1) Se você fica escandalizado com os erros que comete enquanto escreve, então você está buscando perfeição. Neste ponto, você está amando mais a forma do que o conteúdo - e isto é amor de si até o desprezo de Deus, a tal ponto que o conteúdo será servido com fins vazios.
2) Se você ama mais a forma do que o conteúdo, então é sinal de que você tem pressa em publicar, o que indica que você está fazendo da riqueza sinal de salvação. E isso é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.
3.1) Se você não deixa o Espírito Santo te guiar no seu trabalho, então você vai entrar em desespero em cada erro que comete. E isso é atentado contra a bondade de Deus, geralmente atribuída a este Santo Espírito.
4.1) Deus não perdoará um operário das letras, uma das vinhas do Senhor, que entrar em desespero por conta dos erros que comete.
4.2) Uma boa obra pede tempo e paciência - o que exige senso de eternidade. A vida em conformidade com o Todo que vem de Deus pede compromisso com a excelência - o que importa é fazer muito bem o que é proposto. Pode haver um erro aqui e ali, mas ele é sanado, com a ação do tempo e com o passar das gerações.
4.3) Como disse, é Deus que guia o seu trabalho e não você. Se Deus não for a base de um trabalho intelectual, simplesmente não escreva. É preferível exercer um ofício manual a escrever, se você for rico em má consciência.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 22 de julho de 2018.
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