1) Um pai de família é um microcosmos do rei, em sua casa - por essa razão, seus filhos e filhas são um microcosmos dos príncipes e princesas. Eles precisam aprender com o pai a servir à comunidade, na conformidade com o Todo que vem de Deus.
2) Certas famílias têm a propensão de ter mais princesas do que príncipes. Por essa natureza, o pai de família precisa ser necessariamente um formador de princesas - trata-se de um trabalho para a vida, pois formar alguém do zero aos 18 anos não é tarefa fácil.
3) Quando um pai de família é muito honrado e sua família tem uma excelente reputação no meio da comunidade, é muito comum que certas famílias queiram arranjar casamento com as princesas que ele forma, de modo a que sejam boas rainhas do lar. É por essa razão que o dote é uma compensação, um prêmio para o pai que forma moças com excelente caráter, de modo a que sirvam ao marido para toda uma vida.
4) O dote não é comprar uma pessoa, mas recompensar o pai de família com todas as despesas que ele teve de modo a preparar suas filhas para serem excelentes mulheres. Não existe um valor preciso, mensurável, de modo a se apurar as despesas que se têm de modo a se preparar alguém para a vida virtuosa. Por isso, é natural que o dote, a compensação por todo esse trabalho, seja de elevada monta.
5) Famílias grandes, com mais propensão de terem filhas a filhos, passam a vida inteira formando princesas ou adotando crianças do sexo feminino de modo a formarem princesas. O pai que forma princesas, dando-lhes cultura e instrução religiosa, é uma vocação como outra qualquer. Esses pais geralmente são pessoas de altíssima reputação e são as pessoas mais pias da paróquia. O desaparecimento desse tipo de família está muito relacionado à ascensão do feminismo enquanto ideologia, um fruto do utilitarismo inglês.
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