1) O amador é aquele que ama fundado na dor. Ele aprende a amar o que faz com base na dor, nos erros decorrentes de sua falta de experiência.
2) O amador está num vir-a-ser profissional. Quando ele aprende a amar o que faz, tendo por Cristo fundamento, ele faz da sua atividade fundamento para se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. Seu trabalho se torna uma profissão de fé e ele exerce o seu ofício de maneira sagrada, de modo a tirar o pão de cada dia. É desse sacrifício sistemático que vai colhendo os frutos do seu trabalho e assim construindo uma ordem fundada naquilo que lhe é próprio, coisa que ele pode legar aos que virão a partir dele, seus filhos.
3) O amante é aquele que ama, mas esse amor não se funda na dor, mas naquilo que é conveniente. Se isso é conveniente e dissociado da verdade, esse amor se torna fugaz, passageiro. E esse amor passageiro leva ao fingimento e à falsidade, coisa leva à traição de tudo o que é mais sagrado.
4) Onde o amor é livre, fundado no fato de se amar o que é conveniente e dissociado da verdade, nós temos concubinato sistemático, coisa que edifica a cultura do divórcio, base para a abolição da família. Se você não tem família, então os bens ficarão sem dono e tudo ficará nas mãos do Estado.
5) Eis a razão pela qual conservantismo e mentalidade revolucionária têm o seu ponto de contato.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2015 (data da postagem original).
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