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domingo, 29 de julho de 2018

Escrever sobre o belo exige o melhor de você - e isso nem sempre pode ser feito o tempo todo

1) Assim como todo leitor tem seu livro (por conta do princípio da predileção) e todo livro tem seu leitor (por conta do princípio de que toda oferta gera sua própria demanda), venho percebendo que alguns contatos me adicionam por força de algumas postagens específicas, quando trato do que é bom e belo, coisas sobre as quais falo eventualmente.

2.1) Há quem diga que devo falar mais sobre isso.

2.2) Para que possa bem dizer sobre essas coisas, é preciso ter muita vivência na vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus de modo a poder escrever as coisas muito bem. Afinal, a arte de bem dizer as coisas não pode ser contaminada pela essência da arte pela arte, pois isso só faz conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que só revela o que há de pior em nós: a nossa vaidade. Afinal, a mão esquerda deste escriba não pode saber o que a mão direita faz, como disse Jesus.

3) A arte de bem dizer as coisas deve ser feita como uma forma de caridade, uma espécie de serviço santificador. Ela ajuda a elevar os espíritos e os motiva a contribuírem na construção do bem comum, uma vez que a polis, a cidade dos homens, deve ser um espelho da Jerusalém divina, a verdadeira politéia que devemos buscar imitar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2018.

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