1) É importante não confundir a democracia, tal como a conhecemos hoje, com a aristocracia distribuída.
2) A ordem dos melhores se funda a partir da admiração. Não só os de baixo olham para os de cima como exemplo, como os de cima aprendem com os debaixo a servir a eles da maneira mais conforme o Todo possível.
3) Quando alguém que está num nível hierárquico abaixo se mostrar virtuoso e digno de ocupar uma posição superior, este é promovido, seja por merecimento técnico, seja por possuir qualidades pessoais compatíveis com aquilo que é próprio da natureza do encargo a ser assumido.
4) A aristocracia tem uma profunda relação com a doutrina do distributivismo. No âmbito político e administrativo, leva à meritocracia. E a meritocracia é a base de uma atividade econômica organizada, de modo a atender ao maior número de pessoas possível, de modo a que as necessidades comunitárias sejam atendidas e as pessoas possam continuar juntas na conformidade com o Todo que vem de Deus por muitos anos, até o fim da vida.
5) Da combinação da aristocracia com a meritocracia, surge o empreendedorismo. E é desse empreendedorismo e do senso de bem servir que nasce o comunitarismo. Todas essas coisas estão ligadas à sã doutrina católica.
4) A meritocracia impessoal só leva à tecnocracia, pois só as qualidades técnicas contam, ao invés do caráter. É por isso que muitos no funcionalismo público têm um péssimo caráter. Isso é fruto de uma ordem descristianizada, em que o Estado está dissociado dos valores da Igreja Católica.
5) Onde o dinheiro tende a falar mais alto, a meritocracia se promove através do servilismo que se dá ao se puxar o saco do chefe ou quando o sujeito é um bom técnico. Onde o amor ao dinheiro fala mais alto, a impessoalidade fala mais alto. Por isso que a eficiência é tomada como se fosse religião - a ordem pode até funcionar bem, como se fosse um verdadeiro relógio suíço, mas ela não estará embasada em sólidos valores morais.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 11 de março de 2016 (data da postagem original).
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