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domingo, 20 de dezembro de 2015

A Constituição atual promove a burrice como se fosse virtude

1) Toda vez que leio ou ouço alguma coisa que não compreendo, eu sempre pergunto. Eu faço isso de maneira justa, de modo a entender a razão do escrito e as circunstâncias que levaram a isso.

2) O conservantista não pergunta; ele julga. Ele, que é rico em sabedoria humana dissociada da divina, vai dizer que isso que falo ou deixo de falar é uma tolice sem tamanho. Eles são o contrário de tudo o que faço. Eu ouço e leio tudo - e se não compreendo, eu pergunto.

3) Eu gostaria de saber quem foi o desgraçado que instaurou no Brasil aquilo que foi alicerçado na Constituição de 1988: É livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato / A manifestação de pensamento independe de censura ou licença.

5) Liberdade sem verdade, sem Cristo, é coisa do demônio. Por isso que considero esta constituição inconstitucional.

A prudência nos manda conhecermos a finalidade dos escritos e das exposições

1) Quando você lida com alguém dentro de casa que não compreende bem os fundamentos da fé católica, é preciso suportar as coisas com paciência, pois Deus me deu estas pessoas por meus pais. Cedo ou tarde eles se convertem - basta fazer o que faço.

2) Quando falo das dificuldades que tenho por conta de meus pais não compreenderem as coisas que faço por conta da fé católica, eu sou forçado a vir aqui para esta tribuna online de modo a desabafar - do contrário, eu vou surtar, pois é canceroso ouvir tolices fundadas em se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3) Antes de ficarem julgando se isso é discussão besta, tenham ao menos a prudência de me perguntar qual é a finalidade do meu escrito. Muito do que falo não é nem exposição de doutrina, mas desabafo. 

4) Trata-se de sintoma de libertarismo julgar as coisas que falo sem antes ter a prudência de me perguntar a razão de tudo o que exponho. Se eu perceber libertarismo nesse sentido, eu bloquearei esta pessoa por conservantismo, um dos fundamentos para o patrulhamento ideológico no mural. Eu não quero novos Eduardos Loures aqui.

5) Já estou em paz agora - a Santa Eucaristia me ajudou. Cristo é o consolo dos aflitos. Por isso que conservo a dor fundada n'Ele - e não aquilo que é proclamado pelos conservantistas.

Coisas que sou obrigado a suportar, por conta da ignorância dos meus pais

1) Na minha paróquia, a missa de domingo se dá em três horários: 8:00, 10:30 e 17:00. Indo a qualquer dessas missas, você cumpre o preceito dominical.

2) Ultimamente, por conta do trabalho que faço online, estou preferindo ir à missa de domingo às 10:30. Não o faço por preguiça - trata-se do cansaço acumulado da semana e eu estou querendo descansar mais um pouquinho.

3) A maioria das pessoas vai à missa das 10:30. Segundo minha mãe, que não é católica, elas são preguiçosas, por não irem à missa das 8:00.

4) Então, por conta dessa mesma lógica, quem vai à missa da noite é mais preguiçoso ainda, por não ir à missa das 8:00.

5) Vai entender um negócio desse! Se não fosse o fato de Cristo dizer "amai-vos e suportai-vos uns aos outros", eu diria: "Pare o bonde que eu quero descer!"

sábado, 19 de dezembro de 2015

O populismo decorre de uma ordem fundada em promessas

1) Toda economia fundada em promessas faz as pessoas ficarem sujeitas ao risco do empreendimento, que por sua vez ficam sujeitas à estabilidade das condições que geraram aquela promessa, coisa que depende dos governos.

2) Vamos supor que você esteja comprando algum bem cujo preço está lastreado em dólar - quando o dólar disparar, o preço em real disparará, a ponto de ficar impagável. E, por conta disso, as pessoas acabarão se endividando. E mais: vamos supor que a produção dos bens prometidos dependa de bens que só podem ser importados, já que o país não é capaz de produzir essas peças - e que a região produtora passe por alguma situação em que ela fique inviabilizada de exportar as peças aos seus cliente. E mais: não há outros lugares que possam substituir o que se perdeu no momento.

3) Como bem apontou o colega Róger Badalum​, a economia fundada em promessas, em bens futuros e incertos, leva as pessoas a se sujeitarem umas às outras. E essa sujeição leva à manipulação dos preços de tal modo a ficar impagável, por conta da imprevisão. E se houver uma força maior, a ponto de inviabilizar o empreendimento, isso vai gerar um caos social tremendo, pois isso leva à retratabilidade da promessa e a conseqüente não obrigação de se devolver o dinheiro pago.

4) A maioria dos políticos na república se elege por conta de promessas - e não por conta de propostas. Muitas das promessas podem ser inviáveis por serem contra a constituição - ou contra a cláusula pétrea presente na constituição. A dinâmica da economia das promessas leva ao populismo, seja no âmbito empresarial, seja no âmbito político, pois ela leva a uma captação de clientela que é fora da lei natural: você está anunciando algo que não tem e que pode não ser cumprido. E isso é quase um estelionato.

A verdadeira ordem pública é uma ordem privada sistemática

1) Quando você serve a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, você está agindo de maneira reservada. Se são muitos, a ordem reservada serviu à verdade - como a verdade se impõe, ela edifica uma nova ordem, a ponto de contestar tudo aquilo que é falso, conservado de maneira conveniente e dissociada da verdade. Essa não é uma ordem pública, mas uma ordem privada sistemática - pois tudo isso remete a uma só pessoa: Cristo, o Rei por excelência. E isso é monarquia.

2) Quando você serve aos seus semelhantes de maneira impessoal, fundado apenas no amor ao dinheiro, isso é ordem pública. O cliente passa, os empregados são substituídos uns pelos outros - onde os indivíduos não são considerados na sua dignidade, a lei do amor tende a ser substituída pela lei do Estado, que será tomado como se fosse religião de todos aqueles que não seguem o Deus verdadeiro que decorre do Deus verdadeiro.

3) Ainda que o porte seja pequeno, a ordem fundada no amor ao dinheiro cria pequenas ordem públicas que tendem a crescer e a competir com as outras ordens públicas. Então, quando estão grandes demais, buscam cooperar com o governo, a ponto de terem poder absoluto. 

4) O consórcio de ordens públicas que se associaram a ponto de ter poder absoluto sobre os homens se chama república. E ela se baseia na oligarquia, pois o amor ao dinheiro leva a que o poder seja de poucos.

A figura dos preços é um efeito do pragmatismo econômico

1) Só numa ordem impessoal é que existe a figura do preço. 

2) O preço é arbitrado segundo o próprio interesse e se funda num pragmatismo, pois o empreendedor ama mais o dinheiro do que aquele a quem deve servir: nele, você pode deduzir a qualidade, o custo da inflação, os impostos e a margem de lucro. Como aquele que serve segundo o próprio interesse tende a agir de uma maneira sigilosa, a única maneira de você saber se o preço que ele cobra é justo é comparando com a concorrência que adota a mesma prática. E isso é uma outra medida pragmática, decorrente de um pragmatismo anterior.

3) Quem ama mais o dinheiro, a ponto de não expor os seus critérios de precificação, odeia concorrência. E certamente vai achar meios criminosos  de modo a querer destruí-la.

4) Os americanos ensinaram ao mundo a não pechinchar sobre o preço cobrado. Afinal, o país é livre, todos têm a sua verdade e podem cobrar o preço que quiserem. Pois o amor ao dinheiro leva ao pragmatismo - e o pragmatismo leva a uma liberdade fora da liberdade que se dá em Cristo.

5) A crise contratual ocorre onde não há fraternidade universal. E o maior exemplo de falta de fraternidade universal está na economia de massa, na ordem consumerista. Quem empreende fundado no amor ao dinheiro repassa aos seus consumidores o mesmo tratamento que dá aos seus empregados: usa a sociedade a seu bel-prazer, a ponto de manipular os contratos a ponto de se tornarem contratos de adesão. É capaz até mesmo de criar foros de eleição a ponto de dificultar a indenização que se deva pagar por conta de lesão. 

6) Esse péssimo hábito dos americanos de não negociarem, fundados no fato de que todos têm a sua verdade, leva a massificação das coisas - e isso é um convite ao totalitarismo, onde o Estado tende a regular todos os aspectos da vida social.

Troque o pragmatismo pelo empreendedorismo

1) Numa ordem de impessoais, comprar dólar pode ser rápido e prático, mas é caro, considerando que o governo manipula a moeda, a ponto de relativizar a soberania nacional e sujeitá-la aos que tomam o dinheiro como se fossem um Deus. E mais: comércio com moeda sendo tomada por commodity é usura, base para um enriquecimento sem causa produtiva, divorciada da produção de bens e serviços que façam com o que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.

2) Comprar moedas leva a uma obrigação de dar - e dar, sem merecer, leva as pessoas à vadiagem. E a usura leva à extorsão - pois todo vadio é necessariamente um criminoso, pois nada de bom fará pela pátria ou pelas pessoas ao seu redor.

3) Se você quer receber em moeda estrangeira, então faça por merecer. Empreenda - sirva a quem as tem. É empreendendo que você cria soluções para tudo aquilo que não é fácil de se conseguir. 

4) Uma coisa que apreendi na vida em conformidade com o Todo que vem de Deus é que devemos evitar as soluções fáceis. A vida é cheia de tensões e caminhos tortuosos - e devemos buscar soluções criativas, de modo a que possamos viver com o mínimo de sofrimento possível. Devemos evitar o sofrimento desnecessário - o sofrimento que não nos será útil para fortalecer o nosso caráter e sermos virtuosos. A vida deve ter um sentido - e empreender, num sentido amplo, implica isso.

5) A atividade intelectual online é um tipo de empreendedorismo como outro qualquer. A diferença é que não sirvo às massas, pois não estou agindo de uma maneira impessoal. Eu sirvo ao meu próximo, àquele que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento onde quer que ele esteja. Se ele estiver em algum lugar disperso pelo mundo afora e compreender o que falo, então ele me ajudará, dentro de suas circunstâncias. Se faço as coisas tomando o meu país como se fosse um lar em Cristo, então estou agregando valor ao meu trabalho, pois Cristo é o caminho, a verdade e a vida - e veio para nos salvar, pois Ele é universal.