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sábado, 10 de setembro de 2016

O conservantista, por ser moderado, co-rompe junto com o radical

1) Se conservadorismo implica conservar a dor Cristo, então significa também estar com a serva do Senhor, a Virgem Maria, dado que ela é o atalho para o caminho, a verdade e a vida, que é Cristo Jesus, seu filho.

2) Se conservantismo implica conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então isso implica romper com tudo o que é nobre e edificante. Por essa razão, todo conservantista colabora com o radical de modo a romper com passado. Por isso mesmo, a função do moderado é essa mesma: corromper.

3) Chega a ser um verdadeiro paradoxo: o país quer acabar com a corrupção, mas querem conservar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade: esta república, o quinhentismo, os heróis fakes e outras fraudes que ora me esqueço de citar, uma vez que não gosto de lembrar disso. Enfim, durma-se com um barulho destes. E depois ficam bravinhos comigo quando os chamo daquilo que eles são: apátridas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de setembro 2016.

Algumas especulações a respeito de uma teoria quadridimensional do Direito

1) O tempo rege os atos da vida humana.

2) Os atos da vida humana, através da ação da mão invisível de Deus, geram fatos.

3) Os fatos, através da imprensa, ganham repercussão econômica e política relevante.

4) Por conta dessa questão, normas jurídicas são editadas. E essas normas jurídicas, para serem verdadeiramente constitucionais - no sentido de estarem em conformidade com o Todo que vem de Deus -, precisam estar pautados na Lei Natural, fundada no fato de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, coisa que se pauta na Aliança do Altar com o Trono, tal como foi edificada em Ourique.

5) Dentro dessas questões, o direito pode ser pensado dentro dessas quatro dimensões, uma vez que a realidade é dinâmica e não estática. Há um brocardo que sintetiza bem essa questão: Deus ex Machina (Deus é movimento), a tal ponto que as formas se readequam constantemente de modo a que continuem respondendo à santa verdade, sem relativizar aquilo que é mais sagrado: o conteúdo, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, próprio de quem conserva a dor de Cristo, dor essa que cria a verdadeira liberdade, sem a qual a vida não faria sentido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de junho de 2016.

Notas sobre a importância da meditação

1) Se o pensamento é um rio subterrâneo, então a meditação é a forma que encontramos de modo a trazer este rio à superfície.

2) É trazendo este rio para a superfície que começamos a pescar homens, pois nele fazemos a troca autística daquilo que é errado, fundado no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, pelo certo, fundado no fato de se conservar a dor de Cristo; como isso se dá em escalas, a gente começa conservando o que é conveniente e sensato.

3) É através da meditação que deixamos de ser água e passamos a ser vinho. É através da meditação que deixamos de ser crus e passamos a ser cozidos. Afinal, o que é uma boa vida senão estar sentado à mesa comendo uma boa comida, tomando uma boa bebida e tendo uma conversa edificante com todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2016.

A modernidade líqüida é explicada por conta da proletarização geral da sociedade

1) No sentido romano do termo, proletário é todo aquele que não colabora com a sociedade política, a não ser com a sua própria prole.

2) Ele não colabora com a sociedade política honrando pai e mãe, quebrando toda uma tradição sólida. Dessa má consciência presente, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, ele vai educando seus filhos para um futuro fundado numa vida de hedonismo e tendo a liberdade que quiserem, fundada em sabedoria humana dissociada da divina. No final, o que é líqüido se torna gasoso, a tal ponto que os indivíduos se tornam atomizados, uma vez que a sociedade moderna se funda na não-crença na fraternidade universal, fraternidade universal essa que decorre da conformidade com o Todo que vem Deus, base para tudo o que é sólido, bom, uma vez que se pauta no verdadeiro.

3) Onde tudo é relativo, a manutenção das atividades produtivas tende a perder sentido, a tal ponto que a sucessão dessas mesmas atividades se torna cada vez mais difícil, a ponto de se tornar inviável. Se não há membros na família dispostos a honrar pai e mãe, então a instituição da família está abolida, assim como a noção de propriedade privada, coisa que vem do legado familiar.

4) É por esta razão que digo que a Revolução Industrial não pode comandar o ritmo geral de vida na sociedade, pois tudo se torna relativo - e se tudo se torna relativo, é porque não existe verdade alguma. E se não há verdade alguma, então Deus não existe - e isso desliga a Terra àquilo que decorre do Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2016.

Como a revolução Industrial edifica modernidade líqüida?

1) Se o industrialismo é no fundo salvação através do conhecimento, pois é a partir dele que podemos transformar matérias-primas em bens de consumo, então ele se funda no fato de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

2) É a partir do conservantismo que toda uma tradição se liqüefaz, de tal modo que ela se reduz a um formalismo vazio, voltado para o nada. Como o conservantismo se perfaz através de uma cultura de legalismo, de fingimento, este conservantismo dá causa à negação à fraternidade universal, coisa essa que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) É por conta desse conservantismo que a revolução perde a sua dimensão latina, fundada em renovação de um ciclo natural própria da realidade das coisas, e passa a adotar um sentido germânico do termo, que implica romper com o passado e criar algo a partir do nada, uma vez que o conhecimento permite que se transforme matéria-prima em bens de consumo. E neste ponto ciência vira religião - e o racionalismo se torna um fideismo. É assim que se fabricam ateus - como tudo isso edifica liberdade para o nada, é natural que isso leve os infelizes ao suicídio, pois nada de bom poderá florescer daí.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2016.

O senso de tomar o país como se fosse um lar nasce do vínculo com a terra, coisa que é criada a partir da agricultura

1) Para se tomar o país como se fosse um lar, a pessoa precisa ter um vínculo com a terra onde nasceu. E esses laços com a terra se dão a partir da agricultura.

2) Se a vida comunitária nasce da amizade, do fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então os laços da terra tomada como se fosse um lar são distribuídos a toda a comunidade, uma vez que minha casa é também a casa dos meus amigos.

3) Quando são pelo menos 4 gerações agindo assim, então temos o senso de nacionidade, pois tomar a terra onde nasceu como se fosse um lar em Cristo pede toda uma tradição virtuosa. Afinal, todas as nações que crêem no Cristo são também herdeiras daquilo que decorreu do povo eleito. Houve, dentro dessa dimensão distributivismo dessa tradição, dado que Cristo quis salvar a toda criatura marcada pelo pecado original.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2016.

Fundamentos bíblicos deste raciocínio que adoto

1) Se é verdade sabida que uma nação virtuosa nasce a partir de uma pessoa virtuosa, então uma tradição virtuosa, fundada no fato de se tomar a terra prometida como se fosse um lar em Cristo, se dá a partir de 4 gerações virtuosas.

2) A primeira geração foi a de Abrahão. A segunda, a de Isaac. A terceira, a de Jacob. A quarta, a dos 12 filhos dele. que fundaram as 12 tribos de Israel.

3) A gênese do povo eleito é a prova mais contundente de uma tradição virtuosa necessita de quatro gerações virtuosas, vivendo a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2016.