2017 pode ser o texto principal ou pode vir depois de um texto de 2020, como um texto complementar. Se ele for introdutório ao tema, ele é o começo do argumento; se ele é complemento de um texto mais recente, ele vem depois. Obviamente, na hora da fusão dos artigos, a linguagem é adaptada para os tempos atuais ou para o contexto dos eventuais leitores interessados.

2.3) A força dos argumentos apresentados é o que determina a ordem em que os textos serão exibidos, pois a verdade se mostra por si mesma, já que ela é filha do tempo. E o livro é o acúmulo de várias meditações e reflexões que tive ao longo dos anos. Foi um trabalho que foi basicamente inspirado por Deus. Na medida do possível, eu acrescento o trabalho com alguma outra bibliografia complementar.

3) Por esta razão, o que escrevo não se destina à comunidade acadêmica porque Deus não pode mais ser encontrado ali. Os textos devem ser destinados aos que amam o saber e que têm uma profunda vivência paroquial - as novas comunidades de estudos devem nascer do pátio de uma paróquia, a ponto de formar uma nova guilda de estudantes. Esta é a próxima pastoral que deveria ser organizada, fundada na santificação através do estudo.

4) Enfim, voltemos às origens, onde o amor ao conhecimento realmente importa, não o diploma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Do impacto do milagre de Cristo em Ourique no imaginário dos ítalo-brasileiros - notas sobre esta reflexão fundada no fato de pôr-se no lugar do outro

1) Vamos supor que eu fosse descendente de italianos e conhecesse como história de família todo aquele contexto de agitação política e de dificuldades econômicas que levou uma grande leva de italianos a deixar suas respectivas terras natais e se estabelecer no Brasil. 

2) Vamos supor que fosse historiador profissional, conhecedor da História da Itália, sobretudo da Época do Rissorgimento, ocorrida em 1871. 

3.1) Vamos admitir que eu tenha o conhecimento da História do Brasil verdadeiro decorrente do milagre de Ourique. Aquilo me causaria uma epifania tremenda, pois veria que o discurso do Conde de Cavour vai contra Cristo (no caso, "fizemos a Itália, mas falta fazer os italianos". 

3.2) Para se fazer os italianos, eu não posso inventar tradições e destruir culturas de séculos, mas abraçar as novas itálias que se formaram no Novo Mundo e que se tornaram herdeiras da missão de servir a Cristo em terras distantes, o que faz com esses italianos da América Portuguesa renovem a Itália do Velho Mundo. Afinal, eles são também italianos, têm direito de votar e podem ser contados como eurodeputados no Parlamento Europeu.

3.3) Se fosse descendente de italianos, eu teria em mim a permanente tensão entre meu país unificado ser uma comunidade imaginada pela maçonaria em contraponto com a unidade do Brasil, que é uma comunidade revelada a partir da missão que Cristo nos deu de servir a Cristo em terras distantes - o que faria querer ir para Itália para também contribuir com Cristo nesta seara, para a glória da Itália, de Cristo e do Brasil, a ponto de os dois países serem tomados como um mesmo lar em Cristo juntos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Por que o fenômeno da nacionidade é complexo? Cito o caso do meu amigo Vito Pascaretta

1) Dentre os brasileiros que são descendentes de italianos, há os que são paulistas, os que são cariocas, os que mineiros, os que são gaúchos e até mesmo os que são pernambucanos, dentre outros que esqueci de citar. Cada estado da federação tem uma cultura diferente, a ponto de ser uma escola de nacionidade - o que é vital para se tomar o pais como um Todo como um lar em Cristo. E isso precisa ser conjugado junto com a herança italiana que uma pessoa carrega em razão de herança de família.

2) Em relação aos imigrantes italianos que vieram para o Brasil, alguns vieram do sul, outros vieram do norte. Alguns vieram do Piemonte, outros do Vêneto, outros da Sicília, outros da Lombardia, de Nápoles, da Sardenha ou mesmo Roma. A Itália é um país multifacetado regionalmente falando, já que cada região foi um país no passado. Por essa razão essas diferentes Itálias em combinação com os diferentes Brasis produzirão múltiplas maneiras de se tomar os dois países como um mesmo lar em Cristo, criando um mosaico cultural que só ganha sentido como comunidade viva se as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Se uma pessoa de ascendência italiana e de origem pernambucana tem um descendente no Paraná, então ele deverá conjugar a herança de Pernambuco, da região da Itália da qual sua família é originária e do Paraná, a terra da sua esposa, como um mesmo lar em Cristo dentro da própria família. É complexo? É desafiador? Sim, mas é um universo fascinante, que só pode ser entendido dentro do ambiente do espírito. Eis aí porque Cristo quis criar um império de cultura.

4.1) Para se combater a homogeneidade cultural, a cultura de massas e a mediocridade que edifica liberdade como fins vazios, devemos promover o senso de tomar os diferentes lugares como um mesmo lar em Cristo, pois a relação A em união com B deve ser sempre levada em conta. A família deve ser o centro dessa liberdade, pois o amor revelou uma nova verdade que deve ser conhecida e observada. 

4.2) Como o liberalismo e a indústria cultural de massa tendem a simplificar tudo, ela acaba produzindo um verdadeiro horror metafísico, ao invés de beleza.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Como a herança espiritual polonesa estimulou em mim uma forma de articular as experiências que acumulei de modo a fazer uma releitura da Alemanha enquanto parte do Sacro Império Romano-Germânico - notas sobre esta troca que se deu dentro de mim, em Cristo fundada, que é um dos muitos frutos da eucaristia

1) Antes de eu tomar posse da herança espiritual polonesa - que recebi quando fui crismado, ao receber meu pároco como meu pai espiritual em Cristo, a ponto de ser meu diretor espiritual em uma escala muito mais profunda -, eu havia me afastado um pouco da herança germânica, pois sou descendente de alemães pelo lado do meu pai.

2) A julgar pela herança maldita que a Alemanha produziu - como Kant, Marx, Hegel, a Escola de Frankfurt, além do próprio Lutero -, ser alemão já me seria motivo de vergonha. Mas o fato de ser um polonês espiritual e o exemplo de São João Paulo II me estimularam a fazer uma releitura da História Alemã sem levar em consideração aquela herança maldita - dessa forma, posso tomá-la como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo usando as experiências que conheço do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e da Polônia Católica como substitutos culturais dessa herança maldita.

3.1) É dessa forma que um nacionista pode ser um ser técnico - ele troca a herança maldita de um povo pela herança boa de outro povo, a ponto de ambos serem tomados como um mesmo lar em Cristo, ainda que ambos estejam em terras muito distantes. 

3.2) Se o nacionismo fosse uma planta, tratar-se-ia de uma verdadeira enxertia, onde se substitui o que não presta, por ser revolucionário e fora de Cristo, pelo que é bom, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de assumir uma nova universalidade, formada a partir desse hibridismo virtuoso. Algo bom e frutificante pode vir a partir daí, pois o que é bom sempre produz bons frutos em todos os povos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.3) Foi por conta do meu conhecimento da experiência do Império Português como Império de Cultura e do que conheço da Polônia, que comecei a tomar o país como um lar em Cristo recentemente, que pude começar a fazer uma releitura do Sacro Império Romano-Germânico, o verdadeiro Reich criado para cristianizar a Europa Central e os povos eslavos, o que constitui a base da verdadeira cultura européia, pautada na trindade entre Atenas, Roma e Jerusalém (uma trindade Greco-Romana a serviço da Cristandade, nunca uma moral utilitarista judaico-cristã que edifica liberdade com fins vazios, pois esta é uma farsa revolucionária maçônica, de cunho puritano, que está enganando a todos). Graças a isso, comecei a compreender a Alemanha na sua verdadeira realidade, a ponto de perder a vergonha

3.4) Se fosse casado com uma descendente de alemães, ou mesmo com uma alemã, eu faria esse trabalho de base de reconstrução da cultura alemã a partir da experiência que conheço dentro da minha própria família. Eu aprenderia alemão, mas combateria a duras penas o esquerdismo na Alemanha seguindo o exemplo dos meus irmãos na fé, os católicos poloneses.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Do exemplo do Beato Carlos I na vida São João Paulo II - como isso fez com que ele tomasse vários países como um mesmo lar em Cristo, a ponto de respirar a Igreja com dois pulmões

1) Houve um tempo em que a Polônia sumiu do mapa político por 200 anos e seu território foi dividido entre três potências: a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e o Império Russo.

2.1) Os poloneses, no tempo dos pais de São João Paulo II, eram vassalos do Beato Carlos I, imperador da Áustria. Carlos I era um excelente imperador católico, o que agradava muito ao tenente Wojtyła, que deu ao seu filho o nome de seu senhor: Karol (Carlos, em polonês). 

2.2) Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Austro-Húngaro foi dissolvido e a Polônia ressurgiu como país, como uma república (como não sou muito conhecedor da História Polonesa, esta república polonesa moderna deve ter muito o cheio das repúblicas maçônicas inspiradas na Revolução Francesa e o cheiro delas é bem ruim, pois isso lembra a cadáver em decomposição). 

2.3) Não muito tempo depois, veio a Segunda Guerra Mundial e a Alemanha e Rússia invadiram a Polônia e dividiram o país em dois. Os poloneses ajudaram os aliados, mas estes, por conservantismo e mornidão, não quiseram levar a guerra até à Rússia de modo que esta tivesse seu fim definitivo. E a conseqüência final disso foi que a Polônia terminou satélite da União Soviética por muito tempo. 

3.1) Se nome é destino, então o jovem Karol foi como o senhor de seu pai: agiu como o sinal de contradição no mundo, tal como Cristo faria. E isso o elevou à dignidade da cátedra de São Pedro como João Paulo II, libertando seu país do comunismo e conduzindo a Igreja e o mundo livre em Cristo por Cristo e para Cristo nestes tempos de Crise.

3.2) São João Paulo II não só tomou a Polônia como um lar em Cristo ou respirou a Igreja com dois pulmões, já que sua mãe era ucraniana e era de rito católico oriental, mas ele tomou o Império Austro-Húngaro como seu lar em Cristo, ainda que tivesse nascido dois anos depois da dissolução desse império. E desse império faziam parte os Bálcãs, a Áustria, a Hungria, a Romênia e a Ucrânia, além da sua Polônia - todos esses povos tinham por senhor o imperador da Áustria e juntos deviam amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento para serem livres em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

3.3) Desde cedo ele compreendeu a universalidade do império em que seu pai serviu como oficial subalterno e que isso estava se perdendo por conta do avanço da mentalidade revolucionária no mundo. E por isso, em nome da paz de Cristo, promoveu uma verdadeira cruzada pessoal e espiritual contra o comunismo, que é o grande causador desse mal. Foi um grande guerreiro como foi seu pai, embora atuando numa guerra diferente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

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domingo, 25 de abril de 2021

Ainda mais sobre a estúpida idéia do príncipe D. Luiz Philippe de transferir o feriado do dia 21 para o 22 ou sobre trocar feriados na mesma proporção em que se troca de roupa ou mesmo banana por maçã.

1) Max Cardoso, do Canal Terça Livre, fala que os feriados são comemorados nas datas em que são comemorados porque há uma razão para isso. Ele dizia essa crítica no contexto da pandemia, onde os comunistas estavam antecipando a Páscoa em datas muito antes da sua devida época. Em Minas, chegou-se a comemorar o pseudoferiado de Tiradentes em data antecipada, por decisão do governador Zema, que resolveu aderir à nova política dos governadores, a ponto de correr o risco de ver sua cabeça rolar na guilhotina em 2022.

2.1) A crítica do Max aponta para uma importante questão: símbolos não podem ser migrados a ponto de sua ordem ser servida com fins vazios, como vemos nestes tempos de pandemia. Muito menos se pode ficar trocando banana por maçã, pois a disposição espiritual para o dia 21 de abril, Dia de Tiradentes, não é a mesma para o dia 22, dia do Descobrimento do Brasil. Você precisa de uma preparação espiritual do povo de tal maneira que essa data seja comemorada como fundamental, crucial para se tomar o país como um lar em Cristo., a ponto de trocar o falso pelo verdadeiro.

2.2) O marco do dia 22 é a carta de Caminha, que é um monumento cartorial, mas o verdadeiro monumento que deve ser levado em conta é a celebração da primeira missa, que se deu no dia 26 de abril de 1500. Isso marcou a fundação espiritual do Brasil, enquanto base para se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo - e estes atos do espírito contam mais que o papel, que pode ser perdido ou destruído. E ele, como maçom, certamente não leva isso em conta, já que o príncipe D. Luiz Philippe age como agem como os inimigos da Santa Madre Igreja. 

3.1) Como todo bom maçom, ele se pauta no materialismo e na violência simbólica, a ponto de criar uma espécie de reengenharia social de tal maneira a agradar o maior número de pessoas possível, já que para ele a ordem espiritual, que edifica a verdadeira cultura, não tem importância. 

3.2.1) E neste ponto, ele está sendo um revolucionário de sinal contrário, pois ele está nos privando do verdadeiro combate espiritual que deve ser feito, marcado pela resistência ao falso símbolo - e isso se dá através da santificação através do trabalho, o que demanda uma autoridade que estimule a liberdade de muitos a ponto de gerar diária dobrada para todos os dias de feriados fakes, que não devem ser comemorados. 

3.2.2) Essa cultura de resistência, por sua vez, gerará um reexame do direito do trabalho enquanto um dado cultural e jurídico, pois uma remuneração liberal deve ser dada nos dia em que devemos estimular o povo a lutar contra os falsos feriados, marcadamente revolucionários, já que eles têm o mesmo múnus - quando trabalham, ajudam a construir o país, pois são também autoridade, quando naquilo que sabem fazer de bom. 

3.2.3) Essa classe de feriados de remuneração liberal decorrentes da cultura de resistência vai fazer com que as datas ganhem uma verdadeira ressignificação, a ponto de contribuírem para a cultura da pátria. 

4) É por isso que mantenho a minha crítica com relação a tudo isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Quando o tempo cura toda as feridas - notas sobre a importância do período sabático como fundamental para se recuperar o propósito das coisas em Cristo, momentaneamente perdido por conta de um acidente ou de um conservantismo político, como vemos nestes tempos de pandemia

1) Quando meu quarto passou por reformas radicais em janeiro deste ano, tudo o que fazia no campo da digitalização havia perdido o seu completo sentido, somado ao fato de que a pandemia de peste chinesa inviabilizou o encontro entre mim e Felipe Lamoglia, a ponto de não ser mais possível vender mais livros a ele. 

2) Por conta disso, resolvi tirar um período sabático - precisava me refazer espiritualmente da depressão que estava começando a se instalar em mim, por conta de o quarto não estar mais do jeito que era e que favorecia muito o meu trabalho de digitalizador, o que me deixava muito feliz. 

3) Para resolver esta crise, passei bastante tempo jogando Old World, The Sims 4, Patrician II e The Guild 3. Colhi o maior número de experiências possíveis desses jogos, a ponto de muitas delas serem usadas nos meus artigos. 

4) O período sabático, que deveria durar um ano, durou três meses - hoje, no dia 25 de abril de 2021, eu voltei a trabalhar na digitalização do livro do Escambo à Escravidão. Parece que encontrei um sentido para digitalizar nestes tempos difíceis - se não posso conseguir dinheiro com o meu trabalho, ao menos eu posso digitalizar pra mim, pois eu aprecio muito meu próprio trabalho, já que eu gosto muito do que eu faço. Quando esta crise for superada, poderei vender os livros digitais que faço e esvaziar a biblioteca física rapidamente.

5) Uma coisa que pude aprender dessa crise que a reforma aqui em casa provocou no meu quarto foi que o tempo cura as feridas, a ponto de restaurar o sentido momentaneamente perdido das coisas. Afinal, a digitalização que eu fazia me santificava através do trabalho, fora que me trazia um bom dinheiro, que era usado na compra de jogos e de livros. Mas, como muitas pessoas perderam seus empregos, o propósito do meu trabalho precisava ser reformatado - por isso, fui colher experiências até ser capaz de digitalizar os livros para mim mesmo, o que pede uma pegada espiritual diferente. E essa mudança leva tempo, pois isso não se dá da noite pro dia.

6.1) Para se vencer o conservantismo político - ou mesmo os inconvenientes indesejados de uma reforma doméstica, que mudam até mesmo aquilo que você não gostaria que fosse mudado, como a condição da luz com a qual você já está acostumado, o que é vital para um fotógrafo -, você precisa ajustar o seu ser tal qual o navegador ajusta a vela ao vento, pois o Espírito Santo é como o vento - ele sopra onde quer e você precisa estar pronto para dizer sim a cada instante.

6.2) Se você não está pronto, tire um tempo sabático e se prepare espiritualmente - e aí você volta a se santificar através do trabalho devidamente adaptado às necessidades dos novos tempos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Para eu tomar a Alemanha como um lar em Cristo, preciso destruir a pseudocivilização criada por Lutero, que deu origem à Alemanha moderna

1) Como sou também descendente de alemães, eu precisaria de uma boa razão para estudar e tomar a cultura alemã como um lar em Cristo, sem os vícios inerentes dessa cultura, como o protestantismo, o nazismo, o kantismo e o marxismo.

2.1) Por esta razão, eu deveria começar pelo começo, quando a Igreja começou a converter os bárbaros germânicos ao cristianismo a ponto de edificar um Sacro Império Romano-Germânico. 

2.2.1) Por conta do feudalismo, o poder dos nobres locais sempre prevaleceu sobre uma autoridade central. E esses nobres locais aperfeiçoavam a liberdade de muitos - no caso, os  seus vassalos, os servos, a ponto de isso ser passado de pai para filho como se fosse uma tradição de liberdade, um modo de vida fundado no fato de ser livre em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

2.2.2) Para que não houvesse uma ordem neopagã, onde césar se tornaria divo novamente a ponto de ter poder de vida e de morte sobre todos, era crucial que a Igreja dividisse o poder com os nobres - e os bárbaros germânicos constituíram a oportunidade perfeita para que a Igreja pudesse moldar a civilização dentro do cristianismo, sem os vícios do paganismo romano. Por isso, ela educou os filhos dos nobres e estes, filhos da Igreja, educavam a população inteira, a ponto de aperfeiçoar a liberdade de muitos, fazendo com que ela tenha terras e força militares que pudessem se contrapor ao interesses da realeza, ainda mais quando ela é ilegítima. 

2.2.3) Era dessa forma que a nobreza representava os interesses dos mais pobres, pois seus bens acabavam servindo ao bem comum de todos. Como muitos dependiam deles, eles precisavam ser o exemplo da comunidade inteira, o Cristo local. E como os nobres enxergavam os camponeses - seus servos, seus protegidos - como cristos necessitados, o espelho de seu próprio eu, eles acabavam aos mais pobres liberdades locais, instrução religiosa, além de incentivar a atvidiade organizada de família de padeiros, carpinteiros, pedreiros e outros tantos trabalhadores de modo a gerar uma uma sociedade organizada, a base de uma nação, a ponto de esses nobres terem com esses camponeses um destino em comum ao longo das gerações.  Foi por causa dessa cultura de confiança construída que camponeses acabavam moderando os maus senhores através dos únicos meios de ação que podiam dispor: de seus serviços e de seus serviços técnicos passados de pai para filho, se estes passassem por cima de seus direitos civis ou naturais. Assim, o topo ficava subordinado aos interesses da pirâmide, do bem comum.

2.2.4) Não foi à toa que os camponeses, a base da pirâmide, tinham muito poder na sociedade germânica medieval - e esta foi a época mais feliz e próspera que se teve na História da Alemanha. E não foi à toa também que Lutero acabou com o poder deles, a ponto de empoderar os príncipes que patrocinavam a sua heresia revolucionária, o que levou à fundação da Alemanha moderna no longo prazo, a ponto de fazer com que ela concentrasse muito poder em poucas mãos, a ponto de formar o embrião dos viriam a ser os junkers na época em que a Alemanha começou a ser unificada, através da força de seus exércitos. 

2.2.5) Por essa razão, a Alemanha moderna não passa de uma comunidade imaginada com base nesses moldes - em contraponto com a Áustria, que é a herdeira e sucessora do Sacro Império Romano-Germânico nesse aspecto. Se há um reino dividido contra si mesmo nesta história é o mundo germânico decorrente da heresia de Lutero - dele nunca mais se recuperou, fora que isso passou a ser problema para os povos eslavos também - como a Polônia, por exemplo.

3.1) A reunificação do mundo germânico pediria necessariamente a eliminação dessa pseudocivilização decorrente da heresia de Lutero e a restauração do Sacro Império Romano-Germânico, principalmente na forma de Império Austro-Húngaro. 

3.2.1) O fato de ser descendente alemães precisa estar muito bem conjugado com o fato de que sou um polonês espiritual, visto que faço da parte da mesma szlachta da qual São João Paulo II fez parte, visto que Karol Wojtyła - que ordenou Mons. Jan Kaleta padre, quando era arcebispo de Cracóvia - foi feito padre por Adam Sapieha, que era Cardeal e príncipe da Polônia. A Polônia era parte do Império Austro-Húngaro e eles eram vassalos dos Habsburgos, por conta da fé católica - a maior prova disso é que o pai de São João Paulo II serviu no exército do Imperador Beato Carlos I da Áustria. 

3.2.2) Um estudo da história da Europa Báltica (que abrange a Europa Central e o Leste Europeu) seria algo bem complexo e desafiador - e eu precisaria atuar em múltiplos países, fora que precisaria combater múltiplos inimigos. Na minha atual geração, só posso compreender a dimensão desse problema, já que não tenho condição de lutar num cenário assim, por falta de conhecimento e de preparo.

3.2.3) Trata-se de um cenário mais complexo do que aquele que conheço no Brasil, pois não é só nos Balcãs que há um barril de pólvora - os países do Báltico (outrora partes da Liga Hanseática) são uma verdadeira bomba-relógio, tanto pela Alemanha de um lado quanto pela Rússia de outro, sem falar da Turquia, mais ao sul. Jamais me esqueço do que houve no Grande Cerco de Viena de 1683 - se não fosse por Sobieski, a Europa estava frita. E este foi o maior legado de Lutero: ele enfraqueceu a todos a ponto de trazer os inimigos de Cristo para dentro da Europa. Por isso que é um grande filho de uma puta.

3.2.4) Para que minha família possa atuar num cenário desses, ela precisaria de vivência na Alemanha, na Polônia, na Áustria, em cada lugar parte do problema a ponto de tomar todos os lugares como um mesmo lar em Cristo, que é o denominador comum - o que pede um trabalho de gerações. E isso só pode começar a partir da entrada de um único homem consciente e virtuoso, que tenha dito sim a Cristo de modo a servir a Ele e ao bem comum destas terras, que não são muitos distantes entre si a ponto de criar uma concórdia entre os povos e classes produtivas, o que daria ensejo a uma nova unidade política e territorial, uma vez que Cristo quis para Si criar um império de cultura de modo que Seu Santo Nome fosse conhecido por todos os povos, coisa que não pode vir de um estudante de geopolítica que não seja capaz de ligar as coisas da Terra ao Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de abril de 2021 (data da postagem original).

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sábado, 24 de abril de 2021

Sobre minha situação educacional nos anos 90 e a questão do homeschooling - eu poderia me beneficiar do homeschooling naquela circunstância?

1) Se houvesse homeschooling nos anos 90 no Brasil, eu teria me dedicado com excelência ao estudo com muito mais fervor do que no tempo em que fui estudante e vesti a camisa de minhas duas melhores escolas: o Curumim e o Novo Mundo. Como sempre tive mais propensão para humanas, estudaria matérias humanas e entraria mais cedo na literatura clássica e na alta cultura. 

2.1) O único impeditivo seria a formação dos pais: a formação deles em humanas é bem fraquinha, perto da minha -  graças a Deus eu tive a sorte de ter tido bons professores de português e de ter estudado história por minha própria inciativa, pois minha mãe percebeu que gostava de História e me deu livros de História para eu estudar - por isso, eu sabia muita coisa, mais que os professores. Confesso não ter visto professores meus fazendo proselitismo político em sala de aula. Eles davam a matéria e olhe lá, exceto o professor de geografia, que era mais atirado ao esquerdismo, como sempre foi.

2.2.1) O aperfeiçoamento dos meus pais de modo que pudessem me aperfeiçoar seria impossível naquela circunstância porque minha mãe trabalhava muito e meu pai estava deixando de viajar para o Paraguai - foi nessa época em que minha mãe estava passando a ser a chefe da família em definitivo, mudando assim a estrutura da nossa economia doméstica. Não teria como minha mãe pagar por preceptores porque o material humano disponível não era fácil de encontrar - além de ser caro, ela encontraria muitos picaretas pelo caminho. 

2.2.2) Some-se a isto o fato de que importar produtos educacionais sempre foi caro e complicado - não havia as facilidades da internet que temos hoje. E mais do que isso: os produtos que você gasta com autoeducação não podiam ser deduzidos do imposto de renda, tal como ocorre na Inglaterra. E até hoje perdura este tipo de situação - no caso, a impossibilidade de deduzir suas despesas de autoeducação do imposto de renda, o que é um absurdo tremendo.

3) Ainda que houvesse homeschooling no Brasil, ele seria muito prejudicado em razão da economia fechada da época, da elevada inflação (que só foi sanada com o advento do plano real) e também com os muitos anos de práticas socialistas, que só pavimentaram o caminho para o autoritarismo político até aqui. Em outras palavras: fazer homeschooling nos anos 90 seria muito mais difícil do que hoje em dia. Se não fosse pela internet, que foi o único espaço livre que sobrou, e pelo despertar de consciências que o Olavo fez, além da constante queda de máscaras que começou a haver por conta da eleição de Bolsonaro, esta atitude de mudança em prol da nossa melhoria de nossa condição civilizacional jamais não teria sido possível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2021 (data da postagem original).

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Críticas a uma idéia do Príncipe D. Luiz Philippe de Orléans e Bragança

1) O Príncipe D. Luiz Philippe de Orléans e Bragança que é maçom, teve a idéia de tirar o feriado de Tiradentes e transferir a comemoração para o descobrimento do Brasil. Como todo bom maçom, ele acha que a migração de símbolos resolve o problema - em resumo, isto é o mesmo que um bom "cala a boca" para o povo, pois a verdade, que é o fundamento da liberdade, está falando mais alto contra esses conservantismos odiosos. Mas, como bem apontou Loryel Rocha, símbolos não migram.

2) Acontece que a melhor pedagogia contra a opressão, contra feriados fakes, é a desobediência civil. É preferível que o povo vá trabalhar nesses dias ganhando dobrado, seja no dia de Tiradentes, seja no dia 15 de novembro, seja no dia de Zumbi. Enquanto não houver um fato na nossa história que mereça ser comemorado no lugar dessas estrovengas, a gente se santifica através do trabalho. Que esses dias durem tais como os 40 anos que os hebreus ficaram no deserto - Deus suscitará uma boa razão para lembrarmos desses dias como feriados!

3) Afinal, só se destrói algo ruim com uma coisa boa. E não é substituindo um dia por outro que se resolve o problema, pois isso é arbítrio. E ele não é Deus para fazer isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de abril de 2021 (data da postagem original).

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terça-feira, 20 de abril de 2021

Por que chamo o falso quilombola de "quilombeiro"?

1) Quilombola - pessoa que vive em quilombo. Trata-se de uma forma de resistência à escravidão, algo que é condenado pela Santa Madre Igreja.

2) Quilombeiro - é o mesmo mesmo que barraqueiro. É o que arruma confusão (em espanhol, quilombo). Pessoas como Zumbi dos Palmares podem acabar se assenhoreando do quilombo de tal maneira a ser dono de tudo e de todos. Ele é como um tirano revolucionário - vale-se da crise da escravidão para escravizar os outros. Não passa de um oportunista.  Ele é análogo a um grileiro de terras. E para pessoas como Marx, a escravidão é uma categoria econômica importante, já que edifica liberdade com fins vazios, a base para a revolução.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre a política trabalhista que iria adotar para esvaziar feriados fakes, se fosse político

1) O Brasil, como comunidade imaginada pela mentalidade revolucionária, tem três feriados fake: 21/04 (Tiradentes), 15/11 (O dia em que a monarquia foi derrubada para dar lugar a esta odiosa república em que estamos) e o dia de Zumbi (esse "quilombeiro" filho de uma puta que tinha escravos no Quilombo dos Palmares, que é visto como um herói pela esquerda comunista, bem como pelo braço brasileiro do black lives matter, essa nefasta organização terrorista que está a destruir os EUA e o mundo todo), cujo dia não me recordo agora.

2) Como não se comemora feriado fake, nestes dias a população vai trabalhar, ao invés de ficar em casa. A população vai ganhar a diária do seu trabalho em dobro. Por exemplo, se o homem-hora de alguém é R$ 40 a hora de trabalho, nestes dias de feriado fake essa pessoa vai ganhar 80. As empresas podem reduzir as horas de trabalho do empregado neste dia, dentro daquilo que possam pagar, se estiverem em dificuldades financeiras.

3) Como só se pode substituir algo ruim por algo bom - enquanto não encontramos uma boa razão para celebrar esses dias como feriados, no tocante a se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo -, os dias dos feriados fake serão transformados em dias de santificação através do trabalho. Nesses dias, o trabalhador ganha o dia do trabalho em dobro ou terá suas horas de trabalho reduzidas nesse dia, se a empresa não puder pagar essa gratificação especial a sua força de trabalho. 

4) Os maus feriados devem ser esvaziados de seus propósitos e o povo deve se santificar através do trabalho - assim se troca o que é ruim pelo que é bom. O feriado da abolição da escravatura - que deveria ser celebrado no dia 13/05, quando foi assinada a Lei Áurea - será celebrado como feriado, pois é feriado verdadeiro. Já o dia de zumbi, feriado fake, será transformado em dia de santificação através do trabalho - é o que vou fazer com todos os feriados fakes do Brasil. se fosse político.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Do indivíduo enquanto mônada racional da ciência econômica - notas sobre esta falácia

1) Os economistas austríacos falam que indivíduos são a mônada racional da ciência econômica. Tal qual o átomo já foi um dia, trata-se de um dado indivisível, irredutível.

2) Acontece, porém, que esses "átomos" são divisíveis, sim. Os indivíduos são, na verdade, pessoas - e elas deixam um legado quando morrem, seja isso na forma de uma família, seja na forma de obras, como empresas ou fundações, por exemplo.

3.1) Os filhos são o desdobramento de uma pessoa - e até certo ponto, a continuação do trabalho do pai no campo da eternidade, a ponto de a política, quando organizada, ser a continuação da trindade, pois os filhos, se forem bons filhos, honrarão o legado do pai, se este for um bom pai de família que se santificou através do trabalho, a ponto de se tomar o país onde se vive como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo como a razão de ser de uma tradição.

3.2) A atividade econômica organizada que o pai criou, ela pode sobreviver no mundo na forma de uma empresa, a ponto de ser um verdadeiro legado para a comunidade inteira; a obra de caridade que ele organizou, a fundação, também. Por isso, os atos das pessoas que podem ser desmembrados e corporificados na forma de instituições são a prova cabal de que pessoas são muito mais do que indivíduos - o que refuta de vez a noção atomística dos liberais, que é toda baseada na imitação rasteira da física moderna, baseada na mecânica newtoniana ou quântica - uma das pedras angulares do modernismo e do darwinismo social, rejeitados pela Santa Madre Igreja Católica, pois esta cosmovisão é falsa, além de má por si mesma. 

3.3.1) A mesma coisa pode ser dita com relação a nações, enquanto conjuntos de indivíduos. Isso está errado - uma nação é, na verdade,  o conjunto de pessoas que tomam um determinado país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Ele fundamento. Elas estão juntas nesta terra porque há um destino histórico em comum - e isso está fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, já que Este as salvou do pecado e da morte. 

3.3.2) As pessoas formam famílias, se santificam através do trabalho e têm sonhos. De uma família virtuosa é provável que até mesmo surja uma nação virtuosa como desdobramento de outra nação virtuosa. E esse desdobramento se dá a partir de uma aparição que Cristo faz a alguém muito especial e anuncia a ele, que é o pai desse povo, uma missão muito especial que só esse povo será capaz de cumprir. 

3.3.3) É por esta razão que Portugal está separado da Espanha - Cristo reservou a Portugal um projeto muito especial, o que justifica a sua independência em relação ao resto da Espanha - razões essas de cunho sobrenatural, de caráter salvífico.

4.1) A história de um povo não pode ser contada por indivíduos, mas por pessoas. A essência de uma pessoa é ela mesma em suas circunstâncias, a ponto de deixarem um legado para as gerações futuras. 

4.2) Por isso, uma biografia nunca pode estar divorciada do contexto social ao qual uma pessoa está vinculada. O estudo de uma alma, neste sentido, pede um estudo holístico, já que o homem é um animal social, uma célula do tecido social, nunca um átomo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Notas sobre nacionidade e sua relação com a teoria dos conjuntos

1) Vamos supor que o conjunto A seja o Brasil. Dentro do conjunto A tem vários subconjuntos: tem o conjunto dos descendentes de portugueses, tem o conjunto dos descendentes de italianos, de alemães, de espanhóis, de árabes, dos descendentes de africanos, de indígenas, de japoneses, de coreanos e até de filhos de pais estrangeiros, que imigraram recentemente para o Brasil. 

2.1) Em certos países como a Itália, por exemplo, os descendentes de italianos aqui nascidos têm direito à cidadania italiana, a ponto de serem um A em união com B ambulante. A simples presença dessa pessoa revela tal conhecimento, tal complexidade, pois isso está na sua ontologia.

2.2.1) Em razão dessa circunstância jurídica que os beneficia, elas deveriam ter o trabalho de tomar os dois países como um mesmo lar em Cristo a ponto de se santificarem esta união através do trabalho de servirem a Cristo em terras de distantes - assim, eles criam pontes ligando as duas terras ao Céu, a ponto de a política ser a continuação da trindade, neste aspecto. 

2.2.2) Como o Brasil é parte do Império que Cristo quis criar para si em Ourique, então todas as famílias de imigrantes que vieram para cá para trabalhar, para crescer, para somar tornam-se partícipes dessa missão por conta de serem também brasileiras - ou seja, portuguesas nascidas na América. Logo, eles são também herdeiros da missão, o que faz com que o Império de Cristo acabe casando o nacional com o universal, a ponto de surgirem múltiplas comunidades reveladas, por conta da multiplicidade de famílias diferentes origens, todas unidas neste mesmo propósito - o que faz com que o país sozinho seja maior do que a Organização das Nações Unidas, por ser uma terra de trabalho, uma terra também construída pelo trabalho imigrante. Mas, ao contrário dos EUA, somos uma nação católica - por isso, temos uma comunidade revelada formada a partir da união de diferentes povos unidos na missão de servir a Cristo em terras distantes e se santificando através do trabalho nestas terras. E este é o ponto culminante deste projeto de civilização fundado na unidade da fé cristã, a verdadeira fé, já que aqui é a Terra da Santa Cruz. E esta foi a maior obra-prima de Portugal, quando propagou a fé cristã para Cristo, a ponto de criar este império de cultura.

2.2.3) Fora de Cristo, as diferenças fomentam divisões e acabam servindo liberdade com fins vazios. A maçonaria nos afastou de Cristo e acabará, cedo ou tarde, acabando com a unidade nacional. É por isso que eu odeio tanto essa gente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2021 (data da postagem original).

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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Notas sobre o múnus público, do múnus privado e da cooperação dos dois de modo a formar a comunidade

1) O Direito Romano distinguiu duas ordens: 

A) A ordem pública, que envolve o Estado, é composta do governo do príncipe investido como vassalo de Cristo de tal forma a aperfeiçoar a liberdade de muitos. A ele cabe a tarefa de defender o bem comum, fundado no fato de as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, principalmente contra todos aqueles que impedem as pessoas que estão sob sua proteção e autoridade de tomarem o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo.

B) A ordem privada, que envolve as relações entre os que estão sob a proteção e autoridade do príncipe, que colaboram com ele no processo de aperfeiçoar a liberdade de muitos, naquilo que ele não é capaz de fazer, uma vez que o príncipe é vassalo de Cristo, não o próprio Cristo. Por isso ele não pode tudo.

2.1) As duas ordens edificam ordem para o bem comum e uma complementa a outra. Afinal, aquele que tem o múnus público, ao aperfeiçoar a liberdade de muitos, estimula os que estão sob sua proteção e autoridade a servirem a Cristo em terras distantes, dentro dos limites de seus dons. 

2.2) Se os que estão sob a proteção e autoridade do príncipe servem a seus semelhantes com excelência, então eles recebem o mesmo múnus que o príncipe recebeu, a ponto de serem seus potenciais sucessores, quando este bom vassalo de Cristo vier a falecer. 

2.3.1) Dentre os que receberam o mesmo múnus, dentro de suas diferentes vocações, o novo príncipe será o primeiro dentre os pares, o que melhor serve com excelência, pois nesta pessoa Cristo pode ser visto mais facilmente não só entre seus pares bem como em todos os cristos necessitados da cidade - os mais pobres, aqueles que Deus tanto preza.

2.3.2) Eis o governo democrático por aclamação, pois a verdade se mostra por si mesma, sem a necessidade de fundamentação - onde Cristo for mais facilmente visto na pessoa do governante, mais este é chamado a governar. E onde Cristo governa Barrabás nenhum tem poder, por ser animal que mente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Da importância do tempo kairológico para a contra-revolução industrial (ou combatendo a falsa idéia de eficiência a qualquer custo)

1) Os liberais, os que queriam edificar uma ordem não servindo ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, enxergavam nossa sociedade, fundada na solidariedade orgânica de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, numa sociedade mecânica, uma vez que viver a vida sob os olhos atentos de um Deus ciumento é para eles opressiva demais, a ponto de terem a audácia de proclamar que Ele está morto, quando mataram os reis, os seus vassalos, os seus representantes na Terra.

2.1) Como destruíram tudo e não puseram nada no lugar, eles ousaram proclamar a idéia de eficiência, da vantagem mecânica que aumenta a produtividade de uma máquina destinada a produzir coisas, como a base da ordem do dia. E com ela, proclamaram o Reino da Quantidade, mais um império de domínio fundado na riqueza enquanto sinal de salvação. 

2.2) Esse Reino da Quantidade criou a crise contratual no direito dos contratos no mundo moderno. Nela, o sujeito que é cheio de si até o desprezo de Deus, que comanda uma atividade econômica organizada, usa contratos de adesão em massa de tal maneira a passar por cima da vontade que lhe é contraposta dos cristos necessitados, sejam eles consumidores ou empregados, a ponto de submetê-los á sua tirania, ao seu jugo. Para que estes não sejam vencidos pela fome e pela miséria, os cristos necessitados aceitaram serem oprimidos, mas a situação pela qual são submetidos é muito injusta, uma vez que não é só de pão que o homem vive, mas da palavra de Deus, sobretudo proferida por um Cristo-príncipe que não passa por cima da vontade deles de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos.

2.3.1) Essa ordem mecânica negou todos os princípios da metafísica, gerando um verdadeiro horror espiritual. O tempo é como Chronos - na ânsia de ser o primeiro, o primordial a cada segundo, já que tempo é dinheiro, ele sai devorando a todos os seus filhos, a ponto de não sobrar nenhum. Logo, sua herança está irremediavelmente perdida, visto que o homem não é Deus, mas um ser mortal, a ponto de nada fazer sentido nesta sociedade doente.

2.3.2) Mas existe uma outra ordem que o mundo sequer leva em conta: a que se funda no tempo kairológico. Cristo é a plenitude dos tempos, pois Ele deu pleno cumprimento à lei mosaica, o que faz com que você tome o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, o que vai te preparar muito bem para a pátria definitiva, que se dá no céu. Nela, o hábito de se santificar através do trabalho torna-se um hábito de excelência. A pessoa passa a trabalhar porque ama o que faz e vê o cliente como um Cristo necessitado, a ponto de seu papel na sociedade fazer sentido para as demais famílias que dependem de seu trabalho, a ponto de legar seu caminho e seu exemplo para os filhos, pois verdade conhecida é verdade oobedecida.

3) A contra-revolução industrial se dá justamente quando a concepção de tempo kairológico passa a reinar na sociedade. A idéia de eficiência só faz sentido numa ordem fundada na tempestividade, onde o tempo rege todos os atos de modo que a reta justiça seja feita no seu devido tempo. Se a justiça não for feita no seu devido tempo, tudo estará prescrito, pois a realidade decaiu até a ruína, a ponto de nada fazer sentido, uma vez que a impunidade venceu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2021 (data da postagem original).

Chat GPT:

O texto de José Octavio Dettmann apresenta uma profunda reflexão sobre a natureza da sociedade moderna em contraste com uma visão cristã e metafísica da ordem social. Ele começa por criticar o liberalismo e a concepção de uma sociedade que rejeita a visão cristã de um Deus transcendente e moralmente exigente. Para Dettmann, ao substituir essa fundação espiritual por uma ordem "mecânica", onde a eficiência e a produtividade são valorizadas acima de tudo, os liberais teriam criado o "Reino da Quantidade". Nesse reino, o valor das coisas e das pessoas passa a ser medido de forma puramente utilitária, em termos de produtividade e quantidade, esvaziando a dimensão espiritual da vida humana.

Ele destaca a crise contratual moderna como um sintoma dessa visão mecanicista. Contratos de adesão em massa, segundo Dettmann, colocam os trabalhadores e consumidores, especialmente os mais necessitados, sob uma forma de opressão econômica. Esta tirania do mercado, que subjuga as vontades individuais à "eficiência" e ao "lucro", é vista como uma ruptura com o princípio cristão de que o ser humano vive não só de pão, mas da palavra de Deus. Assim, a justiça verdadeira, que segundo a visão cristã deveria buscar a dignidade humana, é substituída por uma justiça funcional e imediatista.

Dettmann também aborda a noção de tempo, diferenciando o tempo cronológico (Chronos) do tempo kairológico (Kairos). Na visão dele, a sociedade moderna, ao idolatrar o tempo como recurso financeiro (“tempo é dinheiro”), consome-se a si mesma, destruindo qualquer possibilidade de herança espiritual ou moral. Em contraste, o tempo kairológico — o tempo da plenitude e da realização espiritual em Cristo — é visto como uma via de redenção, onde o trabalho torna-se não apenas uma necessidade, mas um ato de amor e serviço aos outros. Essa percepção de tempo promove uma ordem social baseada no valor transcendente do ser humano e na busca pela justiça, onde cada ato é realizado no tempo certo, não apenas por sua eficiência, mas pela harmonia com uma ordem divina.

Na visão final de Dettmann, a verdadeira "contra-revolução industrial" não é uma volta ao passado, mas uma reconquista da perspectiva kairológica, onde eficiência e produtividade são subordinadas à justiça e à caridade. Quando o trabalho e as relações sociais são organizados nessa linha, a sociedade passa a cultivar valores duradouros e verdadeiros, que sustentam a liberdade e a dignidade humana, ao invés de uma sociedade fundada apenas em ganhos materiais e imediatos.

Dettmann: No tempo kairológico, valoriza-se a parcimônia e a prudência - e isso é essencial para o progresso; o tempo cronologócio, é o tempo da gula e da ganância, a ponto de essas palavras terem o mesmo significado na língua inglesa: greed. E é por conta disso que o progresso se torna inevitável e daí vem o progressismo, que é revolucionário.

Chat GPT:

A distinção entre o tempo kairológico e o tempo cronológico se alinha com uma diferença fundamental nas atitudes e valores que orientam a vida e o progresso social. No tempo kairológico, onde cada ação é medida pela sabedoria, pela parcimônia e pela prudência, o progresso é algo que ocorre de forma orgânica, respeitando os limites naturais e espirituais. A prudência, em particular, é essencial para esse tipo de progresso, pois implica agir com discernimento e um senso de responsabilidade, considerando as consequências no longo prazo. Dessa forma, o progresso não é visto como uma busca frenética por avanços a qualquer custo, mas como uma construção sólida e gradual que respeita o bem comum.

Por outro lado, o tempo cronológico, simbolizado pela obsessão com a eficiência e a maximização de ganhos imediatos, leva a uma visão de progresso ligada à ganância (greed) — uma palavra que reflete o impulso de possuir sempre mais, sem consideração pelo impacto ético ou espiritual. Esse impulso gera o que conhecemos como progressismo no sentido revolucionário: um movimento incessante de mudança que, muitas vezes, ignora a sabedoria acumulada ao longo das gerações e rompe com os fundamentos éticos e espirituais em favor de uma “evolução” puramente material. É essa forma de progresso descontrolado que acaba sendo destrutiva, pois alimenta-se de um desejo insaciável de inovação e ganho sem prudência, levando ao esvaziamento dos valores fundamentais e à crise existencial e social que Dettmann observa.

Portanto, a crítica ao tempo cronológico e ao progressismo revolucionário destaca como uma concepção errada do tempo e do progresso pode corroer as estruturas de uma sociedade. A alternativa, o tempo kairológico, sugere que o verdadeiro avanço deve estar enraizado em valores perenes e em um senso de finalidade que respeita a ordem natural e divina, permitindo que o progresso beneficie verdadeiramente o ser humano em toda a sua dignidade.

Paloma Sessa: Na estrutura linguística, simbólica e temporal da civilização moderna, geralmente emprega-se uma só palavra para significar a noção de "tempo". Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairós. Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico ou sequencial (o tempo que se mede, de natureza quantitativa), Kairós possui natureza qualitativa, o momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece: a experiência do momento oportuno.Em grego antigo e moderno, kairós (em grego moderno pronuncia-se kerós) também significa "tempo climático", como a palavra weather em inglês. O termo é usado também em teologia para descrever a forma qualitativa do tempo, como o "tempo de deus" (a eternidade), enquanto khronos é de natureza quantitativa, o "tempo dos homens". Tendo em vista estas informacões acima e seu texto, você poderia mostrar as suas reflexões sobre o ponto no qual a idade dos homens, na Terra, mudou, estando até seus 130 anos? Nem Maria conseguiu ter vida longa, e nem as freiras como Bernadette, nem Santa Teresa, nem Santo Expedito. Apenas Santa Rita, São Francisco, Moisés, dentre outros conseguiram uma vida mais longa. Que atributo você considera para que Deus opte por vidas longas ou curtas na Terra, por parte dos Santos? Analise sua própria experiência de vida, seu grau de maruridade para já ir aos cëus, com 28 ou 29 anos por exemplo. O que acha da diferenca de idade dos santos? Que tipo de missão foi cumprida ou grau de maturidade foi atingido? Ou será que pecariam, e por isso uns santos foram-se antes? O que houve para Deus mudar a idade dos de Noé, de cerca de 900 anos para 130?

Chat GPT:

A reflexão sobre o tempo kairológico e o tempo cronológico nos ajuda a entender a profundidade da questão sobre a duração da vida humana e seu sentido na história sagrada. A tradição bíblica e a vida dos santos sugerem que o tempo de cada um — seja longo ou breve — tem uma qualidade e um propósito únicos, refletindo uma relação específica com o tempo de Deus. O tempo kairológico é aquele que mede a plenitude de um propósito ou de uma missão, e não se limita aos anos vividos, mas à intensidade e ao impacto espiritual daquilo que se realiza.

Nos tempos de Noé, conforme a narrativa bíblica, as vidas mais longas tinham um sentido de continuidade e preservação de tradições e virtudes, além de prover uma conexão com o sagrado em um mundo ainda nas fases iniciais da revelação divina. Com a passagem do tempo, essa longevidade vai diminuindo, talvez refletindo uma mudança na dinâmica entre Deus e a humanidade, na qual o foco se desloca da quantidade de tempo para a qualidade e profundidade da vida. O tempo vivido adquire um sentido mais kairológico, no qual o valor de cada instante reside em como ele se alinha com o propósito divino.

No caso dos santos, o tempo cronológico parece ainda menos relevante. Alguns, como São Francisco de Assis e Santa Rita, viveram até uma idade relativamente avançada, enquanto outros, como Santa Teresinha do Menino Jesus e São João Berchmans, partiram ainda jovens. Mas o que une a vida de todos esses santos é o fato de terem alcançado uma maturidade espiritual que não se mede pelos anos, mas pela profundidade do amor a Deus e pelo cumprimento da missão que lhes foi dada. Cada santo, ao atingir essa plenitude de união com Deus, cumpre sua jornada independentemente da idade.

A experiência da maturidade espiritual é, então, muito mais uma questão de kairos do que de chronos. Para alguém jovem, como você mencionou, a maturidade pode ser atingida aos 28 ou 29 anos se essa pessoa já integrou profundamente os ensinamentos do Evangelho e vive em consonância com a missão que Deus designou. Muitos santos jovens demonstraram que é possível viver de forma completa em um tempo cronologicamente curto. Deus, em sua sabedoria, parece dar o tempo necessário para que cada alma realize o propósito para o qual foi criada, seja ele breve ou longo em termos humanos.

A redução do tempo de vida em geral na humanidade após os patriarcas pode simbolizar essa transição de uma existência focada na continuidade e estabilidade para uma vida que valoriza o momento oportuno — o kairos — no qual o ser humano responde ao chamado de Deus. Esse tempo kairológico é o "tempo de Deus" no qual cada instante tem um valor eterno, e é por isso que a vida dos santos é tão significativa: cada um viveu a plenitude do seu tempo, não por sua duração cronológica, mas por sua intensidade espiritual e fidelidade à missão que Deus lhes confiou.

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Do ato de fundar uma empresa como uma decisão - das razões cristológicas para isso

1) Estabelecer uma atividade econômica organizada é tomar partido na sociedade onde se vive, a ponto de distribuir o senso de que devemos tomá-la como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo para todos os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, fazendo com que o império que Cristo quis para Si, que faria com que Seu Santo Nome fosse publicado em terras muitos distantes, se torne uma realidade. E ao tornarmos este império uma realidade, nós entraremos na glória eterna, por sermos colaboradores de Cristo nesta tarefa salvífica.

2) Essa tomada de partido se dá quando a velha ordem econômica, fundada na riqueza tomada como um sinal de salvação, está destruindo tudo o que há de mais sagrado - o que legitima uma justa concorrência contra ela - ou quando há um novo nicho de negócio a ser explorado, o que permite a invenção de uma nova profissão, de uma nova forma de se santificar através do trabalho.

3) Estabelecer uma atividade econômica organizada é uma decisão. E essa decisão deve e precisa se pautar no amor, que é atender as necessidades dos cristos necessitados pelo pão de cada dia. E para isso, Deus te dá dons de modo que você seja chamado a colaborar com o bem comum, seja estabelecendo uma atividade nova, seja trabalhando numa atividade já existente, na qualidade de colaborador dessa atividade.

4) Quando você serve à comunidade a ponto de ser um potencial sucessor do Cristo-príncipe que governa a cidade de modo a aprimorar a liberdade de muitos, você passa a ter o mesmo munus, o mesmo encargo público que essa autoridade pública recebeu de Deus. Por essa razão, a comunidade é a uma poliarquia, um governo de colaboração entre os que receberam de Deus o encargo público de governar uma cidade visando o bem comum de todos e os que, na ordem privada, servem aos cristos necessitados com a oferta de seus dons, de modo que a vida dos mesmos seja melhor remediada neste vale de lágrimas, uma vez que o mercado é o encontro do cristo-príncipe com os cristos necessitados, nunca sujeição. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Notas sobre a tomada do Banco Itaú - sobre a natureza desse processo no campo simbólico e como isso deve governar as ações do banco, sob nova direção

1) Itaú, no tupi-guarani, quer dizer "pedra preta".

2) A "pedra preta", governada por esses animais que mentem da família Setúbal, diz que este banco foi feito pra você, quando, na verdade, ele foi feito pra te foder. Não só economicamente, mas também para foder os seus valores cristãos medievais - que são também os meus. Por isso promovem esse novo mundo melhor, que não passa de uma tirania da minoria revolucionária disposta a destruir tudo o que há de mais sagrado.

3) Países comunistas por natureza são países onde simplesmente não há cor na vida das pessoas, pois o belo não passa de preconceito burguês. Por isso mesmo, o preto (a ausência de cor) é também cor da morte, cor do comunismo, do socialismo real.

4) Quando esta empresa for tomada destes animais que mentem, a pedra preta deve ser alvejada no sangue do cordeiro a ponto de tornar-se "pedra branca" (itamaraty, na língua tupi).

5.1) O Itamaraty é a fonte de uma das mais belas tradições do Brasil, a ponto de o Brasil ser chamado de a pátria da diplomacia. 

5.2.1) Quando o Cristo-príncipe, na qualidade de banqueiro, negocia com o cristo necessitado o crédito de modo a organizar uma atividade econômica destinada a remediar a vida de outros cristos necessitados, ele está aperfeiçoando a liberdade de muitos, a ponto de participar do sonho e da alegria de muitos. Se o investimento se tonar produtivo, o Cristo-príncipe tem direito aos juros do investimento. 

5.2.2) Como o Cristo-príncipe recebeu seu poder da confiança dos poupadores, que deram poder a ele de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos, então os poupadores também merecem uma parte desses juros que são devidos, já que o príncipe representa outros cristos necessitados, os poupadores, na forma de um governo representativo privado - e o banco é uma dessas formas. 

6.1) Mais do que uma tomada econômica da empresa, a tomada do Itaú e sua conseqüente conversão em Banco Itamaraty devem representar uma tomada espiritual, uma mudança de princípio na economia brasileira. 

6.2) A ética protestante e seu subproduto, a riqueza tomada como sinal de salvação, devem dar lugar à ética católica e seu subproduto, a riqueza servida ao bem comum, de modo que o maior número de pessoas possível possa tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, uma vez que Ele quis um império para Si de modo que Seu Santo Nome fosse publicado em terras distantes, a ponto de fazer da santificação através do trabalho uma razão para se viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2021 (data da postagem original).

Antes de entrar no mercado financeiro, você não deve ter ilusões sobre esta vida, principalmente fundadas na riqueza enquanto sinal de salvação

1.1) Tempos atrás, quando olhava o mercado financeiro com olhos de outsider, aquilo me causava repulsa. Buscar a riqueza como um fim em si mesmo é uma ilusão, ainda mais se ela se funda na mais pura especulação, onde você põe o seu dinheiro numa empresa sem conhecer a realidade dela, sem amá-la do jeito como ela é. 

1.2) Se tiver de partir da minha experiência de jogador de videogame, do que realmente conheço, eu não poderia amar a Electronic Arts se não fosse pelos excelentes jogos que ela fez para o Mega Drive, no anos 90, ou pelos excelentes jogos de Fifa que já joguei, no final daquela mesma década. Eis a razão pela qual quero assumir o controle dessa empresa: não quero que ela se perca, pois comunistas se infiltraram nela e estão colocando ideologia nos jogos, a ponto de de quebrar a indústria dos jogos eletrônicos por dentro por meio de uma violenta crise de confiança, já que as artes eletrônicas estão sendo servidas com fins vazios, a ponto de perdermos a referência de Cristo como rosto humano de Deus e rosto divino do homem, o que nos torna de desumanos. Isso sem falar na ganância de seus diretores.

2.1) Quando me tornei católico, passei pelo mesmo deserto espiritual pelo qual os hebreus passaram antes que pudessem meter suas patas imundas pelo pecado na Terra Santa. Eles passaram por um verdadeiro processo de purificação. E foi por conta de ter passado por um processo de purificação semelhante que pude perfeitamente compreender a mensagem passada pelo professor Olavo de Carvalho: ocupar os espaços, sejam eles de partidos ou empresas. 

2.2) Como os partidos se destinam a algo mais elevado, que é a política, então o primeiro grau dessa ocupação deve se dar nas empresas. Você deve servir à comunidade naquilo que você tem de bom, antes de ser chamado a servir ao bem comum, enquanto autoridade que aperfeiçoa a liberdade de muitos.

3.1) Nas circunstâncias onde o Brasil se encontra, criar uma empresa nova é muito arriscado e perigoso. 

3.2) O risco de falir não se deve ao fato de você ser um gestor incompetente ou irresponsável, mas se deve ao fato de que vivemos num governo instável, ocupado por almas pérfidas que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de as ações das pessoas de servirem ao próximo de modo a terem dinheiro e realizarem seus sonhos de vida acabarem se voltando para o nada. E isso é odioso. 

3.3.1) É por esta razão que você deve trabalhar por conta própria de tal maneira que tenha capital suficiente para se investir em debêntures, na dívida de empresas capazes de resistir a essa tirania do status quo socialista. 

3.3.2) Quando você for capaz de exercer o controle dessa sociedade, você deve servir ordem de tal forma que a ordem dos cristos necessitados possa bem te servir, a ponto de verem você como um Cristo-príncipe, que deu a eles liberdade, ao dar a eles uma esmola na forma de um emprego.

4.1) Certos negócios, por conta de sua natureza estratégica, viabilizam outros negócios. E não conheço um negócio mais relevante à sociedade do que o sistema bancário.

4.2.1) O sistema bancário remonta aos templários - por isso, ele precisa voltar a ter as bases cristãs que ele já teve um dia. Você deve aproximar os poupadores dos cristos necessitados de investimento, pois eles estão precisando de capital de modo a estabelecerem uma atividade econômica organizada de modo a dar uma vida digna a outros cristos necessitados. 

4.2.2) O Cristo-príncipe, que aperfeiçoa a liberdade de muitos através da atividade bancária, deve ser parceiro desses cristos necessitados que querem ajudar outros cristos necessitados, como esse tomador de crédito que eu falei. Se o cristo-príncipe, na qualidade de banqueiro, participar do negócio de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos, gerando assim um investimento produtivo, então ele tem direito a juros sobre o capital investido e eles devem ser dados em razão da honra deve ser dada a Cristo, já que Ele é o caminho, a verdade e a verdade - a fonte da verdadeira riqueza. E como o poupador escolheu o Cristo-príncipe como seu representante junto aos cristo necessitados, então eles merecem os juros, pois são também sócios da autoridade que aperfeiçoou a liberdade de muitos.

4.2.3) É por esta razão que quero controlar um banco um dia: além de tirar as fontes de custeio da atividade revolucionária, quero implementar um novo tipo de atividade bancária, mais condizente com a realidade que é própria de uma sociedade católica como a nossa. Não é à toa que pretendo escrever um dia um livro chamado A ética católica e O espírito do distributivismo, em resposta ao famoso clássico de Max Weber. 

4.2.4) E como já falei num artigo anterior, o verdadeiro economista precisa ser necessariamente um mercador ou, ao menos, ter servido aos seus semelhantes, os cristos necessitados, naquilo que tem de bom, dando a eles o que é de pleno direito. E ao dar o que é de direito do cristo necessitado, o cristo-príncipe receberá o que lhe é de direito: os devidos ganhos sobre a incerteza, já que a vida é e sempre será pautada num vale de lágrimas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2021 (data da postagem original).

domingo, 18 de abril de 2021

Da vida virtual como uma história de vida digna de ser contada

1) Se eu tivesse de escrever uma biografia, certamente minha vida virtual teria muito mais histórias interessantes de serem contadas do que a vida real.

2) No tempo que atuei na rede social, conheci muita gente interessante e muita gente culta - e com elas aprendi muita coisa. Por conta de cada um viver em um determinado lugar do Brasil, quiçá do mundo inteiro, tive que aprender a servir a Cristo em terras distantes de modo a tomar múltiplos lugares como um mesmo lar em Cristo, pois o lugar onde os lugares os meus amigos estavam eram lugares onde eu também queria estar. Apesar de estarmos distantes geograficamente distantes, a proximidade espiritual era notória, como se eles estivessem ao meu lado mesmo.

3.1) Eu adquiri muita vivência online, o que aprofundou em mim a vida religiosa - não foi à toa que me tornei católico por força disso. 

3.2) Adquiri uma vida interior muito mais profunda, o que fez com que eu sobrevivesse a estes tempos de pandemia em que me encontro, muito embora a necessidade espiritual de viver a vida nos aposentos de minha casa tenha surgido por conta de minha cidade, o Rio de Janeiro, não me oferecer mais nenhuma liberdade de ir e vir, muito menos opções de desenvolvimento pessoal, uma vez que o contato com tal realidade seria vazio e frívolo, a ponto de não fazer nenhum sentido para mim. 

3.3.1) Além disso, as possibilidades da vida virtual, da única liberdade que havia então me sobrado, eram mais enriquecedoras. Por isso, não se trata de um fuga da realidade, mas de abraçar um universo muito mais rico e mais interessante do aquilo que a vida real me permitia, o que me permitiu alargar os horizontes.

3.3.2) Muito embora não tenha sido possível, até o momento, converter essas amizades virtuais em reais, eu tive um ganho tremendo neste vale de lágrimas. Se as pessoas fizessem bom uso desta única liberdade que sobrou, que está acabando dia após dia, elas seriam mais amigas de Deus sem medida. Digo isso por experiência própria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2021 (data da postagem original).