1.1) Na época em que o Pokémon Go era febre, as pessoas perdiam o senso da realidade, uma vez que estavam tão focadas no jogo que esqueciam que estavam na rua - e estar na rua implica estar em constante atenção, já que ela é cheia de perigos.
1.2) Isso faz da realidade virtual uma ilusão, pois as pessoas estão conservando isso conveniente e dissociado da realidade, que é a vida real - e esse tipo de conservantismo leva as pessoas à estupidez sistemática, pois não estão aprendendo absolutamente nada da realidade que as cerca, marcada por perigos. E esse tipo de diversão - se levada ao extremo, tal como a moda sempre nos induz - não é saudável, pois tal conservantismo nos afasta da amizade com Deus, pois a insensatez nos leva a imoderação dos nossos gostos.
2.1) Existe tempo para tudo: há tempo para o trabalho, há tempo para o lazer, há tempo para estudar, há tempo para comer e para dormir. Há tempo até para morrer.
2.2) Se tudo se reduz a uma só coisa, torna-se uma monomania, reduzindo a vida tão-somente à diversão, a uma só dimensão do que ela é na realidade, tornando-a fracionada, fragmentada - e isso fracionará a consciência das pessoas, tornando-as insensíveis ao chamado de Deus à santidade, na forma de uma vocação. Se a vida de uma nação se reduz às suas paixões e diversões, então esse país é espiritualmente vazio, perdendo a sua razão de ser, que é ser tomada como um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.
3) A ilusão aumentada do Pokémon Go é reflexo de outra ilusão aumentada fundada na riqueza como sinal de salvação. O trabalho se reduz a um sofrimento que precisa ser evitado ou aliviado por meio da diversão. O trabalho deixa de ser enobrecedor e santificador, pois o mundo foi dividido entre eleitos e condenados, cabendo aos eleitos à riqueza, que passa a ser buscada como um fim si mesmo, edificando liberdade com fins vazios.
4) Há uma descapitalização moral provocada por sucessivas ilusões que chamam ilusões. De ilusão em ilusão, isso leva à imbecilização coletiva.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 22 de julho de 2018.
2.1) Existe tempo para tudo: há tempo para o trabalho, há tempo para o lazer, há tempo para estudar, há tempo para comer e para dormir. Há tempo até para morrer.
2.2) Se tudo se reduz a uma só coisa, torna-se uma monomania, reduzindo a vida tão-somente à diversão, a uma só dimensão do que ela é na realidade, tornando-a fracionada, fragmentada - e isso fracionará a consciência das pessoas, tornando-as insensíveis ao chamado de Deus à santidade, na forma de uma vocação. Se a vida de uma nação se reduz às suas paixões e diversões, então esse país é espiritualmente vazio, perdendo a sua razão de ser, que é ser tomada como um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.
3) A ilusão aumentada do Pokémon Go é reflexo de outra ilusão aumentada fundada na riqueza como sinal de salvação. O trabalho se reduz a um sofrimento que precisa ser evitado ou aliviado por meio da diversão. O trabalho deixa de ser enobrecedor e santificador, pois o mundo foi dividido entre eleitos e condenados, cabendo aos eleitos à riqueza, que passa a ser buscada como um fim si mesmo, edificando liberdade com fins vazios.
4) Há uma descapitalização moral provocada por sucessivas ilusões que chamam ilusões. De ilusão em ilusão, isso leva à imbecilização coletiva.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 22 de julho de 2018.
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