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domingo, 6 de março de 2016

Devemos ver o que não se vê

1) Ainda que um fato não tenha ocorrido, só a possibilidade de que isso possa acontecer é tão real quanto a presença de um fato real, pois onde houver a fumaça do bom direito, fundada na verdade, ali estará a presença da Santa Cruz em pessoa, dando a impressão de que o próprio Cristo está nos lembrando daquilo que devemos fazer, de modo a servirmos a Ele dentro das nossas circunstâncias de escritor.

2) É por essa razão que contar histórias de ficção não é o mesmo que contar mentiras. Pois as mentiras são essencialmente falsas; as histórias, ao contrário das mentiras, são um atestado de que elas podem ser reais, ainda que de fato não a tenham ocorrido. E o caráter da fantasia é preparar o caminho para a realidade da eternidade, para aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

3) Se é salutar ver o que não se vê, então devemos sempre escrever histórias, de modo a retratar o que não se vê. É isso que edifica o espírito em face de uma ordem mundana e materialista.

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