1) Se Chesterton falava que a tradição é a democracia dos mortos, então a corrupção da República é a antípoda da tradição - ela se funda no autoritarismo acumulado dos mortos, ao longo destes 126 anos desde a queda da monarquia.
2) Se o regime republicano, corrupto por natureza, entrou por um grupo de homens, então a corrupção está generalizada de tal modo que não sabemos mais distinguir o iniciador da tradição de quem a continua, uma que vez se completou o seu ciclo corruptor e acabou contaminando a cultura da terra inteira, a ponto de tornarmos apátridas sistemáticos, quinhentistas. A corrupção se expandiu de uma vez por todas, de modo a ficar definitiva - e o faz de tal modo a que todos os homens, por conta do coletivismo, se tornem substituíveis uns pelos outros, uma vez formados na cultura de que todos têm a sua verdade, base de toda a perversão cultural. Trata-se de um libertarismo cultural, coisa que nos afasta de vez da ordem edificada desde Ourique.
3) Se a corrupção entrou por esse grupo de pessoas, então a virtude deve entrar pelo mesmo modo. Como a base do poder é a sociedade, e não os partidos, então você deve atuar no âmbito cultural de modo a fazer as pessoas entenderem que a raiz do problema está no regime - e que o regime é a cultura que favorece a proliferação dessas bactérias. Se você quer sanear o ambiente, então você deve mudar a cultura do país - e para isso você precisa semear consciência o quanto antes: primeiro, nos que podem te ouvir, depois os que te ouviram vão repassar aos que podem ouvi-los e assim sucessivamente.
4) O restabelecimento da tradição virtuosa da monarquia precisa muito do trabalho dos sensatos, dos que tomam o país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado da República. Esse trabalho já existe e está crescendo. Esse me parece o único caminho possível de modo a se derrotar a mentalidade revolucionária, essa ordem cancerosa que já dura 126 anos.
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