1) Quando os monarquistas estiveram proscritos do debate público, houve um movimento chamado Pátria Nova. Eles defendiam a queda da república e a restauração da monarquia - como não podiam pregar abertamente suas posições, eles foram construindo sua influência através do prestígio pessoal dentro dos círculos monárquicos, mais ou menos a mesma lógica como havia para as catacumbas, no tempo das perseguições ao Cristianismo. Como vivo num país descristianizado e marcado pelo relativismo moral, eu também me valho da tática das catacumbas, de modo a pregar o meu pensamento, pois esta é a medida mais eficaz que se conhece, em tempos de circunstâncias desfavoráveis.
2) Embora seja um movimento legítimo, tanto do ponto de vista histórico quanto do ponto de vista da Lei Natural, a principal crítica que devemos fazer está no fato de usar a expressão "nova". Pois a palavra "nova" carrega dentro de si o germe do salvacionismo e do quinhentismo, coisas que apontam a marca do pensamento liberal dos primeiros anos do Império.
3) Outra crítica que se pode fazer está no fato de que eles escreverão uma nova Constituição para a ordem monárquica, sem a preocupação de fazerem uma repristinação da histórica Carta de 1824, cujo vigor foi suspenso por conta da derrubada da monarquia, por parte dos republicanos. Eu já vi esse negócio de reescreverem a constituição infinitas vezes, tal como se deu na República - e o resultado é sempre um desastre.
4) Seria mais sensato que a Carta de 1824 voltasse a vigorar, com as regras todas modificadas, de modo a atender esse novo desafio que é reger uma sociedade bem diferente daquela que havia no tempo do Império. A carta de 1824 podia ser modificada, contanto que não fossem violados os direitos fundamentais dos cidadãos e as prerrogativas do Imperador, quanto ao exercício do Poder Moderador dentro do contexto da ordem monárquica. Nossa Constituição era flexível - e é mais sensato que se mantenha essa flexibilidade construtiva, pois elaborar constituições rígidas só leva a se reescrever a constituição muitas vezes, por conta do salvacionismo.
2) Embora seja um movimento legítimo, tanto do ponto de vista histórico quanto do ponto de vista da Lei Natural, a principal crítica que devemos fazer está no fato de usar a expressão "nova". Pois a palavra "nova" carrega dentro de si o germe do salvacionismo e do quinhentismo, coisas que apontam a marca do pensamento liberal dos primeiros anos do Império.
3) Outra crítica que se pode fazer está no fato de que eles escreverão uma nova Constituição para a ordem monárquica, sem a preocupação de fazerem uma repristinação da histórica Carta de 1824, cujo vigor foi suspenso por conta da derrubada da monarquia, por parte dos republicanos. Eu já vi esse negócio de reescreverem a constituição infinitas vezes, tal como se deu na República - e o resultado é sempre um desastre.
4) Seria mais sensato que a Carta de 1824 voltasse a vigorar, com as regras todas modificadas, de modo a atender esse novo desafio que é reger uma sociedade bem diferente daquela que havia no tempo do Império. A carta de 1824 podia ser modificada, contanto que não fossem violados os direitos fundamentais dos cidadãos e as prerrogativas do Imperador, quanto ao exercício do Poder Moderador dentro do contexto da ordem monárquica. Nossa Constituição era flexível - e é mais sensato que se mantenha essa flexibilidade construtiva, pois elaborar constituições rígidas só leva a se reescrever a constituição muitas vezes, por conta do salvacionismo.
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