1) Só numa ordem impessoal é que existe a figura do preço.
2) O preço é arbitrado segundo o próprio interesse e se funda num pragmatismo, pois o empreendedor ama mais o dinheiro do que aquele a quem deve servir: nele, você pode deduzir a qualidade, o custo da inflação, os impostos e a margem de lucro. Como aquele que serve segundo o próprio interesse tende a agir de uma maneira sigilosa, a única maneira de você saber se o preço que ele cobra é justo é comparando com a concorrência que adota a mesma prática. E isso é uma outra medida pragmática, decorrente de um pragmatismo anterior.
3) Quem ama mais o dinheiro, a ponto de não expor os seus critérios de precificação, odeia concorrência. E certamente vai achar meios criminosos de modo a querer destruí-la.
4) Os americanos ensinaram ao mundo a não pechinchar sobre o preço cobrado. Afinal, o país é livre, todos têm a sua verdade e podem cobrar o preço que quiserem. Pois o amor ao dinheiro leva ao pragmatismo - e o pragmatismo leva a uma liberdade fora da liberdade que se dá em Cristo.
5) A crise contratual ocorre onde não há fraternidade universal. E o maior exemplo de falta de fraternidade universal está na economia de massa, na ordem consumerista. Quem empreende fundado no amor ao dinheiro repassa aos seus consumidores o mesmo tratamento que dá aos seus empregados: usa a sociedade a seu bel-prazer, a ponto de manipular os contratos a ponto de se tornarem contratos de adesão. É capaz até mesmo de criar foros de eleição a ponto de dificultar a indenização que se deva pagar por conta de lesão.
6) Esse péssimo hábito dos americanos de não negociarem, fundados no fato de que todos têm a sua verdade, leva a massificação das coisas - e isso é um convite ao totalitarismo, onde o Estado tende a regular todos os aspectos da vida social.
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