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terça-feira, 10 de julho de 2018

O que acontece quando registramos o motivo determinante de nosso voto num diário? Notas sobre as conseqüências do hábito português de registrar tudo o que se vê ou sente por escrito, considerando o nosso atual contexto político

1) Um exercício que costumo praticar comigo, quando vou votar, é anotar no meu diário os motivos determinantes pelos quais votei num determinado candidato e não em outro. Escrevo isso em um diário e guardo-o de maneira confidencial por um tempo.

2) Só depois de um tempo, em uma análise, é que revelo os motivos determinantes do meu voto. E aí vejo se estou correto ou não em meu julgamento, ainda que seja seja vencido na matéria.

3) Se todos tivessem o hábito de registrar em seus diários os motivos determinantes de seu voto e depois de um certo tempo comentarem com aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento suas impressões, certamente a riqueza do debate seria infinita, a tal ponto que teremos uma informação mais completa acerca das eleições, sem ficar sendo manipulado pelas pesquisas marqueteiras que nos dominam.

4.1) Os portugueses sempre tiveram por hábito registrar o que viam e o que sentiam em seus diários. Se esse hábito fosse estimulado aqui no Brasil, certamente isso tornaria o povo mais politizado, a tal ponto que não pode ser mais enganado, uma vez que estará tomando o país como um lar em Cristo.

4.2) A matriz da cultura é a consciência e a escrita fundamentada revela um horizonte de consciência. Se esses horizontes de consciência forem compartilhados, então a tendência é vermos as coisas com mais inteireza, a ponto de vivermos em conformidade com o Todo que vem de Deus, tal como se deu em Ourique, uma vez que Deus é a medida de todas as coisas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2018.

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