1) Sobre a questão da necessidade de se moderar constantemente o gênio dos componentes do Partido Brasileiro, isso se deve ao fato de que a nefasta influência do liberalismo fez com que o Império do Brasil renegasse aquilo que foi edificado em Ourique e abraçasse o quinhentismo, ao adotar um símbolo inventado, falso, chamado indianismo.
2) Se o nosso imaginário político se funda desde a literatura, então escritores como José de Alencar prestaram um verdadeiro desserviço à nação. O indianismo renega Ourique - e como a República se funda no fato de se tomar o país como se fosse religião, já que todo um caminho foi preparado para isso, o modernismo, que é o sucessor literário do romantismo, criou um macunaíma, um retrato decaído do bom selvagem de Rousseau. Ele é a consagração da insinceridade que é o nacionalismo, fundado num modelo inventado, fingido - ele é uma caricatura, algo ridículo.
3) A contestação cultural serviu de modelo para a contestação política de modo a destruir todos os fundamentos políticos do Império do Brasil. E o caminho foi todo preparado para o totalitarismo do Estado Novo - quanto mais se abraçou uma falsa brasilidade, fora daquilo que foi edificado em Ourique, mais o Brasil se decaiu.
4) O Brasil necessita de doses moderadas de Portugalidade, de modo a que sirva como se fosse um exemplo para todo o Novo Mundo Civilizado. Se as republicanas bananeiras do continente americano precisam ter juízo, elas encontrarão no Império do Brasil a sua razão de ser, de modo a restaurar as Espanhas que foram perdidas, pois o Brasil foi por um tempo possessão espanhola, apesar de fortes elementos da fundação portuguesa.
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