Pesquisar este blog

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Devemos buscar Cristo e não a unidade transcendental das religiões e das civilizações

1.1) Antes de Cristo, as sociedades tinham aristocracias que se pervertiam em oligarquias, monarquias que se pervertiam em tiranias, assim como politéias que se pervertiam em democracias, que, por sua vez, preparam o caminho para uma cesarocracia, onde nela um pretenso iluminado, que toma o país se fosse religião, vai salvar o pais prometendo mais Estado, a ponto de promover uma espécie de milagre econômico que levará a uma espécie de espetáculo do crescimento. Nesse espetáculo, uma sociedade em crise, que perdeu o senso de tomar o país como se fosse um lar em Cristo, passará a habitar uma terra onde leite e mel abundam, como se a riqueza fosse sinal de salvação, como se isso decorresse de um milagre.

1.2) De fato esses problemas são todos universais, mas não concordo com a pretensão panenteísta de buscar a unidade transcendental das religiões, bem como das civilizações, pois isso tende a reduzir a explicação do mitologema a uma única causa - e isso não me parece realista, assim como o faz o mundo prescindir da verdade, que é Cristo.

2.1) É em Cristo que você verá um um Rei deixar de ser faraó e se tornar vassalo n'Ele, por Ele e para Ele, como aconteceu com D. Afonso Henriques. E é a partir desse vassalo que toda uma aristocracia é escolhida a ponto de servir ao povo naquilo que têm de melhor, fazendo com o vassalo e o povo sujeito a sua proteção em autoridade se tornem cúmplices, a ponto de amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Se o povo vê no vassalo de Cristo a figura do próprio Cristo, então a tendência natural é aclamar o seu sucessor,uma vez que a aclamação tem mais motivos determinantes do que um voto, uma vez que Cristo basta a si mesmo, por ser verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

2.2.1) Os povos que não tiveram a mesma graça que os portugueses tiveram na Igreja, a esposa de Cristo, o corpo intermediário necessário a ponto de fazer um Rei vassalo de Cristo, tal como aconteceu com a França, a filha favorita da Igreja.

2.2.2) Isso não torna a França menos importante que Portugal - pelo contrário, o que a Igreja faz é distribuir essa graça a todos os outros povos que encontram sua razão de ser em Cristo, a ponto de tomarem o seu país como um lar n'Ele, por Ele e para Ele.

2.2.3) Enfim, o milagre de Ourique serviu como um exemplo de como deve ser a gênese de uma nação livre - e o legado dessas civilizações será medido por conta de sua lealdade a Cristo bem como a sua esposa, a Santa Madre Igreja Católica. Por este prisma, portanto, podemos dizer que houve uma renovação da ordem monárquica, por força desse milagre. Uma monarquia republicana, onde rei, nobreza e povo (os três estados) trabalham um em função do outro visando a grandeza de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2018.

Nenhum comentário:

Postar um comentário