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sábado, 12 de março de 2016

Notas sobre política, nestes tempos difíceis

1) Se política é dever do católico, eu posso cumprir o meu dever de várias formas. Como escritor, eu cumpro os meus deveres escrevendo; quem tem dom diverso satisfaz seus deveres para com a Lei Natural indo às ruas para protestar.

2) Como disse num artigo anterior, no corpo da pátria, tomado como se fosse um lar em Cristo, os membros nunca são iguais. Se cada um fizer o que é de sua alçada, este país progride, pois a verdade se impõe por si mesma.

3) Se política se faz a partir do momento em que as pessoas amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então é extremamente necessário que você conheça as pessoas, os dons que cada pessoa tem e aquilo que cada uma delas pode fazer e não pode fazer de modo a satisfazer os deveres próprios da Lei Natural, nesta difícil tarefa de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

4) O próprio ato de conhecer leva ao trabalho de organização. Um bom líder capacita as pessoas e chama os melhores, sempre respeitando os seus dons. 

5) A maior prova de que não existe um verdadeiro líder no meio das manifestações é porque todo mundo fica pressionando uns aos outros de modo a que façam aquilo que foge à alçada de cada um - um escritor não se sentirá muito útil na rua, do mesmo modo que um agente de rua se sentirá inútil estando em casa, neste momento mais importante. Há muitos soldados lutando contra o mal, mas não há comando. Essa gente pelo menos sabe uma coisa: eles não querem o comunismo. Por outro lado, se alguém esclarecido demonstrar a necessidade de restaurar a monarquia, vão fazer zombaria, sob a alegação de que monarquia é atraso. Essa gente não percebe que 20 ou 30 anos de liberalismo só faz o movimento comunista recrudescer, ficar ainda mais forte. 

6) Não é à toa que essa gente acaba virando massa de manobra do Revoltados Online, do Vem Pra Rua e do Movimento Brasil Livre. A junção das três divisões forma um exército de Brancaleone de proporções continentais.

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