1) O fato de escrever o que escrevo a respeito dos partidos brasileiro e português se dá por conta de um chamado à realidade espiritual desta terra. Como no presente eu tendo a fazer uma reflexão mais profunda acerca dos fatos do passado, uma vez que as paixões do passado não me afetam, então eu me torno um elo entre esse passado e o futuro, por conta do meu trabalho de analista da História Política e Constitucional desta terra, um dos meus trabalhos enquanto jurista.
2) A necessidade de restauração desses partidos e de toda aquela circunstância se faz necessária. O parlamentarismo verdadeiro se funda no diálogo dessas duas facções históricas concretas - e esse debate não se da por cunho ideológico, mas por força dos reais destinos da pátria. Esses partidos são por essência a tensão dialética que se opera no âmbito do país, cujo destino foi marcado por conta da secessão a tudo aquilo que se fundou em Ourique, em razão de Portugal ter sido tomado pelas forças da mentalidade revolucionária. A secessão foi uma forma de preservar as verdadeiras fundações da pátria, em face do avanço da ideologia liberal, que prepara o caminho para a mentalidade totalitária. A secessão se funda na nossa sobrevivência enquanto civilização.
3) Como somos do continente americano, a nossa circunstância pede que sejamos a única verdadeira república no continente americano, fazendo um contraponto àquela falsidade estabelecida lá nos Estados Unidos da América. Dentro do nosso continente, há uma guerra fria entre o EUA e o Império do Brasil - uma guerra pela conquista das almas.
4) O partido brasileiro se tornará grande se fizer o Brasil servir-se de contraponto ao Estados Unidos. E para isso precisará da constante colaboração do partido português, de modo a que o exemplo do Brasil se espalhe por todo o continente.
5) Se a América é dos americanos, ela não deve se fundar na mentalidade revolucionária e modernista dos EUA, mas do exemplo da única república verdadeira que havia na América - o Império do Brasil. E isso se faz dialogando constante com a herança estabelecida em Ourique, que é tanto européia, quanto americana, africana ou mesmo asiática. Por conta disso, o mundo inteiro se funda no Brasil, no sentido mais universal e cosmopolita do termos. Enquanto os EUA se isolaram, o Brasil foi-se integrando, por conta do gênio português. E isso foi interrompido com a República - e à medida que a ordem foi entrando em metástase, ela desaguou no totalitarismo nazi-petista.
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