1) A lei sálica veda que mulheres ou homens que descendam de mulher assumam o trono. A razão pela qual existe isso é para evitar que haja uma união pessoal com uma nação estrangeira e este reino acabe sendo assimilado pelo outro reino. Isso é a prova cabal de nacionalismo.
2) A lei sálica dá maiores responsabilidades ao Rei - e mais responsabilidades pedem mais poderes. É como se o Rei fosse não apenas o pai da pátria, uma espécie de Deus vivo. Por isso, o Rei passa ter corpo temporal e corpo espiritual. E isso dá a impressão de que a nação está sendo tomada como se fosse uma segunda religião, a tal ponto que a Igreja tende a ser refém das vontades do Rei, como houve no galicanismo.
3) O nacionalismo típico da França se deve por conta dos muitos anos em que houve lei sálica. E foi neste país onde o absolutismo monárquico foi praticado de maneira mais radical, gerando conseqüências ainda mais desastrosas, como a Revolução Francesa. Como a França não podia fazer uniões pessoais por conta de eventuais crises sucessórias, a política interna acabava se tornando mais tensa, dado que havia mais pressão sobre o Rei de modo a fazer um sucessor - e quando não conseguia fazer um, havia guerra civil, pois o trono estaria vago, em disputa.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2016.
Matérias relacionadas:
http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/o-que-acontece-quando-uma-rainha-assume.html
2) A lei sálica dá maiores responsabilidades ao Rei - e mais responsabilidades pedem mais poderes. É como se o Rei fosse não apenas o pai da pátria, uma espécie de Deus vivo. Por isso, o Rei passa ter corpo temporal e corpo espiritual. E isso dá a impressão de que a nação está sendo tomada como se fosse uma segunda religião, a tal ponto que a Igreja tende a ser refém das vontades do Rei, como houve no galicanismo.
3) O nacionalismo típico da França se deve por conta dos muitos anos em que houve lei sálica. E foi neste país onde o absolutismo monárquico foi praticado de maneira mais radical, gerando conseqüências ainda mais desastrosas, como a Revolução Francesa. Como a França não podia fazer uniões pessoais por conta de eventuais crises sucessórias, a política interna acabava se tornando mais tensa, dado que havia mais pressão sobre o Rei de modo a fazer um sucessor - e quando não conseguia fazer um, havia guerra civil, pois o trono estaria vago, em disputa.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2016.
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